Como o próprio nome indica, o Cadastro Positivo é o contrário do Cadastro Negativo. Ou seja, ao invés de apontar dívidas e atrasos, o Cadastro Positivo funciona como um histórico de bom pagador, com registros de contas quitadas em dia e outras informações qualificatórias.
É como se fosse um currículo financeiro que apresenta o consumidor de modo positivo ao mercado. Assim, pode ficar mais fácil conseguir aprovação de crédito ou melhores taxas de juros em financiamentos, por exemplo.
E todo mundo pode inscrever-se gratuitamente para ter o seu Cadastro Positivo, sabia? Confira mais sobre o assunto:
Nem sempre ter o nome limpo é sinônimo de facilidade na hora de conseguir um financiamento. Afinal, mesmo sem dívidas, há quem possua um score baixo por outros motivos.
O score de crédito é uma pontuação baseada no perfil financeiro e nos hábitos de pagamento do consumidor. Quem tem carteira assinada, por exemplo, ganha pontos. Quem tem dívidas, perde. Essa pontuação é usada para calcular o risco de emprestar dinheiro ou fazer financiamentos.
Segundo o Serasa Experian, dos 151 milhões de adultos brasileiros, 39 milhões não têm acesso ao crédito. Entre estes, 17 milhões têm o nome sujo, enquanto 22 milhões sofrem apenas com o score baixo. A própria instituição aponta que o Cadastro Positivo é uma solução eficiente para reverter essa situação.
O economista do Serasa, Luiz Rabi, comenta: “Quanto mais informações dos pagamentos em dia que essa pessoa fez, e são pessoas que fazem, pessoas que pagam suas contas de água, luz, telefone, contas do dia a dia, contas corriqueiras que todo brasileiro paga… Mas a falta dessas informações, no cadastro positivo, faz com que essas pessoas tenham uma pontuação tão baixa, por falta de informação, que elas mereceriam ter o crédito aprovado, infelizmente não conseguem.”
A afirmação do economista Luiz Rabi serve para confirmar a ideia de que o Cadastro Positivo pode incluir 22 milhões de brasileiros no mercado de crédito. De acordo com estudo do Serasa Experian, essa inclusão injetaria, ainda, R$ 1,1 trilhão na economia brasileira, sob a forma de demanda por operações de crédito.
Além disso, atualmente, a análise de crédito, no país, consiste em reunir dados negativos sobre o consumidor. E isso muda com a implantação do Cadastro Positivo. O Serasa Experian estima que a adesão massiva ao Cadastro Positivo provocaria uma redução de juros para 74% da população adulta que hoje tem acesso a crédito.
Ou seja, a aderência ao Cadastro Positivo é vantajosa não apenas para o consumidor em si, como também para o mercado de crédito como um todo.
Até o momento, a adesão ao Cadastro Positivo é feita de maneira voluntária. Quer dizer, o consumidor precisa optar por fazer o seu cadastro positivo e entrar em contato com um dos bancos de dados disponíveis, como o Serasa, a Boa Vista SCPC ou o SPC Brasil, para autorizar a criação de seu registro.
A boa notícia é que o Cadastro Positivo é grátis e todo consumidor pode criar o seu. Saiba mais:
O Cadastro Positivo foi criado pela Lei nº 12.414, de 9 de junho de 2011 e é regulamentado por essa norma e pelo Decreto nº 7.829, de 17 de outubro de 2012.
Nesse contexto, destaca-se, em primeiro lugar, que o Cadastro Positivo não é obrigatório (até o presente momento, é voluntário). Portanto, não pode ser exigido por nenhuma empresa como condição para concessão de crédito.
Além disso, o possuidor do Cadastro, identificado como Consumidor Positivo, tem o direito de optar pelo banco de dados de sua preferência e acessar gratuitamente todas as suas informações, solicitando retificações se necessário e cancelando sua participação, se assim desejar.
Para a segurança do Consumidor Positivo, as fontes (empresas que fornecem referências sobre hábitos de pagamento) só podem ceder informações aos Bancos de Dados autorizados pelo consumidor. E os Bancos de Dados devem manter registros adequados das autorizações e informações, prestando pleno acesso ao consumidor quando solicitados.
De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a intenção do Governo é tomar medidas para tornar automática a adesão ao Cadastro Positivo. O consumidor optaria apenas pela exclusão de seu nome do cadastro se assim desejasse.
Vai ao encontro dessa ideia o Projeto de Lei Complementar PLP 414/2017 que tramita pela Câmara, visando estimular o uso inteligente dos dados do Cadastro Positivo, mas sem prejuízos para o sigilo do consumidor.
Acreditando nos benefícios dessa iniciativa, a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) – que reúne as maiores fintechs do país – decidiu lançar um manifesto em apoio à desburocratização da adesão ao Cadastro Positivo:
Se você também é a favor dessa iniciativa, além de criar o seu Cadastro Positivo, você pode apoiar o abaixo assinado online da ABCD aqui.
Descubra um mundo mais colaborativo e cooperativo. Conheça o maior Sistema Cooperativo Financeiro do Brasil, o Sicoob.
Aqui, falamos com bastante frequência sobre o cooperativismo. Mas você já parou para pensar o…
Desde que foi anunciado pelo Banco Central, o Drex — também conhecido como “Real Digital”…
Você já parou para pensar como será o seu futuro financeiro? A cada dia que…
Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo. Investir em dólar…
No Dia das Crianças, não precisa necessariamente ter um presentão novinho em folha. Mas é…
O desemprego estrutural é uma realidade que afeta a sociedade como um todo. Mas você…