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Já faz alguns anos que a atratividade da poupança tem diminuído, devido às constantes quedas em seu rendimento. Em 2010, por exemplo, o ganho da poupança (6,9%) foi o mais baixo desde 1967. E desde 2012, acabou-se com a obrigatoriedade de pagar um rendimento fixo mínimo de 0,5% ao mês pela poupança. Além disso, apesar da caderneta ser a mais antiga forma de investimento do país, as alternativas de aplicações têm se multiplicado.
Por outro lado, a caderneta de poupança ainda é considerada por muitos economistas como o investimento com os menores riscos do mercado. E apresenta outras vantagens que merecem ser levadas em consideração. Veja só:
Na hora de investir, um dos importantes pontos a se considerar é a incidência de impostos. Entre as opções disponíveis do mercado, até o momento, apenas a poupança e as letras de crédito não são taxadas pelo Imposto de Renda.
Só que as letras de crédito são mais indicadas para médios e grandes investidores, já que exigem aportes iniciais mínimos entre R$ 10 mil e R$ 30 mil; enquanto a poupança já é mais recomendada para pequenos investidores.
É importante ressaltar ainda que alguns economistas defendem outros tipos de investimentos em detrimento da poupança, com o argumento de que a cobrança de I.R. pode ser compensada, em alguns casos, pelos rendimentos desses investimentos.
Os fundos de renda fixa, as ações e outros investimentos comuns no mercado costumam cobrar taxas administrativas anuais. Na poupança, pelo contrário, não existe esse tipo de cobrança. Esse é outro ponto positivo do investimento na caderneta.
A poupança possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e, por isso, é considerada um investimento de baixo risco. Mas a segurança da aplicação em poupança vai além disso. Na poupança, você pode até não ter bons rendimentos, mas não perde dinheiro.
Há outros investimentos no mercado que também são considerados de baixo risco, como é o caso dos CDB’s, dos RDB’s e RDC’s e dos títulos públicos (que costumam apresentar, inclusive, rendimentos superiores à poupança). Mas nesses casos, diferente da poupança, são cobradas taxas administrativas e há incidência do Imposto de Renda.
O funcionamento simplificado da caderneta de poupança pode ser considerado outra vantagem. Como explica o professor da FGV, Armando Castelar Pinheiro, a poupança “é uma aplicação que você coloca o dinheiro e esquece. É um investimento com comodidade, pois não exige um acompanhamento rigoroso do mercado, como em outras operações”. Também não são necessários conhecimentos de Internet (que no caso dos títulos públicos, por exemplo, são essenciais) nem outras noções de economia. Em muitos casos, não é estipulado nem um valor mínimo de aplicação inicial (a depender do banco). Ou seja, todo mundo pode poupar, é simples.
E a retirada também é facilitada. A liquidez da poupança é diária. O que acontece também com outros investimentos do mercado (CDB’s e títulos públicos, por exemplo, também tem liquidez diária). Só que na poupança, não costumam haver perdas na retirada, enquanto nos demais investimentos, geralmente, há incidência de I.R. nesse momento.
Com tudo que foi apontado, você já deve ter percebido que a poupança é uma ótima ideia para quem está começando a aplicar seu dinheiro.
Afinal, não exige aportes iniciais mínimos, não requer conhecimentos prévios nem acompanhamento constante, é segura e não há perdas com impostos ou taxas básicas. O rendimento pode não ser dos melhores. Mas tudo depende do seu perfil e dos seus objetivos.
Por exemplo, quem ainda não tem o hábito de poupar, pode fazer da caderneta de poupança um primeiro passo. E mesmo quem já possui outros investimentos, pode manter uma caderneta de poupança com uma reserva para retiradas urgentes. Aliás, temos uma dica extra sobre isso a seguir.
Criar e manter uma reserva financeira de emergência é uma das formas mais indicadas para prevenir seu orçamento de prejuízos causados por imprevistos. Imprevistos acontecem com qualquer um. Mas é possível garantir maior tranquilidade financeira se você tiver uma reserva de dinheiro destinada para esses casos.
E uma das formas mais recomendadas para guardar essa reserva de emergência é justamente a poupança, exatamente pelas características apontadas acima. Afinal, a ideia de uma reserva não é obter rendimentos, mas evitar perdas (característica da caderneta). E um imprevisto pode obrigar uma retirada de uma hora para outra, o que pode ser feito também sem perdas na poupança.
Ou seja, a poupança continua sendo uma forma de aplicação válida. Considere essa opção.
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Mediador Judicial Cível Tribunal de Justiça TJ/RS CNJ (voluntário em qualificação) Tecnólogo Gestor de Cooperativas Escoop/Sescoop RS