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Você já deve ter ouvido dizer que os filhos espelham-se em seus pais. De fato, em seu período inicial de formação, as crianças começam aprendendo por imitação, copiando a forma como os pais (principalmente) falam, agem e se comportam.
É claro que, nesse sentido, quando se fala em “pais” costumam estar incluídos tanto o pai como a mãe. E cada família tem o seu estilo (algumas mães são pai e mãe, alguns pais são mãe e pai, há “paidrastros”, avós que são pais, etc.). Mas vamos aproveitar a proximidade do Dia dos Pais e refletir um pouco sobre essa responsabilidade paterna de dar o exemplo.
Normalmente, o pai é considerado uma figura de autoridade, que deve ensinar valores, incutir caráter, dar exemplo e incentivar seus filhos. Mas, como fazer isso? Afinal, ninguém nos ensina a ser pais. E ser um bom modelo para os filhos nem sempre é uma tarefa fácil, já que os pais também são passíveis de erros, como qualquer pessoa.
Na verdade, a resposta de como ser um bom pai e um bom exemplo para seus filhos só pode ser encontrada individualmente, na vivência do dia a dia. Mas algumas dicas valem para todos os pais. Veja só:
1 - Estar presente é o maior presente
Filhos exigem atenção; não apenas quando estão doentes ou quando precisam de ajuda; mas sempre. Ou seja, não basta apenas cuidar dos seus filhos, é preciso participar ativamente e com frequência da vida deles.
Dedicar tempo de qualidade para estar com a criança. Brincar, fazer carinho, conversar. Em vez de perguntar apenas sobre as notas, por exemplo, que tal conversar sobre o dia a dia na escola?
Também não vale confundir atenção afetiva com atenção material. Um brinquedo novo, por exemplo, não compensa o tempo que você passa sem brincar com a criança.
É claro que às vezes é difícil equilibrar o tempo do dia a dia, entre a família, o trabalho e outros afazeres. Mas lembre-se que cada etapa do crescimento de um filho é um momento único, por isso, cada minuto que você passa com seu filho pode ser valioso. Então, faça valer cada minuto.
2 - Ter autoridade não significa ser autoritário
Impor limites é importante para a educação de uma criança. A educadora Cris Poli comenta que “a ausência, a falta de posicionamento e de autoridade são uma carência muito forte.” Segundo a especialista, quando os pais são excessivamente permissivos podem acabar sendo considerados ausentes. Logo, é recomendável que os pais posicionem-se, inclusive sobre os pequenos afazeres do dia a dia, como a comida, o banho, o horário das brincadeiras, etc.
Mas ter autoridade não significa ser autoritário. Cris Poli explica: “Se um pai é autoritário e se impõe pela força e pelo medo, acaba inibindo a criança. Ela pode crescer mais tímida e introvertida, com dificuldades para se expressar.”
O psicanalista Rubens de Aguiar Maciel concorda que é prejudicial para a criança quando a autoridade é baseada em gritos, em ameaças ou na força. O melhor pode ser tentar explicar para a criança o sentido das ordens dadas, sem perder a autoridade, mas com carinho.
3 - Viva e educação que você quer inspirar
Por mais que um pai aconselhe seu filho, a criança sempre aprenderá mais com as atitudes do pai do que com seus conselhos. Portanto, reflita sobre as atitudes que você quer inspirar em seus filhos e viva isso no seu dia a dia.
Quer criar filhos mais conscientes? Tenha atitudes conscientes. Quer criar filhos que saibam lidar melhor com as finanças? Comece a aprender a lidar melhor com seu próprio orçamento. Quer ensinar seus filhos a não desistir? Então, encare seus erros e tente de novo.
Enfim, ter um filho é uma experiência profunda de autoconhecimento. Afinal, os pais acabam enxergando-se também em seus filhos. Uma vivência enriquecedora em que a cada momento, há uma oportunidade de aprendizado, não só para a criança, como também para o próprio pai. Por isso, para aprender a ser um bom pai, nada melhor do que desfrutar cada momento com seu filho.
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