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Está pensando em comprar uma moto? Talvez até trocar o carro pela motocicleta? Então, é bom analisar alguns custos antes de se decidir. Veja só:
De acordo com dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas), as motos mais vendidas no mercado brasileiro são as de 150 e as de 125 cilindradas (sendo também as mais produzidas pelas montadoras). As marcas japonesas Honda e Yamaha são responsáveis pelas maiores fatias do mercado, sendo que, nessas faixas de cilindradas, os modelos Honda representam mais de 80% das vendas.
Dessa forma, para fazer uma média dos custos com uma moto, optamos por considerar o modelo mais vendido no país, a Honda CG 150. É claro que os gastos anuais para manter uma moto podem variar de acordo com o modelo escolhido, com a sua forma de conduzir e com o seu consumo mensal. Mas para ter uma ideia, vamos tomar como base a marca/modelo mencionados, lembrando que o gasto anual de uma moto inclui despesas com: combustível, trocas de pneus, revisões, impostos e segurança. Portanto, vamos analisar:
Para calcular esse valor, o primeiro dado a saber é o volume do tanque do veículo. No caso da Honda CG 150, o tanque tem cerca de 16 L. As outras variáveis que entram nesse cálculo são o tipo de combustível e seu preço. Como exemplo, se a gasolina estiver custando R$ 3,57, você gastará cerca de R$ 57 para encher o tanque da CG. Agora, se a moto for flex e o álcool for uma possibilidade viável (digamos que esteja custando 70% do preço da gasolina, no exemplo, R$ 2,50), você gastará em média R$ 40 para encher um tanque de 16 L.
Portanto, digamos que você gaste entre R$ 40 e R$ 60 em média para abastecer sua moto. É claro que se comparados aos valores para encher o tanque de um carro (entre R$ 112 e 160, em média, considerando os mesmos preços de combustível), abastecer uma moto custa muito mais barato. Mas é preciso atentar-se também ao rendimento. Vejamos:
De acordo com pesquisas entre mecânicos e fabricantes, a Honda CG 150, analisada em nosso exemplo, pode fazer de 25 a 45 quilômetros por litro de combustível. Ou seja, com um tanque de 16 L completo, a CG 150 pode rodar de 400 a até impressionantes 720 km. O desempenho, portanto, é bem superior ao de um carro. É claro que esses dados são bastante variáveis, dependendo de diversos fatores, como regulagens, manutenções e até da aceleração mantida, mas as motos costumam, sim, ser bem mais econômicas que os veículos de quatro rodas.
Vamos fazer uma média para comparação entre motos e carros, considerando:
– MOTO com tanque 16 L que faz 35 km/L
– CARRO com tanque 45 L que faz 15 km/L
– Gasolina a R$ 3,57
Nesse exemplo, com o carro você gastaria R$ 160 para encher o tanque, com o qual rodaria 675 km. Já, com a moto, para rodar esses mesmos 675 km, você gastaria apenas R$ 69. Uma economia de mais de 40%. Vale a pena pensar sobre isso.
Os preços podem variar muito dependendo do estado brasileiro, do modelo da moto e do fornecedor dos produtos. Em média, considerando a moto já exemplificada, um pneu dianteiro custa cerca de R$ 150 e um traseiro, cerca de R$ 190.
O custo anual com trocas de pneus vai variar conforme o uso que se faça da moto. A fabricante Honda alerta que os pneus devem ser trocados no máximo a cada 3.000 km rodados, mas é preciso estar atento a bolhas, cortes e/ou desgastes irregulares que possam ocorrer antes desse prazo e, se for necessário, substituí-los, por segurança.
Cada fabricante/modelo possui uma tabela específica de manutenções programadas, geralmente aliadas à garantia do veículo. Nas motocicletas, a primeira revisão costuma ser feita aos 1.000 km, custando R$ 30, em média. A segunda revisão (entre 3 mil e 5 mil km) varia de R$ 30 a R$ 100, dependendo do fabricante. Da terceira revisão em diante, os valores, em geral, se mantêm na faixa de R$ 100 a R$ 200.
O baixo custo de manutenção pode também explicar o sucesso das líderes de mercado, Honda CG 150 e Yamaha Fazer 150. Em ambos os casos, os custos com as manutenções preventivas programadas até os 30.000 km são de aproximadamente R$ 900 somando as 7 ou 8 revisões programadas – valor menor do que nos casos da maioria dos demais modelos do mercado (que podem chegar a somar R$ 2.500 em revisões até os 30.000 km).
O IPVA (Imposto sobre Veículo Automotor) é uma alíquota que varia de 1% a 6% do valor do veículo, de acordo com o estado brasileiro. Mas o IPVA incidente sobre motocicletas é sempre de uma porcentagem menor que o incidente sobre carros. Por exemplo, no estado de SC, o IPVA é de 1% para motos e de 2% para veículos de passeio. No RS, são cobrados 2% sobre motos e 3% sobre carros. Saiba mais em http://ipva.net
Em geral, as seguradoras não costumam oferecer seguros para motos com menos de 500 cilindradas, portanto, a maioria das motos brasileiras (125 e 150 c3) não são seguradas. Sendo insistente na tentativa de cotação, pode-se conseguir preço médio entre R$ 2.500 e R$ 3.200 (para homem ou mulher na faixa dos 30 anos).
Considerando a dificuldade, na maioria dos casos, e o alto valor do seguro, muitos motociclistas optam pela instalação de um alarme, que deve custar, em média, uns R$ 300, incluindo a mão de obra.
Atualmente, há várias motos com injeção eletrônica de combustível (PGM-FI). Nesse caso, a rotação do motor é ajustada automaticamente por um módulo de controle, de maneira que ocorra a melhor e mais econômica queima de combustível. Em caso de não haver injeção eletrônica, o ideal é evitar ligar a moto acelerando-a manualmente e, em vez disso, fazer uso do afogador, de forma que a moto consuma a quantidade certa de gasolina ao ligar.
Para gastar menos combustível e garantir bom desempenho da moto, também é necessário ficar atento às regulagens e manutenções de todos os itens. Por exemplo, um filtro de ar sujo pode prejudicar o desempenho da moto e aumentar seu consumo. O baixo nível de óleo pode danificar o motor e gerar custos com reparos imprevistos. Pneus carecas podem trazer riscos à segurança e também gerar multas. Enfim, é importante estar sempre em dia com as manutenções e atento às condições da moto para evitar problemas e gastos maiores.
Outro ponto que pode ser observado para economizar combustível é a velocidade. Manter uma aceleração mais constante, sem freadas bruscas e sem retomadas a grandes rotações, ajuda a controlar o gasto de combustível. Portanto, a peça mais importante a regular é sua mão. Mantendo uma velocidade mediana, que evite grandes freadas e grandes acelerações, você também evita gastos maiores (além de evitar acidentes).
Habilitação
Para conduzir uma moto no Brasil é necessária habilitação tipo A. Quem já possui a CNH tipo B (para carros) é dispensado do exame teórico, mas precisa fazer cerca de 15 aulas práticas (de 50 minutos cada) antes de passar pelo exame prático. O processo dura, em média, 45 dias e custa entre R$ 800 e R$ 1.000, variando por estado brasileiro.
Mas é sempre recomendável treinar até ganhar confiança, investindo, se necessário, em cursos extras de pilotagem.
Equipamentos
Tentar economizar com equipamentos de segurança não é uma boa ideia. Pesquise a procedência das marcas e prefira materiais de qualidade, planejando seu orçamento para investir em sua segurança. Além do capacete (obrigatório), é bom ter botas, luvas e jaquetas para garantir o conforto em casos de chuva, por exemplo.
Segurança
Dirigir uma moto exige muito mais habilidade e atenção da parte do motociclista. É necessário algum preparo físico, como por exemplo, para manobrar a moto quando estiver com motor desligado. E é indispensável que o condutor esteja sempre sóbrio, alerta e com reflexos apurados, atento a tudo à sua volta. Pilotando com consciência e responsabilidade, certamente os riscos de acidentes são tão reduzidos quanto os gastos com o veículo.
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