Desde o dia 1º de julho, já estão disponíveis os financiamentos do Plano Safra 21/22. Desta vez, o valor total liberado pelo Governo Federal é de R$ 251,22 bilhões, um aumento de R$ 14,9 bilhões em relação ao plano anterior.
Na ocasião do lançamento do Plano, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, comentou:
“Nas próximas décadas, a produção agrícola mundial deverá crescer em sintonia com a conservação ambiental. Porém, sem descuidar dos ganhos de produtividade e da inclusão social. Graças à ciência e à inovação, o Brasil será protagonista desse processo.”
Como sugerido pelo discurso de Tereza Cristina, neste ano, o Plano de apoio à agropecuária nacional traz algumas novidades que tendem a contribuir com o desenvolvimento do agronegócio em termos ambientais, sociais, de governança e eficiência.
Sobre a utilização desses recursos, o Gerente de Agronegócios do Sicoob Central SC/RS, Rodinei Munaretto, explica que esses financiamentos são demandados pelos associados para o planejamento da safra, como na aquisição de insumos, investimentos agrícolas ou pecuários, custeio, capital de giro, comercialização, industrialização entre outras finalidades do ciclo produtivo.
Aliás, você sabia que o Sicoob é um dos maiores financiadores do agronegócio do país? Na safra 2020/2021, o Sistema auxiliou mais de 100 mil produtores rurais liberando mais de R$ 17 bilhões em crédito.
Só que, seguindo os princípios do cooperativismo, o Sicoob não se preocupa apenas com o amparo financeiro aos produtores rurais, como também trata de fornecer apoio estratégico a esse público.
Exemplo disso foi a live Agro em Pauta: O que esperar da Safra 21/22, realizada por iniciativa da Central SC/RS do Sicoob, em junho (sobre a qual falaremos mais a seguir).
Quer saber mais detalhes sobre o Plano Safra 21/22? Quer descobrir como aplicar melhor esses recursos baseados em informações do mercado, expectativas e tendências? Então, acompanhe:
No Plano Safra 21/22, os recursos destinados aos pequenos produtores rurais, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foram ampliados em 19% em relação ao plano anterior.
São R$ 39,34 bilhões em total, com juros de 3% e 4,5%, sendo:
Nesse contexto, o fortalecimento do Pronaf Bioeconomia é uma das novidades do Plano 21/22, com a inclusão de financiamento para: sistemas agroflorestais, construção de unidades de produção de biofertilizantes e bioinsumos, e projetos de turismo rural que agreguem valor à sociobiodiversidade.
Vale dizer ainda que, no caso do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), foram disponibilizados R$ 34 bilhões em total, sendo R$ 29,18 bilhões para custeio e comercialização e R$ 4,88 bilhões para investimentos, com juros de 6,5% ao ano.
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Além do citado Pronaf Bioeconomia, o Plano Safra 21/22 inclui também outros mecanismos para apoiar a adoção de técnicas de cultivo e criação mais sustentáveis.
O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura, por exemplo, teve um acréscimo de 101% em comparação com o plano anterior. No total, são R$ 5,05 bilhões dedicados a projetos dentro desse âmbito, com juros de 5,5% e 7% ao ano.
Projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável também podem ser financiados.
Além disso, para o financiamento da agricultura irrigada, será destinado R$ 1,35 bilhão por meio do Proirriga. Enquanto isso, para o financiamento de inovações tecnológicas nas propriedades rurais, serão R$ 2,6 bilhões por meio do Inovagro.
Nós já falamos aqui, anteriormente, sobre a importância do Seguro Agrícola. Reconhecendo tal relevância, no Plano Safra 21/22, o número de produtores atendidos e a área segurada mais que dobraram.
A Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, em 2022, será de R$ 1 bilhão – montante que permite proteger cerca de 10,7 milhões de hectares, com uma previsão de contratação de 158.500 apólices.
Nesse sentido, é bom ficar atento ao Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que incluirá, até o final deste ano, novos estudos de culturas e algumas mudanças estruturais.
Aliás, vamos falar mais sobre essas informações que podem ser essenciais para o produtor rural conseguir melhores resultados:
Conseguir recursos é bom. Mas saber como aplicar esses recursos de maneira a obter os resultados desejados também é fundamental.
Por outra parte, é bem verdade que são muitos os fatores que influenciam nas decisões que precisam ser tomadas pelo produtor rural.
Sabendo disso, o Sicoob SC/RS preparou uma live especial, incluindo uma palestra do professor Thiago Carvalho (UNESP/USP) sobre “O que esperar da safra 21/22”.
Apoiado por dados macroeconômicos, climáticos e setoriais, o educador comenta as principais tendências do mercado; analisa as variações de preços de alguns produtos e insumos agropecuários; examina a demanda brasileira e o mercado consumidor internacional; fala sobre a criação, produção e exportação de carnes; traz mapas de previsões meteorológicas dos próximos meses e dá muitas dicas que podem ajudar os produtores rurais a tomar decisões mais assertivas.
Após a apresentação de Carvalho, o gestor de agronegócio do Centro Cooperativo Sicoob, Raphael Santana, explica ainda sobre a Política Agrícola e como ela influencia na definição do Plano Safra.
Vale a pena conferir na íntegra a live Agro em Pauta do dia 24 de junho para entender melhor todo esse cenário.
Para fechar a live sobre a Safra 21/22, Rodinei Munaretto, Gerente de Agronegócio da Central SC/RS, traz alguns dados sobre o próprio Sicoob, comprovando que a parceria entre o cooperativismo financeiro e o agronegócio é cada vez mais forte.
O executivo mostra que, na última safra, foram realizadas no Sicoob, mais de 67 mil financiamentos para custeio, somando R$ 10,3 bilhões liberados. Para investimentos, foram mais de 31 mil operações, totalizando R$ 5,69 bilhões. No caso do crédito para comercialização, foram mais de 800 financiamentos concedidos, em um total de R$ 1,1 bilhão. Enquanto isso, para industrialização, foram 40 operações, somando 248 milhões.
No caso do Sicoob SC/RS, Munaretto esclarece que o total liberado na safra 20/21 foi de R$ 2,65 bilhões e, para a safra 21/22, a Central espera conseguir quase dobrar esse valor, chegando a R$ 4,4 bilhões.
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