Tire suas principais dúvidas sobre a Previdência Privada

7 respostas a perguntas frequentes sobre os planos de previdência.

Guia de Bolso | 24 de julho de 2017
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Você já deve ter percebido que, para garantir uma aposentadoria mais tranquila, já não basta confiar apenas na Previdência Social.

Ter investimentos próprios que façam seu dinheiro render mais é fundamental. Entre eles, os planos de Previdência Privada são os mais indicados para quem tem projetos de acúmulo em médio e longo prazo ou deseja fazer o planejamento sucessório, assegurando o bem-estar de seus entes queridos.

Quer entender melhor como funciona esse tipo de investimento? Confira 7 das principais dúvidas sobre a Previdência Privada:

 

1 – Quais os tipos de planos de Previdência Privada?

Para começar, é bom entender que há os planos de previdência abertos e fechados. Os planos abertos são aqueles oferecidos a pessoas físicas por bancos, seguradoras e gestoras de fundos. Geralmente, são ofertadas as modalidades PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Enquanto isso, os planos fechados são os chamados fundos de pensão, exclusivos de algumas classes e associações (oferecidos por algumas empresas aos seus funcionários, por exemplo). Funcionam de forma similar aos PGBLs, mas podem apresentar mais vantagens. A seguir, explicamos melhor cada um desses planos. Confira:

 

2 – Qual a diferença entre PGBL e VGBL?

Os PGBLs possibilitam que o investidor abata as contribuições para a previdência em sua declaração de Imposto de Renda, até um limite de 12%. Por isso, são indicados para quem faz a declaração completa do IR. Também são mais recomendados para quem deseja, no futuro, fazer resgates parciais do rendimento, funcionando como uma fonte de pensão. Isso porque a tributação, no caso dos PGBLs, é feita somente no resgate, sobre o montante total investido.

Os VGBLs, por sua vez, são melhores para quem faz a declaração simplificada do IR. Recomendados também para quem deseja fazer o planejamento sucessório ou para os que pretendem fazer um único saque do montante no futuro. Afinal, quem investe em VBGL paga mais impostos ao longo da aplicação (pois não há abatimentos), mas a tributação é apenas sobre a rentabilidade, permitindo que o resgate futuro seja realizado todo de uma só vez, sem tantos prejuízos.

 

3 – Quais os impostos pagos pelo investimento? Como são cobrados?

Além de eleger um plano aberto ou fechado, ao optar pela Previdência Privada, o investidor deverá também escolher uma forma de tributação: pela tabela regressiva ou pela tabela progressiva.

Com a tabela regressiva, a alíquota de imposto paga vai diminuindo com o passar dos anos. Até dois anos de investimento, a alíquota paga é de 35%. De quatro a seis anos, a alíquota já reduz para 25%. E para aplicações acima de 10 anos, a alíquota é a mais reduzida: 10%.

Assim, para quem tem a possibilidade de um prazo de acúmulo superior a 10 anos, a tabela regressiva pode ser a mais indicada. Ainda melhor caso se deseje fazer retiradas parciais dos rendimentos acumulados, já que as alíquotas mais baixas incidem apenas sobre o dinheiro aplicado há mais tempo.

Por outro lado, a tabela progressiva é mais indicada para quem tem pouco tempo disponível para o acúmulo de rendimentos, bem como para quem deseja fazer o planejamento sucessório. Afinal, neste caso, até R$ 22.847,76 (anual), ainda se é isento da alíquota de imposto. E para quem planeja ter uma pensão mensal de aproximadamente R$ 2.000,00, a alíquota fica em 7,5%.

 

4 – Quais as taxas cobradas para fazer esse tipo de aplicação?

Em planos abertos de previdência privada (PGBL e VGBL), normalmente, são cobradas duas taxas principais: a taxa de administração e a taxa de carregamento (e, no caso de resgate antecipado, pode ser cobrada, ainda, uma taxa de saída).

A taxa de administração é o pagamento ao gestor do plano (banco, seguradora ou outro). Geralmente, trata-se de uma anuidade.

Já a taxa de carregamento é cobrada por cada aporte feito. Se o investidor, por exemplo, faz aportes todos os meses, essa taxa será abatida de cada uma de suas aplicações mensais. Por isso, é tão importante pesquisar bem as taxas cobradas por cada instituição financeira antes de decidir-se por um plano. Aliás, os planos de previdência fechada não costumam cobrar essa taxa de carregamento. Confira logo a seguir.

 

5 – Como funcionam os fundos de pensão?

Os planos de previdência fechada ou fundos de pensão funcionam de forma similar aos PGBLs. Ou seja, permitem abater até 12% do total das contribuições do IR, desde que se faça a declaração completa.

As taxas de administração são menores que a de planos abertos e, normalmente, não são cobradas taxas de carregamento. Outra vantagem que pode existir é nos casos de empresas que oferecem fundos de pensão e contribuem mensalmente com quantias iguais às depositadas pelo cotista, aumentando os lucros deste último.

Ou seja, planos de previdência fechados podem ser bem mais vantajosos financeiramente. Só que são exclusivos de algumas classes e associações específicas. Associados a cooperativas financeiras, por exemplo, podem ter acesso a fundos de pensão assim. E você também pode se associar e ter mais vantagens. Saiba mais aqui.

 

6 – O plano de Previdência Privada pode incluir outros beneficiários?

É de praxe a designação de beneficiários do investimento em caso de fatalidades com o investidor. Em geral, isso é feito sem custo. Basta designar os beneficiários de acordo com as proporções corretas para a divisão entre os herdeiros.

Caso o objetivo do plano de previdência seja, prioritariamente, este do planejamento sucessório e o investidor tenha idade avançada, o recomendado é um plano VGBL com tabela progressiva, já que o tempo de aplicação deverá ser curto ou médio; e, assim, a incidência de IR será apenas sobre a rentabilidade.

 

7 – Como pode ser feito o resgate da aplicação?

Como o próprio nome sugere, o ideal é que o prazo da aplicação de Previdência seja longo, dedicado a garantir uma aposentadoria mais tranquila.

Para planos PGBL e com taxa regressiva, o mais recomendado é que os resgates do montante sejam feitos de forma parcial, como pensões mensais. Já para os planos VGBL e com taxa progressiva, o resgate único do montante total pode ser mais adequado.

De qualquer forma, não é obrigatório cumprir todo o plano de previdência traçado. O valor do investimento pode, sim, ser resgatado antes, desde que sejam observadas as regras estabelecidas em seu plano (como taxas de saída e alíquota de IR incidente sobre o prazo de saque parcial ou total).

 

Leia também: Por que uma cooperativa financeira pode ser a melhor opção?

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