Você sabia?
– Em mais de 400 cidades brasileiras cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras disponíveis.
– Hoje, 48% (quase metade) de tudo que é produzido no campo brasileiro passa, de alguma forma, por uma cooperativa.
– O cooperativismo é responsável por quase 11% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário brasileiro.
– Só entre janeiro e setembro de 2015, as cooperativas brasileiras exportaram mais de US$ 4 bilhões.
O cooperativismo é um modelo socioeconômico alternativo e tão eficaz que, desde a sua criação na Inglaterra, na metade do século XIX, o cooperativismo não para de crescer.
No Brasil, mesmo com a atual situação de instabilidade econômica e política, o modelo continua em franca expansão.
Um bom exemplo disso é o número cada vez maior de pessoas que buscam as cooperativas de crédito como alternativa aos grandes bancos. Isso acontece, principalmente, em razão das taxas de juros bem menores oferecidas pelas cooperativas, já que essa instituições não visam lucro, mas sim alcançar maiores benefícios para todos os cooperados, que são, ao mesmo tempo, sócios e clientes da instituição.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, afirma que “o cooperativismo é responsável, hoje, por números que impressionam”. Ao todo, a instituição contabiliza o registro de 6,6 mil cooperativas de Norte a Sul do país.
“Quando falamos do ramo Crédito, temos os seguintes números: são 980 cooperativas com 6,9 milhões de cooperados e a geração de vagas formais em torno de 46,8 mil postos. Já no ramo agropecuário, temos 1.543 cooperativas, com 993,5 mil cooperados e 180,1 mil empregos formais”, afirma o presidente.
Em todo o Brasil, são mais de 360 mil empregos diretos gerados pelo cooperativismo, o que representa bilhões em salários e benefícios injetados na economia nacional. Mas o sucesso do modelo não para por aí. Veja:
As cooperativas brasileiras têm investido cada vez mais na gestão de seus negócios, muitas delas considerando principalmente o aumento das exportações.
Márcio Freitas comenta que “de janeiro a setembro de 2015, as vendas das cooperativas para fora do país cresceram 1,35% na comparação com o mesmo período de 2014, totalizando um montante de US$ 4,13 bilhões, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)”.
O presidente da OCB também diz que “ao comparar os valores das operações de exportação da última década, o resultado é ainda mais significativo: as exportações feitas por cooperativas cresceram em torno de 2,6 vezes entre 2005 e 2015. Há dez anos, a participação das cooperativas brasileiras no montante global de exportação era de US$ 1,6 bilhão”.
Cooperando, reunimos forças para alcançar propósitos maiores. Essa é a ideia central do cooperativismo. O modelo se baseia no esforço e no benefício comuns, podendo ser considerado como uma alternativa mais democrática, humanitária e sustentável.
Afinal, em uma cooperativa, independente do ramo, todos são donos e clientes do negócio. Todos tem o mesmo poder de voto. Todos podem participar das decisões da instituição. E todos saem ganhando quando a cooperativa tem ganhos. No caso de uma cooperativa financeira, por exemplo, quando há sobras (já que não existem lucros), elas são distribuídas entre todos os cooperados conforme suas participações.
Além disso, o cooperativismo tem como diretrizes sete princípios básicos, entre os quais se inclui o incentivo à “Educação, formação e informação” de seus cooperados e da comunidade, o que acaba sendo um impulso à ação das cooperativas em prol do desenvolvimento social, focado principalmente em sua região ou comunidade.
Aliás, o “Interesse pela comunidade” é outro desses princípios básicos. Ou seja, as cooperativas têm um compromisso com o desenvolvimento de sua região; devem respeitar as peculiaridades sociais e a vocação econômica do local, desenvolvendo soluções de negócios e apoiando ações humanitárias e socioambientalmente sustentáveis, voltadas ao desenvolvimento da comunidade onde estão instaladas.
E o modelo cooperativista não é interessante apenas em seus preceitos e filosofias. Na prática, os números demonstram que o cooperativismo funciona e, mais que isso, excede expectativas.
Para mais, a atuação das cooperativas ainda gera diversos outros benefícios sociais Brasil afora. A inclusão financeira é um bom exemplo, posto que em mais de 400 cidades brasileiras, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras disponíveis. Outro exemplo são as cooperativas de infraestrutura que distribuem energia a inúmeras cidades onde as concessionárias tradicionais de luz e energia não atuam diretamente.
Para o presidente da OCB, “estamos falando de um movimento que valoriza e prioriza o capital humano. Ser cooperativista é empreender e trabalhar em conjunto, ciente de que unidos somos mais fortes e conquistamos mais. Nos referimos a um modelo de negócios, que insere as pessoas economicamente e socialmente, promovendo naturalmente o desenvolvimento sustentável, proporcionando o crescimento não só dos seus associados diretos e funcionários, mas das comunidades onde está presente”.
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