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Oferecer serviços essenciais, como energia elétrica e telefonia: esse é o foco das cooperativas de infraestrutura. Isso porque, em alguns casos, o poder público não chega a fornecer tais benefícios à população, como em algumas áreas rurais, por exemplo, em que as tradicionais concessionárias de eletrificação não chegam.
Com isso, as cooperativas de infraestrutura acabam sendo mais comuns no interior do país e costumam gerar grande impacto social e econômico nas regiões em que atuam, mudando a vida de milhares de brasileiros.
As cooperativas de infraestrutura são, inclusive, responsáveis, em grande parte, por manter os jovens no campo, dando continuidade ao trabalho de suas famílias.
Entenda melhor:
A primeira cooperativa de infraestrutura brasileira foi fundada em 1941, no município de Erechim/RS, para levar energia elétrica a centenas de famílias e produtores rurais do então distrito de Quatro Irmãos.
Em 1964, esse ramo do cooperativismo começou a ganhar força com a promulgação do Estatuto da Terra, o qual permitiu que as cooperativas passassem a oferecer serviços básicos para todos os brasileiros, sobretudo, nas áreas rurais, onde as operadoras convencionais não tinham interesse de atuar.
Na década de 70, o cooperativismo de infraestrutura também ganhou impulso com a criação da Política de Eletrificação Rural e com o apoio de financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Em 2012 e 2015, o segmento recebeu, ainda, novos estímulos com as Resoluções 482/12 e 687/15 da Aneel, que criaram o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, permitindo e viabilizando a microgeração e a minigeração de energia por residências, comércios e, posteriormente, por condomínios e por cooperativas.
Atualmente, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), já existem 125 cooperativas de infraestrutura atuando no país, empregando 6.154 pessoas e reunindo 955.387 associados.
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Entre as cooperativas de infraestrutura, as cooperativas de eletrificação rural são as mais comuns, responsáveis por gerar e/ou distribuir energia elétrica para mais de 4 milhões de brasileiros.
Foi por reconhecer a importância desse trabalho que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a Resolução 687/15, alterando as regras da Resolução 482/12 e permitindo a geração de energia e o aproveitamento de créditos por múltiplas unidades consumidoras (como condomínios) e por empreendimentos de geração compartilhada (como as cooperativas).
Desde então, o número de conexões de consumidores que geram e distribuem energia aumentou de 2 mil para mais de 8 mil conexões (em 2017), segundo a própria Agência.
O diretor geral da Aneel, Romeu Rufino, comenta: “Eu tenho um pé no mundo rural também e conheço bem a importância e relevância do trabalho das cooperativas nesse segmento de eletrificação rural, como pioneiras na questão de levar energia ao campo. E hoje sabemos que qualquer atividade rural precisa de energia de qualidade.”
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Em alguns casos, as cooperativas de eletrificação rural também incluem os serviços de telefonia e acesso digital; em outros, são formadas cooperativas de infraestrutura especificamente dedicadas a esses serviços.
De todo modo, as cooperativas de telefonia também são fundamentais na inclusão social e digital de milhões de brasileiros.
A gaúcha Tatiane Jaqueline de Lima, da cidade de Bozano, diz que a chegada da internet ao município facilitou seus estudos à distância e ajudou também nos negócios do marido. “Precisávamos de internet principalmente para o trabalho, para emissão de Nota Fiscal Eletrônica, por exemplo, sem contar que ela permite a abertura de comércio para qualquer lugar”, comenta o marido de Tatiane, Juliano Bagolin, que comercializa mudas de grama e fardos de feno.
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Além de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar social, principalmente, nas áreas rurais, as cooperativas de infraestrutura ainda geram outros benefícios, como:
Confira o depoimento real de uma família que teve sua história transformada pela atuação de uma cooperativa de infraestrutura: assista ao vídeo produzido pelo Sescoop/RS.
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