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Poupe dinheiro com o Princípio dos 3R’s.

Apresentado na Agenda 21, o Princípio dos 3R’s propõe a gestão sustentável dos resíduos sólidos por meio da Redução ( do uso de matérias-primas e energia e do desperdício nas fontes geradoras), da Reutilização direta dos produtos e da Reciclagem de materiais.

Mas além de pressupor atitudes conscientes – formas sustentáveis de lidar com o que consumimos e com o lixo que geramos – o Princípio dos 3R’s pode ser encarado também como uma forma de poupar dinheiro e pode ser bom para o seu bolso. Isso mesmo. Afinal, reduzir e reutilizar implicam na diminuição do consumo, portanto, você economiza. Além disso, reciclar é uma forma de economizar matérias-primas, insumos e energia, o que reduz custos, possibilitando menores preços e maior economia geral.

Então, veja algumas dicas para diminuir seus gastos e poupar dinheiro, reduzindo, reutilizando, reciclando e contribuindo com o planeta.

1o R – Reduzir

– Repense a quantidade geral comprada.

Evite o desperdício. Antes de lotar a geladeira ou a despensa de compras, por exemplo, pense se parte de toda aquela comida não vai acabar parando no lixo antes mesmo de ser utilizada. Neste caso, para não cometer exageros, é bom ficar mais atento à sua média real de consumo e evitar fazer compras de supermercado quando estiver com fome.

No caso de outros tipos de compras, também é essencial saber controlar impulsos e sempre pensar bem em tudo que realmente precisa ou não, restringindo a compra de itens supérfluos.

Ao reduzir os exageros e os desperdícios, você também reduz seus gastos.

– Não se deixe levar pela beleza da embalagem.

Sabia que uma embalagem bonita pode chegar a encarecer um produto em 30% ou até 40%? E em grande parte das vezes, essa embalagem acaba indo para o lixo. Pense nisso e comece a dar preferência às embalagens simples ou àquelas que possam ser reutilizadas.

– Evite descartáveis.

No caso dos descartáveis, a praticidade oferecida pode acabar tendo um custo alto, tanto para você quanto para o meio ambiente. Ao comprar um descartável, você perde dinheiro ao longo prazo, pois teoricamente só vai utilizá-lo uma vez e terá que desembolsar outra quantia se tiver que usar o produto novamente. Além disso, a maioria dos descartáveis é plástico, material de difícil decomposição pelo meio ambiente. Portanto, dê preferência a produtos e embalagens reutilizáveis e, se a compra de descartável for inevitável, busque maneiras de reutilização (decorações com garrafas pet, reaproveitamento de embalagens, etc.).

– Use uma sacola de compras.

Não se trata apenas de uma moda ou tendência. A utilização de ecobags e sacolas reutilizáveis para fazer compras – substituindo as sacolas descartáveis – é uma atitude consciente, uma forma de contribuir com a sociedade e com o meio ambiente, que já tem sido adotada por boa parte da população mundial. E você também deve começar a considerar essa opção, se ainda não o faz. 

2o R – Reutilizar

– Reaproveite papéis.

Use os dois lados da folha. Aproveite o verso para rascunhos e anotações ou junte pedaços ainda não aproveitados das folhas para fazer um bloco de notas personalizado.

Jornais velhos também podem ser reaproveitados para limpeza de vidros ou para proteger objetos frágeis em viagens e mudanças.

Recortes de revistas velhas podem servir para decorar objetos customizados. E se você tiver uma boa quantidade de revistas e jornais antigos, também pode reuni-los e levar a um centro de reciclagem.

– Reaproveite embalagens.

Reutilizar copos de requeijão e embalagens de margarina ou sorvete é uma dica utilizada até pelas nossas bisavós. Mas se você quiser inovar, ainda pode personalizar as embalagens e aproveita-las com diferentes fins. Dá para pintar os copos e transformá-los em belos porta-lápis; fazer colagens sobre os potes e usá-los como organizadores de objetos pessoais; reaproveitar as garrafas pet para fazer objetos de decoração exclusivos; entre outras ideias variadas.

– Descubra dicas de decoração.

Como mencionado, você pode reaproveitar embalagens para fazer objetos úteis e de decoração. A Internet está cheia de exemplos e de tutoriais que mostram como você mesmo pode fazer esse tipo de reutilização. Use a criatividade, reutilize e economize.

– Customize roupas e sapatos, conserte, revenda ou doe.

Sabia que você pode deixar algumas roupas e sapatos com cara de novos apenas customizando-os? Dá para aplicar brilhos, recolorir, cortar de um jeito diferente, as possibilidades são muitas e a Internet está cheia de ideias para personalizar o vestuário.

Mas em alguns casos, um simples consertinho já pode resolver a situação e lhe poupar de ter que comprar uma peça nova.

Revender em um bazar ou brechó as peças que você não usa mais (mas ainda estão em bom estado), também pode ser uma ideia interessante, principalmente, para quem precisa capitalizar-se um pouco. Se não for o caso, considere doar as peças, assumindo uma atitude consciente e colaborativa.

– Restaure móveis antigos, revenda ou doe.

Assim como as roupas, móveis antigos também podem ser restaurados e personalizados. Se não for o caso, revenda-os em lojas de móveis usados ou doe.

– Reaproveite água.

A reutilização não é dica exclusiva para materiais, produtos e embalagens. A água é um elemento que não só pode como deve ser reutilizado. A água que sobra da lavagem das roupas, por exemplo, pode ser utilizada para lavar o quintal, a água da lavagem dos vegetais pode ser reaproveitada para regar o jardim ou os vasos de plantas e a coleta da água da chuva também pode ser usada para lavar o carro, o quintal ou regar as plantas.

3o R – Reciclar

– Separe o lixo orgânico do lixo seco.

Tanto o lixo orgânico quanto o lixo seco podem ser reciclados, excetuando-se alguns materiais específicos. Portanto, faça sua parte. Comece a criar o hábito de separar o lixo orgânico do lixo seco, excluindo de ambos os materiais não recicláveis.

Confira o que pode ser reciclado:

Lixo orgânico: restos de alimentos, restos de frutas, verduras e legumes, cascas, talos, etc.

Lixo seco: papeis, jornais, revistas, sacos, CDs, embalagens de plástico, garrafas e frascos de vidro, latas de alumínio, tampas de garrafas, tampas de iogurte, etc.

O óleo de cozinha também pode ser reciclado. Guarde o óleo usado em uma garrafa pet e procure os postos específicos de coleta para entrega.

O que não pode ser reciclado:

– Bitucas de cigarro, papel carbono, celofane, papel higiênico, lenços e guardanapos de papel, fotografias, fitas adesivas, isopor, embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos), espelhos, vidros de janelas, lâmpadas, cerâmicas, esponjas de aço, pregos, canos, pilhas e baterias, etc.

No caso das pilhas e baterias, não as dispense no lixo. Procure postos específicos de entrega para fazer o descarte. E evite o consumo de outros materiais que não possam ser reciclados.

– Reivindique programas de reciclagem regionais.

Informe-se sobre os postos de coleta de materiais reciclados em sua região. Em muitas cidades, o caminhão do lixo reciclável passa uma ou duas vezes por semana, em dias específicos. É preciso ficar atento para separar os lixos em casa e colocá-los na rua no dia certo. Se sua cidade ainda não possui programas como esse, exija dos governos locais providências. É um direito seu como cidadão.

– Descubra a economia gerada pela reciclagem.

A reciclagem gera economia de matérias-primas e insumos para a produção de novos materiais e também a economia de energia. Para você ter uma noção melhor, a reciclagem de 1 kg de vidro quebrado (cacos) gera 1 kg de vidro novo, economizando 1,3 kg de matérias-primas (minérios). E a cada 10% de utilização de cacos, há uma economia de 2,9% de energia. Além disso, uma tonelada de papel reciclado economiza 20 mil litros de água e 1.200 litros de óleo combustível. Quando se trata do alumínio, a reciclagem economiza 95% da energia que seria usada para produzir alumínio primário. Uma única latinha de alumínio reciclada economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.

Toda essa economia, se difundida em larga escala, pode acabar chegando ao seu bolso. Afinal, com uma conscientização geral, pode-se gastar menos na produção de novos materiais e cobrar preços menores do consumidor.

– Pense nos benefícios para o meio ambiente.

Sabia que a reciclagem de vidro diminui a emissão de gases poluentes pelas fábricas e ainda aumenta a vida útil dos aterros sanitários e poupa a extração de minérios como areia, barrilha, calcário e feldspato?

Outro dado impressionante é que cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m2 de monocultura de eucalipto.

Além disso, a reciclagem recoloca no ciclo de produção materiais que poderiam contaminar o solo, a água e o ar; dessa forma, contribui para a diminuição do volume de lixo (já são mais de 240 mil toneladas produzidas diariamente só no Brasil; pense nisso).

Repense, reduza, reutilize, recicle e economize.

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