Para os colaboradores de uma empresa, receber treinamentos corporativos é considerado, em geral, como um benefício. Já entre os dirigentes, há quem considere essa prática como um investimento, enquanto outros a veem como um custo. Mas você sabia que os treinamentos corporativos também podem ser uma parte importante da política de sustentabilidade de um negócio?
É válido esclarecer que, ao fazer essa afirmação, não estamos nos referindo apenas àqueles cursos, palestras e workshops focados em promover atitudes sustentáveis.
Na verdade, todos os tipos de treinamentos corporativos, independentemente do tema, estão relacionados com a sustentabilidade empresarial.
Quer entender por quê? Acompanhe! E descubra também um bom exemplo de como acontece na prática essa relação entre treinamentos corporativos e sustentabilidade.
Apesar da dimensão ambiental ser, normalmente, a mais lembrada quando o assunto é sustentabilidade, para que algo seja realmente considerado sustentável, também é preciso estar atento a fatores econômicos e socioculturais.
Isso significa que uma empresa sustentável é aquela que se preocupa com o meio ambiente, mas também com as pessoas (incluindo clientes, consumidores, colaboradores, fornecedores, parceiros e outros stakeholders) e com a sua própria governança corporativa.
Não é por acaso que o ESG – (environmental, social and governance) tem se firmado como uma das principais tendências corporativas dos últimos tempos.
Quando nos referimos, portanto, à relação entre sustentabilidade e treinamentos corporativos, estamos fazendo alusão exatamente à parte central desse acrônimo, ao “S” do ESG, ou seja, à dimensão social da sustentabilidade.
Além desse esforço para a qualificação e o aperfeiçoamento dos colaboradores, outras práticas corporativas socialmente sustentáveis que podemos citar são:
Em qualquer empresa, independentemente do setor econômico em que atua, do porte ou do modelo de negócio, o principal recurso é o humano. Mais que produtos, insumos, máquinas ou equipamentos, as pessoas são os principais constituintes de um negócio.
Similarmente, se falamos em sustentabilidade, além da dimensão social ser um componente fundamental desse conceito, é preciso notar também que a sustentabilidade é feita “por” e “para” as pessoas.
As pessoas são os agentes que tomam atitudes ecologicamente corretas, socialmente justas, culturalmente diversas e economicamente viáveis (ou seja, atitudes sustentáveis) visando alcançar a sustentabilidade – ou seja, salvaguardar o bem-estar da atual e das futuras gerações (o que se refere, vale reforçar, a grupos de pessoas).
Levando em conta tais argumentos, fica clara a importância dos colaboradores na hora de colocar em prática a política de sustentabilidade empresarial. Ao mesmo tempo, fica evidente que os próprios colaboradores também devem ser foco dessas políticas.
É a partir desse entendimento que se dá a relação entre treinamentos corporativos e sustentabilidade.
Em outras palavras, podemos dizer que oferecer treinamentos corporativos é uma maneira de colocar em prática a dimensão social da sustentabilidade dentro do próprio negócio.
“Mesmo que a concepção de desenvolvimento sustentável tenha surgido mais de um século depois da criação do cooperativismo, o movimento [cooperativista] já nasceu regido por uma atuação social e ambiental, tendo, desde seus primórdios, princípios vinculados com a sustentabilidade”, esclarece reportagem da revista Mundocoop.
De fato, ao observar os 7 princípios do cooperativismo, percebe-se que as instituições cooperativistas são orientadas a atuar com total responsabilidade socioeconômica e ambiental.
No âmbito deste artigo, chama a atenção, sobretudo, o princípio da ‘Educação, formação e informação’, que estimula as cooperativas a promoverem “a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir eficazmente para o desenvolvimento das suas cooperativas”, além de “informar o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação”.
Foi pensando nisso que um dos maiores sistemas de cooperativas financeiras do país – o Sicoob – lançou ainda em 2015 o Sicoob Universidade, um sistema de educação e formação do público interno da instituição, com cursos de curta e média duração, presenciais e/ou online, direcionados à aprendizagem, capacitação e aprimoramento do seu quadro de funcionários.
E essa é só uma das iniciativas do Sicoob nesse sentido, já que a instituição também conta com programas de educação financeira para os associados e a comunidade, como o Se Liga Finanças, entre outros. Saiba mais a seguir:
Integralmente publicado online, o Relatório de Sustentabilidade 2020 do Sicoob SC/RS – central sulista do mencionado sistema cooperativo financeiro – revela que, durante esse ano, os 6.347 colaboradores da instituição realizaram 545.870 horas e 10 minutos de treinamentos corporativos.
Além de treinamentos realizados internamente pelas cooperativas que integram a Central SC/RS e de eventos externos, esses cursos foram realizados também por meio do Sicoob Universidade e da Escola de Dirigentes e Executivos (Edex) – estrutura de ensino da própria Central.
É interessante observar ainda que, para garantir a eficácia de ditos treinamentos, a instituição promove avaliações de desempenho e desenvolvimento de carreiras, focadas nas seguintes competências:
Outro dado do documento que chama a atenção diz respeito ao contexto da crise sanitária, diante do qual, o Sicoob SC/RS incluiu também, entre os treinamentos oferecidos em 2020, “lives sobre saúde emocional e bem-estar, com assuntos voltados a saúde física e emocional, qualidade de vida, alimentação saudável, a importância do consumo consciente e desenvolvimento de hábitos sustentáveis”.
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