Desde o início da atual crise econômica, a massa total de rendimentos das famílias brasileiras encolheu R$ 4,39 bilhões. E a queda da renda familiar média ainda tem sido agravada pela inflação nos preços de produtos e serviços. Tais fatores, entre outros, têm levado muita gente a repensar seu padrão de vida.
A questão é que o padrão de vida geralmente está ligado a hábitos, costumes e gostos. Aumentá-lo pode ser fácil. Mas diminuir o padrão de vida pode parecer um desafio maior. Afinal, a redução costuma implicar na perda de regalias e comodidades, algumas vezes, envolvendo também esforços maiores.
Mas diminuir o padrão de vida não é nenhuma vergonha. E pode ser bem melhor do que sofrer com as dívidas, que ocasionalmente podem acabar gerando situações bem mais constrangedoras.
Então, confira as questões a seguir, fazendo uma autorreflexão sincera, e acompanhe algumas dicas especiais para manter as contas em equilíbrio:
1 - Você gasta mais do que ganha?
Gastar mais do que se ganha é um dos principais sinais de desequilíbrio entre o seu padrão de vida e os seus rendimentos.
Sabe aquela sensação (ou constatação) de que sempre falta dinheiro ao final do mês? É um sinal claro de que está na hora de você rever seu orçamento. E não basta saber apenas quanto ganha, é preciso analisar como está gastando sua renda, em quais produtos e serviços, em que momentos, por quais motivos.
Um estratégia prática para organizar e acompanhar melhor seu orçamento é adotar um aplicativo de controle financeiro em seu smartphone ou tablet, como o Sicoob Minhas Finanças que permite registrar suas despesas, separá-las por categorias e até definir limites de gastos e programar alertas para não gastar mais do que deve.
Você pode baixar gratuitamente o app Sicoob Minhas Finanças na Google Play ou na App Store.
Se preferir, você pode optar por registrar tudo em uma planilha financeira, anotar em um caderninho ou acompanhar com frequência seus extratos, faturas e recibos. Mais importante que o método escolhido, é ter um verdadeiro controle de suas contas, para manter seus gastos e seu padrão de vida compatíveis com a sua renda.
2 - Você se compara a vizinhos, amigos e parentes?
Fazer comparações é normal. O que pode ser prejudicial é a competitividade gerada por essas comparações. Percepções como “se o outro tem, eu também posso” ou “se o outro tem, eu também preciso ter” são, no mínimo, equivocadas, já que as condições, prioridades e objetivos de cada um são bastante individuais.
Querer aparentar um padrão de vida maior do que se possui pode até gerar alguns elogios e confortos, mas também pode resultar em muita dor de cabeça com as contas.
É importante entender que tudo é uma questão de ponto de vista. Afinal, a grama do vizinho não é sempre a mais verde. E o melhor padrão de vida não é necessariamente o mais alto, e sim o mais adequado à renda de cada família, que lhes permita viver com tranquilidade, sem perder o sono com credores e dívidas.
3 - Você faz compras por impulso?
Quando gastos não planejados, aquisições desnecessárias e compras por impulso começam a ser frequentes é bom se preocupar. Despesas desse tipo podem prejudicar qualquer padrão de vida.
Algumas dicas:
- Não compre nada sem antes analisar as consequências para seu orçamento.
- Pense sempre duas vezes antes de comprar (dê uma volta, dê um tempo).
- Procure diferenciar vontades de necessidades.
- Aprenda a distinguir verdadeiras promoções de pegadinhas comerciais.
- Não use o consumo como terapia (p/ compensar frustrações e tristezas, por exemplo). Em caso de estresse, procure formas alternativas para relaxar.
- Descubra outras formas de lazer que não envolvam consumo (parques, filme em casa, etc.).
Como evitar compras por impulso?
4 - Você tem mais do que realmente usa?
Outro sinal claro de que seu padrão de vida pode estar em desequilíbrio é o excesso de aquisições inutilizadas. Dê uma volta pela casa e repare em seu guarda-roupas, em sua despensa, em seu escritório e até em seus móveis (isso, se não tiver também aquele famoso quartinho da bagunça). Você não está cometendo alguns desperdícios?
Será que não é o momento de vender alguns itens? Ou que tal fazer um bazar de trocas com amigos ou parentes? Você também pode doar algumas peças.
E nas próximas compras, repense melhor a necessidade da aquisição, as quantidades, etc. Também é aconselhável evitar desperdícios de água, de energia e de alimentos.
5 - Você tem dívidas?
Uma recente pesquisa da Fecomércio SP comprova que, desde 2013, o volume total de dívidas das famílias brasileiras diminui; o valor médio das dívidas por família também encolheu; porém, aumentou a parcela de renda comprometida para pagamento desses encargos.
Ou seja, pra quem tem dívidas está ainda mais difícil manter o padrão de vida. Se você está nessa situação, descubra, antes de tudo, o tamanho do problema: liste suas dívidas, incluindo valor e número de parcelas. Em seguida, veja em que casos é possível negociar os pagamentos com juros mais baixos.
Considere, também, a possibilidade de trocar várias dívidas por uma menor. Por exemplo, se você tem dívidas no cheque especial e no crédito rotativo do cartão (que possuem alta taxa de juros), pode buscar uma linha de crédito com taxa inferior (como o crédito consignado e, em alguns casos, o empréstimo pessoal).
A partir daí, o recomendável é replanejar seu orçamento, revendo seu padrão de vida, considerando as substituições e os cortes necessários, conforme seus objetivos.
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