Independência e cooperativismo

Uma reflexão para comemorar o 07/09 com mais cooperação

Vantagens da Cooperação | 05 de setembro de 2019
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Independência e cooperativismo
Independência e cooperativismo



Dia 7 de setembro é a data de comemoração oficial da Independência do Brasil. Um momento que ficou marcado na história pelo famoso Grito do Ipiranga: “Independência ou morte”. De fato, uma nova vida começou para o país a partir daí, uma fase em que a cooperação passou a ser cada vez mais valorizada. Poderíamos dizer, inclusive, que existe uma relação entre independência e cooperativismo.

Você já deve saber que o cooperativismo é um modelo socioeconômico alternativo orientado por sete princípios essenciais. Agora, sabia que o quarto princípio cooperativista trata justamente da Autonomia e Independência? E essa relação não para por aí. Confira:

A Independência do Brasil

Como é de se imaginar, o processo de independência do Brasil não foi exatamente pacífico. Entre 1821 e 1825, muitos brasileiros tiveram que se unir e lutar juntos por um objetivo comum: a libertação do país. Ou seja, a própria conquista da independência foi resultado de um ato de cooperação.

Foi somente em agosto de 1825 que Portugal reconheceu o Brasil como uma nação soberana e, a partir daí, o país passou a ter autonomia para tomar suas próprias decisões.

Podemos dizer também que a emancipação do Brasil foi o primeiro passo para que, posteriormente, em 1889, pudesse ser proclamada a república e iniciado o processo de democratização do governo nacional. Esse ambiente mais livre e democrático também foi a base para dar início ao cooperativismo no país. Não é por acaso que a primeira instituição cooperativa brasileira surgiu justamente em 1889.

Independência e autonomia no cooperativismo

Como mencionado, um dos sete princípios fundamentais do cooperativismo é a Autonomia e Independência. Segundo explica a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), as cooperativas são associações de pessoas, em que elas mesmas controlam a organização e se ajudam de forma mútua e voluntária em busca de suprir necessidades sociais, econômicas ou culturais.

A Constituição Brasileira de 1988 reforça essa ideia de autonomia e independência em seu Art. 5º, Inc. XVIII afirmando que “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.

Sendo assim, em uma cooperativa, os cooperados – que são os verdadeiros donos da instituição – têm total autonomia para tomar decisões conjuntamente, livres de qualquer influência política ou externa. É na Assembleia Geral, com a participação de todos, que esse princípio é perpetuado.

Por outro lado, é importante entender que a atuação das cooperativas está sujeita à orientação estatal e que as cooperativas não estão livres de fiscalização. As operações das cooperativas financeiras, por exemplo, são fiscalizadas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional.

A questão é perceber que a Autonomia e Independência das cooperativas é aplicada à gestão da instituição, evitando influências externas que interfiram nas decisões coletivas. De forma simplificada, pode-se dizer que, da porta para dentro, quem manda são os cooperados, enquanto que, da porta para fora, valem as regras gerais, já que as cooperativas nacionais não deixam de ser integrantes do Estado brasileiro.

Sobras e outros benefícios da independência

Tomar decisões de forma autônoma é um dos grandes benefícios da independência. Como vimos, isso é válido para a independência do Brasil e também para a gestão cooperativista. Melhor ainda, quando essas decisões são tomadas de forma democrática, com a participação de todos e pensando em beneficiar a todos.

Além disso, é quando o Brasil se torna independente de Portugal que acaba a obrigação de pagar tributos constantemente a este país. Ou seja, o Brasil tem a capacidade de começar a gerar lucros que sirvam para o desenvolvimento do seu próprio povo.

Nas cooperativas, acontece algo similar: a geração de sobras distribuídas entre todos os cooperados. Como as cooperativas não tem que gerar lucros para um pequeno grupo de sócios (não há fins lucrativos), os excedentes financeiros são realmente usados para o benefício de todos e, deduzidas as despesas da cooperativa, as sobras voltam para as mãos dos cooperados.

Percebe-se, então, que a independência é uma conquista muito valiosa. Agora, ter independência dentro de um contexto cooperativo é ainda mais vantajoso para todos.

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