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O papel dos pais na educação financeira dos filhos

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De acordo com pesquisa realizada em setembro do ano passado pelo Serasa, 85% dos pais e mães brasileiros conversam com seus filhos sobre educação financeira. Por outro lado, 67% já ficaram com o nome sujo em algum momento e 66% já atrasaram o pagamento de alguma conta básica. A questão é que os pais são os principais modelos dos mais jovens e para que a educação financeira dos filhos seja realmente efetiva é preciso ir além das palavras e dar o exemplo. Quer saber como? Confira algumas dicas:

A forma de lidar com o dinheiro

A forma que os pais lidam com seu próprio dinheiro é uma das principais influências na educação financeira dos filhos. Por isso, é importante que os pais sigam algumas orientações financeiras básicas, como, por exemplo, organizar seu orçamento, planejar-se financeiramente e poupar dinheiro.

Realizar esses tipos de atividades, por um lado, já ajuda a garantir que a vida financeira de toda a família seja mais saudável. Além disso, ao envolver as crianças nessas práticas, os pais dão um ótimo exemplo e inspiram os filhos a agir de maneira similar.

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A forma de consumir

É importante destacar que a educação financeira não se restringe apenas à organização das contas. O consumo também faz parte das práticas financeiras e não pode ficar de fora da educação financeira dos filhos.

Como são os seus hábitos de consumo? As crianças e jovens, certamente, observam isso também. Portanto, é importante ficar atento e começar a adotar algumas práticas mais conscientes de consumo, como: planejar as compras, usar o crédito de maneira responsável, dar prioridade às necessidades antes de atender aos desejos de consumo, entre outros.

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A forma de lidar com seus bens materiais

Outra forma dos pais influenciarem positivamente na educação financeira dos filhos é cuidando dos seus bens materiais. Não se trata de acumular bens e produtos. Mas sim de cuidar daquilo que você possui, evitando danos que poderiam levar a novas compras.

Aproveitar melhor os alimentos, reutilizar produtos e embalagens, e separar o lixo para fazer a destinação correta de recicláveis também são atitudes positivas nesse contexto. Com isso, os pais podem dar aos filhos verdadeiras lições de economia.

Por outro lado, incentivar o desapego – seja fazendo doações ou vendendo alguns itens seminovos – também pode ajudar a ensinar melhor sobre o valor das coisas e sobre valores humanos importantes, como a generosidade.

A forma de lidar com seus objetivos

Ter um objetivo claramente definido é um ótimo incentivo para poupar dinheiro. Quando você tem um objetivo (por exemplo, comprar um carro ou fazer uma viagem em família), você costuma poupar para conseguir realizar o que deseja?

Seus filhos, certamente, observam isso. E é claro que você também pode incentivá-los a fazer o mesmo, dando-lhes um cofrinho, por exemplo, ou uma mesada (se julgar adequado) e sugerindo que pensem em algo que querem comprar com o dinheiro que guardarem.

Ter um objetivo também é uma forma de inserir o tema do planejamento na educação financeira dos filhos. Pensem juntos: quando vocês querem atingir o objetivo desejado? Quanto precisam juntar por mês para isso? Quanto precisam economizar?

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Conversar também é papel de pai

Você reparou que, ao longo deste texto, nós tratamos os pais de forma genérica? Isso foi feito propositalmente, já que as famílias brasileiras são formadas das maneiras mais diversas. Além dos casais tradicionais, há mães que são pai e mãe, pais que são mãe e pai, além de outros arranjos.

Só que, aproveitando a proximidade do Dia dos Pais, queremos trazer também uma mensagem especial para eles com respeito à educação financeira dos filhos.

É claro que já foi o tempo em que o pai tinha somente o papel de provedor da família e a mãe era quem tinha contato mais próximo com as crianças. De toda forma, vale destacar que conversar também é papel de pai e isso faz toda a diferença na educação financeira dos filhos.

Conversar sobre o quê? Sobre o seu trabalho e o seu salário, sobre os gastos da família, sobre a necessidade de economizar, sobre porque não compra algo, etc.

O importante é que os filhos sintam-se livres para conversar sobre diversos temas, inclusive financeiros, e sintam a proximidade dos pais (e mães). Porque a presença é o melhor presente. E a educação financeira é um presente para toda a vida.

daniele

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