A chegada do mês dezembro sempre traz consigo um clima alegre, marcado por reuniões em família, encontros com amigos e inúmeras vivências marcantes. Mas além do brilho das luzes de Natal e da troca de presentes, o fim de ano também é um momento propício para lembrarmos a importância da solidariedade e agirmos para transformar vidas. Afinal, em meio às festas e comemorações, muitas pessoas seguem enfrentando inúmeros desafios — muitos deles maiores do que somos capazes de imaginar.
Em meio aos mais variados gestos de solidariedade, o ato de doar é uma das formas mais poderosas de impactar as pessoas. Ainda assim, uma doação deve ir além da generosidade por impulso. Para transformar vidas e fazer a diferença de verdade, é essencial refletir sobre o efeito do seu gesto. É possível, mesmo em um ato tão voluntário, agir de forma estratégica e consciente? A resposta é sim.
E é sobre isso que falaremos no artigo de hoje.
Associarmos doações a um ato de boa vontade espontâneo é natural. Até porque, de fato, essa é a essência da iniciativa. Entretanto, isso não lhe impede de fazer isso de forma consciente. Anote no seu caderninho: um gesto solidário feito com consciência sempre irá maximizar o impacto da ação.
Pense com a gente. Qual das duas doações têm potencial para gerar mais resultados? Uma doação bem direcionada para uma ONG com boa gestão, ou uma doação impulsiva para uma instituição que você nunca ouviu falar? Nesse caso, a primeira opção pode beneficiar centenas de pessoas, enquanto a segunda talvez não alcance sequer o seu objetivo inicial.
Não se engane. Doar com propósito envolve planejamento. Você sabia, por exemplo, que algumas ONGs têm projetos específicos que exigem fundos em momentos específicos do ano? Ou que, ao doar para organizações certificadas, você pode deduzir parte do valor no seu Imposto de Renda? Pois é. Isso significa que além de ajudar, você ainda pode transformar sua ação em uma estratégia financeira inteligente, onde todos ganham muito.
Uma vez tomada a decisão de doar de forma consciente, seja neste fim de ano ou em qualquer outro período, vem a pergunta: mas para quem doar? Embora pareça simples, muitas vezes essa escolha pode ser desafiadora. Uma simples pesquisa no Google pode gerar uma avalanche de resultados, mas nem todos são confiáveis. Então, como saber onde aplicar sua ajuda da melhor maneira?
Bom, nós estamos aqui para te ajudar. Lá vão algumas dicas:
Pesquise o histórico da organização. ONGs transparentes compartilham suas contas e relatórios financeiros publicamente. Isso mostra como o dinheiro é investido e quais resultados foram alcançados.
Verifique certificações. Instituições reconhecidas por selos de qualidade, como o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), geralmente têm uma gestão financeira mais confiável.
Converse com quem já participou. Se puder, converse com doadores antigos ou voluntários que atuam diretamente na ONG para entender como funciona o trabalho deles no dia a dia.
O mais novo resultado da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE, apontou um dado significativo. Este ano, mais de 8 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza. Embora seja algo digno de comemoração, não muda o fato de que ainda temos cerca de 27% da população em situação de vulnerabilidade. Por isso, ser solidário é algo que, no Brasil, literalmente salva vidas.
Mas além do inegável impacto social, muitas pessoas não sabem que doar também pode gerar benfeitorias a quem pratica a ação. A dedução fiscal é uma delas. Ao direcionar doações para entidades devidamente registradas, é possível deduzir até 6% do valor doado na sua declaração do Imposto de Renda, no caso de pessoas físicas. Para empresas, os benefícios podem ser ainda maiores.
No entanto, é essencial seguir algumas regras: as doações devem ser feitas para organizações habilitadas, e você precisa ter comprovantes que detalhem o valor e o destino dos recursos. Além disso, é importante incluir essas informações na sua declaração anual.
Nessas horas, é muito comum pensar que uma doação não pode ser feita com o intuito de obter qualquer retorno. É admissível pensar assim, afinal, o beneficiado jamais deverá ter de retribuir por algo que lhe foi dado por meio da solidariedade.
Entretanto, a ausência de qualquer responsabilidade por parte de quem recebeu a doação, não lhe tira o direito de ter benefícios concedidos pelo governo por este ato. Na verdade, essas vantagens incentivam mais e mais pessoas a doar, além de mostrar que a solidariedade pode caminhar lado a lado com a organização financeira.
Leia também: 5 maneiras cooperativas de celebrar o Natal
Uma forma interessante e eficiente de amplificar sua contribuição é por meio do cooperativismo. Como organizações que reúnem milhões de pessoas com interesses comuns, as cooperativas possuem a capacidade de promover ações solidárias em larga escala.
Quer um exemplo de como isso pode ocorrer? Então, vamos lá. Imagine uma cooperativa que organiza uma campanha de arrecadação para famílias em situação de vulnerabilidade. Agora pense que você também já pretendia ajudar essas famílias. Ao invés de doar individualmente, sua contribuição, por meio da cooperativa, pode ser combinada com a de outras pessoas, aumentando o alcance e o impacto da ação.
Além disso, cooperativas muitas vezes têm parcerias com ONGs locais, o que garante que as doações cheguem diretamente a quem mais precisa. Parece bom, concorda?
É importante reforçar: a solidariedade não é apenas sobre grandes doações. É sobre como você pode ajudar de maneira genuína, mesmo com pequenas ações. Hoje trouxemos uma breve análise sobre a importância de fazer isso de forma consciente, mas toda boa ação é absolutamente necessária.
Sabe aquele agasalho no fundo do armário que você não usa há anos? Ele pode ser o que alguém precisa para enfrentar o frio. Sabe aquele livro esquecido na estante? Para alguém, pode ser um mundo de conhecimento e esperança.
Um bom exemplo desse tipo de iniciativa é a ação social “Juntos pela Diversão”. Promovido pelo SICOOB/RS, o projeto consiste na arrecadação de brinquedos para crianças de comunidades carentes. Criado em 2020, só no passado a ação conseguiu arrecadar mais de 10 mil brinquedos nos 225 pontos de coleta criados com o apoio de 14 cooperativas.
Para finalizar, lembre-se: o seu tempo também é uma forma valiosa de doação. Voluntariar-se em uma ONG ou participar de mutirões pode ser tão significativo quanto qualquer contribuição financeira. Afinal, doar seu tempo é compartilhar a si mesmo, algo que dinheiro nenhum pode substituir.
Gostou deste artigo? Confira mais conteúdos como este em O Seu Dinheiro Vale Mais e aprenda mais sobre como a cooperação pode promover grandes transformações na nossa sociedade!
Os feriados de 2025 são a chance perfeita para recarregar as energias, explorar novos destinos…
Você sabia que é possível aprender muito sobre finanças assistindo séries sobre dinheiro e investimentos?…
O início de um novo ano traz a oportunidade perfeita para repensar hábitos financeiros e…
A agricultura familiar é o coração da produção de alimentos no Brasil. Oitava maior produtora…
A volta às aulas é sempre um momento de expectativa e muito planejamento, disso ninguém…
Após mais um ano, enfim ela chegou: a tão esperada temporada das festas de fim…