De acordo com o Banco Central e o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), desde 2019, mais de 1 milhão de pessoas aderiram ao cooperativismo financeiro. Com isso, atualmente, já são 12.787.976 brasileiros associados a cooperativas financeiras.
As razões para esse crescimento encontram-se, principalmente, no próprio modelo cooperativista. Afinal, as cooperativas são instituições sem fins lucrativos, controladas pelos próprios associados com base em princípios mais justos e humanos, buscando beneficiar a todos os cooperados e também às comunidades.
Aparentemente similares aos bancos comuns – por disponibilizarem os mesmos tipos de produtos e serviços financeiros –, as cooperativas do ramo financeiro destacam-se por oferecer muito mais vantagens od que os bancos tradicionais.
Para começar, como não visam ao lucro, essas instituições costumam cobrar taxas e tarifas muito menores. Além disso, os associados podem participar das decisões da cooperativa e também das sobras, caso os resultados sejam positivos.
Ou seja, quem se associa a uma cooperativa financeira, além de economizar, pode até ganhar mais.
Vale dizer também que as cooperativas têm como princípio a adesão livre e voluntária, sem discriminação de sexo ou gênero, social, racial, política ou religiosa.
Agora, para entender melhor o perfil dos cooperados, e saber quem são, realmente, os associados a cooperativas financeiras, acompanhe:
Lançada em julho de 2020, a plataforma BI.Coop apresenta os números do cooperativismo financeiro de forma transparente, simples e eficiente, com atualização mensal de dados.
De acordo com essa fonte, atualmente, 57,29% dos associados a cooperativas são do sexo masculino, enquanto 42,71% são do sexo feminino.
Em números exatos isso significa que, em todo o Brasil, 7.326.231 homens e 5.461.745 mulheres são associados a cooperativas financeiras.
Mas é bom saber que a participação feminina no cooperativismo não para de crescer, assim como a satisfação das associadas com o cooperativismo. É o que mostra o depoimento de Juliene Cardoso, associada a uma das coop do Sicoob em Goiatuba, Goiás:
“A minha história aqui no Sicoob começou pela minha irmã. A minha irmã abriu uma conta e gostou muito, porque é como um banco, mas sem fins lucrativos e com juros mais baixos. Então, com o passar do tempo eu vi que era muito organizado. Também a gerente eu conheço ela, sei que é uma pessoa muito boa, já bem conhecida na cidade. Ela me convidou para participar aqui e eu vim, abri minha conta e ‘to muito satisfeita, principalmente pela organização, pelos números, pela quantidade de atendentes, que não tem filas… é muito organizado. Você é atendida rápido, e as taxas de juros são mais baixas. Também tem os aplicativos, que você resolve tudo pelo aplicativo. Tem umas taxas de crédito muito boas também. Eu ‘to muito satisfeita.”
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Como era de se esperar quando se trata de produtos financeiros, os cooperados de até 18 anos ainda são minoria nas cooperativas do ramo, correspondendo a 2,83% do total.
Enquanto isso, nas demais faixas de idade, a distribuição é mais equilibrada:
É válido observar também que – devido aos próprios princípios do cooperativismo – há cada vez mais jovens optando por essa alternativa.
A brasiliense Bruna do Espírito Santo, comenta:
“As pessoas estão cansadas de ver os lucros indo sempre para as mãos dos mesmos banqueiros. A cooperativa democratiza o resultado e é isso que nós da geração Y buscamos: igualdade econômica e direitos de participação.”
Nós já havíamos comentado por aqui que o Sul do Brasil dá exemplo de cooperativismo e o Relatório do Censo de Associados produzido pelo FGCoop em dezembro de 2020 parece confirmar isso.
Segundo o documento, 56,07% dos associados a cooperativas financeiras vivem em um dos três estados da região Sul do país: Rio Grande do Sul, Santa Catarina ou Paraná.
A região Sudeste é a segunda em número de cooperados do ramo financeiro, com 26,44% do total, seguida pela região Centro-Oeste brasileira que abriga 11,58% dos associados.
Enquanto isso, as regiões Norte e Nordeste do Brasil são as que têm menores índices de população cooperada, contando respectivamente com 2,36% e 3,56%.
Nesse sentido, vale comentar que uma das metas do Banco Central – incluída na Agenda BC# – é “fomentar uma maior participação das cooperativas de crédito nas regiões Norte e Nordeste, passando de 13% (2018) para 25% de cobertura (2022)”, uma vez que essa entidade monetária reconhece a importância do cooperativismo para a inclusão financeira, melhoria da distribuição de renda e incentivo ao desenvolvimento das comunidades.
Para o presidente da Confederação Brasileiras das Cooperativas de Crédito (Confebras), Kedson Macedo, “o Nordeste brasileiro é a próxima fronteira do cooperativismo de crédito”.
Não é por acaso que o 13º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred) será realizado na capital pernambucana, Recife, de 18 a 21 de agosto deste ano.
Programado inicialmente para ocorrer em 2020, o evento teve que ser adiado duas vezes devido à emergência sanitária provocada pelo coronavírus. Mas a nova data já está confirmada e, para manter a segurança de todos, o 13º Concred acontecerá em formato híbrido (presencial e digital).
De acordo com dados da plataforma BI.Coop, a maioria dos associados a cooperativas financeiras (85,40%) é de pessoas físicas. São 10.920.322 brasileiros em total.
Enquanto isso, as pessoas jurídicas (PJ) representam 14,60% dos cooperados, o que corresponde a 1.867.654 empresas associadas.
Só que, entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, o crescimento do número de cooperados PJ foi levemente superior ao aumento do número de cooperados pessoa física (respectivamente, 14,44% e 8,43%), o que indica um interesse cada vez maior das empresas em aproveitarem as vantagens oferecidas pelas coop financeiras.
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Dos milhões de brasileiros associados a cooperativas financeiras:
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