Se manter as contas em ordem já não costuma ser uma tarefa simples normalmente, em épocas de crise, o desafio pode ser ainda maior. Para evitar contratempos financeiros, organização e planejamento são fundamentais.
Mas para economizar e equilibrar as contas, não adianta sair cortando absolutamente tudo. Em geral, atitudes drásticas assim podem acabar fazendo com que você desista de poupar logo nos primeiros meses. Portanto, o ideal é que você comece a prestar mais atenção ao seu orçamento e faça um planejamento financeiro eficiente, para garantir a realização de seus objetivos e de seus planos para o futuro.
Confira 7 questões chave para descobrir como fazer seu planejamento financeiro dar certo:
Traçar objetivos nada mais é do que descobrir seus reais motivos para poupar. Você precisa saldar dívidas? Quer comprar a casa própria? Quer fazer uma viagem pelo mundo? Quer economizar para a aposentadoria? Respondendo a perguntas assim, você deverá se deparar com alguns de seus objetivos.
Reflita sobre seus sonhos e seus planos para o futuro. Lembre-se que mesmo os objetivos de longo prazo (como pode ser o caso da poupança para a aposentadoria) precisam começar por um primeiro passo. Transforme seus sonhos em planos e, seus planos, em objetivos reais. O próximo passo é traçar metas para atingir seus objetivos. E acredite, você pode alcançá-los.
Outro passo importante para o bom funcionamento de seu planejamento financeiro é estipular prazos para seus objetivos e metas.
Além de funcionar como uma motivação intrínseca para cumprir suas metas, a definição de prazos tem outra vantagem: lhe ajuda a ter noção de quanto é necessário poupar por mês para atingir seus objetivos.
Um exemplo: uma jovem quer fazer um intercâmbio, para o qual precisa economizar R$ 9 mil. Se ela definir que deseja fazer o intercâmbio dentro de um ano, precisará economizar R$ 750 por mês para alcançar seu objetivo.
Outro exemplo: um homem de 45 anos tem como objetivo aposentar-se aos 65, contando com uma soma de R$ 500 mil para garantir seu futuro. Logo, ele precisará poupar R$ 1.105,00 mensalmente*. (Se ele tivesse pensado nisso aos 25 anos, precisaria juntar apenas R$ 365 ao mês para obter a quantia desejada).
*Considerando uma taxa de juros real de 6% ao ano.
É verdade que ter objetivos e prazos definidos pode lhe ajudar a traçar metas e a manter-se motivado. Mas para que seu planejamento financeiro seja realmente eficiente, também é preciso organizar-se de alguma forma.
Para tanto, a estratégia mais recomendada é ter tudo registrado, todas as suas rendas e despesas. Afinal, sabendo exatamente quanto você ganha e quanto costuma gastar com cada coisa, fica mais fácil planejar seu orçamento, descobrindo em que é possível economizar para atingir suas metas e chegar aos seus objetivos.
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Talvez você já tenha ouvido falar que a melhor forma de economizar é cortar todos os supérfluos do orçamento. Mas na prática, isso pode não funcionar muito bem. Afinal, gastos supérfluos muitas vezes estão ligados a gostos, a hábitos e a momentos de entretenimento. E a ideia de cortar todo seu lazer e tudo mais que você gosta pode acabar lhe desanimando de fazer economia.
Além disso, só você pode definir quais de seus gastos são essenciais para você; quais são supérfluos, mas importantes; quais são supérfluos e dispensáveis e quais podem ser considerados desperdícios.
Comece a prestar mais atenção ao seu orçamento mensal para definir cada um de seus gastos. Assim, fica mais fácil saber o que cortar. Conte com a ajuda de sua planilha financeira para isso. Dessa forma, sabendo o quanto precisa poupar por mês (de acordo com suas metas), você pode planejar-se melhor para realizar seus objetivos.
Um planejamento financeiro eficiente precisa incluir uma reserva para emergências. Afinal, ninguém está livre de imprevistos. Então, para que eles não causem maiores prejuízos em seu orçamento mensal, o ideal é ter um montante destinado para essas casualidades.
A quantia a ser poupada varia conforme condições pessoais. Quem tem dependentes, por exemplo, ou tem emprego instável deveria fazer uma reserva maior. Em média, os especialistas recomendam que a reserva de emergência seja correspondente a seis vezes a renda mensal da família.
Além de manter uma reserva para emergências, você deveria considerar poupar uma parte de sua renda mensalmente. Essa é a parte do seu planejamento financeiro que visa exatamente atingir seus objetivos. E criar o hábito de poupar todo mês pode ser bastante saudável para as suas finanças de maneira geral.
Uma boa dica pode ser destinar uma porcentagem de sua renda para a poupança (ou outras aplicações) logo no começo do mês ou assim que receber sua renda mensal. Segundo especialistas, o ideal é poupar, no mínimo, 10% do que se ganha todo mês, mas isso deve variar conforme suas metas para chegar aos seus planos.
Para que seu dinheiro comece a render mais, uma boa ideia pode ser investi-lo. E a poupança não é a única opção nem tem sido a mais rentável para essa finalidade.
Em época de alta de juros, vale a pena analisar as taxas de retorno dos títulos públicos, principalmente os indexados à Taxa Selic. Títulos de renda fixa atrelados ao CDI, como o LCI/LCA também são opções com retornos elevados e ainda são isentos de IR para pessoas físicas.
Outra boa oportunidade de investimento a se considerar são os planos de previdência privada, que contam com juros compostos, e podem ter alto retorno se iniciados com antecedência.
Incluir investimentos em seu planejamento financeiro é uma ótima forma de começar a fazer seu dinheiro trabalhar por você e ter ganhos além do esperado.
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