Você já deve ter ouvido a expressão “juntar dinheiro embaixo do colchão”. É verdade que esse hábito específico já não é tão comum. Mas muita gente continua preferindo guardar o dinheiro em casa do que contar com a administração de uma instituição financeira.
Há quem não confie nos bancos; há quem receba a renda em dinheiro e prefira mantê-lo na carteira; há quem tenha dívidas e decida manter a renda longe do banco; há quem prefira administrar o dinheiro vivo do que as faturas; entre outros casos.
Porém, segundo os economistas, guardar toda a sua renda em casa não é o mais recomendável. Pois assim, no final das contas, você acaba perdendo dinheiro. Por outro lado, manter um cofrinho em casa, por exemplo, pode ser uma boa estratégia de economia.
Saiba mais sobre o assunto:
– Guardar dinheiro em casa é mais arriscado.
Quem guarda o dinheiro em casa está sujeito a diversos riscos. Para começar, o furto em ambiente doméstico é um dos crimes mais comuns no país. Além disso, existem riscos em relação a desastres naturais, como fogo e enchentes.
Mantendo o dinheiro em uma instituição financeira, mesmo que ocorram fatos como esses, o cliente está protegido pelos seguros da própria instituição, além de ter a garantia de, no caso de falências ou crises bancárias, contar com o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) ou, para os cooperativos, com o FGCoop (Fundo Garantidor Cooperativo).
Ou seja, em termos de segurança, é mais aconselhável manter seus rendimentos em uma instituição financeira do que guardá-los em casa.
– Na instituição financeira, você pode ter outros rendimentos.
Uma instituição financeira não serve apenas para guardar seu dinheiro e fazer movimentações, como pagamentos e transferências. Aliás, uma das vantagens das instituições financeiras é oferecer também aplicações financeiras variadas, para que você possa investir seu dinheiro e fazê-lo render mais.
Além disso, como a inflação é uma realidade no país, quando você guarda dinheiro em casa, ele perde o valor de mercado e você perde poder de compra.
Com a inflação beirando os 5% ao ano (IPCA 2017), até a poupança (considerada uma aplicação de baixo retorno) está apresentando rendimento superior, em torno de 8% ao ano. Ou seja, mesmo escolhendo uma aplicação tradicional como a poupança, na instituição financeira, você tem opções para escapar da desvalorização provocada pela inflação.
Segundo os especialistas, um bom planejamento financeiro deve incluir uma reserva de emergências (que pode ser mantida na poupança, por exemplo) e também outras aplicações financeiras – investimentos que vão fazer o seu dinheiro render mais.
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– Na instituição financeira, fica mais fácil, se precisar conseguir crédito.
Quando você mantêm o seu dinheiro em uma instituição financeira, você pode ter acesso a linhas de crédito automático e mais facilidade se precisar solicitar um empréstimo ou um financiamento. Afinal, poderá contar com seu histórico bancário.
A economista Marcela Kawauti, do SPC Brasil, explica: "Guardando dinheiro no banco, se tem algum financiamento e um bom relacionamento com a instituição, fica mais fácil provar que você é um bom pagador”.
– Em casa, vale ter uma pequena reserva para despesas imediatas.
Pode não ser aconselhável manter toda sua renda em casa, mas deixar pequenos valores em sua residência, para situações de emergência, é uma boa ideia. Para um remédio que precise comprar de madrugada, por exemplo, ou para um táxi ou mesmo para evitar saques constantes (e as taxas que podem ser cobradas pela operação).
– Em casa, faça economia de pequenos valores.
Outra soma que você pode guardar em casa é aquela economia diária. O troco do cafezinho, do pão, do jornal… Que tal fazer um cofrinho para juntar essas economias?
Essa pode ser uma atitude interessante para que toda a família tenha oportunidade de educar-se a poupar. Juntando um pouquinho por vez, certamente, vocês podem ter um bom resultado, se mantiverem a postura de não assaltar o próprio cofrinho.
– Prefere administrar o dinheiro vivo?
Cada pessoa lida melhor com o dinheiro de uma forma. Há quem prefira conferir tudo no extrato bancário e nas faturas de cartão. Mas há também quem afirme ter mais controle de seus gastos quando tem o dinheiro vivo em mãos.
Existe, inclusive, uma técnica de economia chamada Método dos Envelopes que recomenda separar a renda em envelopes por categoria, exatamente para quem prefere controlar o dinheiro vivo, para ter mais noção de quanto está sendo gasto em cada setor.
Saiba mais sobre o Método dos Envelopes.
Porém, mesmo que você prefira administrar o dinheiro vivo, o ideal é guardar em casa só o que necessita para realizar seus pagamentos e para seus gastos extras (um valor mensal, por exemplo), sem esquecer de manter, na instituição financeira, sua reserva de emergências e seus investimentos, para não perder dinheiro.
EXTRA: procure uma instituição financeira com mais vantagens para você.
Se guardar dinheiro em casa não é bom, manter seu dinheiro em uma instituição desvantajosa para você também não é.
O mercado financeiro oferece diversas opções que vão, inclusive, além dos bancos comuns. Você já conhece, por exemplo, as cooperativas financeiras? Essas instituições também fazem parte do Sistema Financeiro Nacional e oferecem os mesmos produtos e serviços que os bancos, só que cobrando taxas bem menores.
Isso porque as cooperativas não visam o lucro, como os bancos comuns, mas sim o benefício de todos os associados. Assim, você pode administrar suas finanças melhor, fazer mais economia e ter até mais rendimentos. Vale a pena considerar as cooperativas como alternativas de instituição financeira.
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