Entre bancos comerciais e cooperativas de crédito, há diversas semelhanças e diferenças. Afinal, tratam-se de instituições financeiras que, em geral, oferecem produtos e serviços similares (contas, cartões, investimentos, crédito, etc.), mas atuam com valores e objetivos bem diferentes entre si. Portanto, os gerentes de cada uma dessas instituições podem até ter funções parecidas, mas possuem também algumas diferenças importantes de serem analisadas. Veja só:
Tanto no caso de gerentes bancários, como no caso de gerentes de cooperativas, é desejável a formação superior em cursos como Administração, Economia, Matemática, Ciências Contábeis ou outros semelhantes, além de conhecimentos da rotina financeira e boas habilidades interpessoais.
No caso específico do gerente de cooperativa, é necessário ainda que o profissional tenha conhecimentos do modelo cooperativista em si e identifique-se com seus valores e princípios.
De maneira geral, tanto em bancos comerciais quanto em cooperativas de crédito, o gerente é o profissional responsável por abrir contas físicas ou jurídicas, atender clientes em caso de problemas ou dúvidas, orientar sobre planos de investimento, autorizar operações de grande porte, liberar empréstimos, enfim, prezar pelo bom atendimento de seus clientes (sejam pessoas físicas ou jurídicas), intermediando as relações com a instituição financeira.
Nesse ponto, encontra-se uma das principais diferenças entre as duas funções gerenciais, uma vez que, nos bancos comerciais, os gerentes estão subordinados a uma assembléia geral de acionistas, enquanto nas cooperativas, os gerentes respondem a uma assembléia geral formada pelos próprios cooperados, ou seja, pelos próprios beneficiários dos serviços. Entenda melhor:
Em uma cooperativa não há clientes, mas sim cooperados. Todos são donos e participam democraticamente das decisões da instituição (um voto por pessoa), por meio da assembléia geral.
Além disso, em uma cooperativa, a ideia não é gerar lucros para acionistas (como acontece nos bancos), mas sim gerar benefícios para todos os cooperados e para a comunidade.
Outra premissa da cultura cooperativista é atuação das instituições embasada nos sete princípios do cooperativismo: adesão livre e voluntária; gestão democrática; participação econômica; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação; e interesse pela comunidade.
Assim, um gerente de cooperativa tem, arraigado em seu proceder, essa cultura diferenciada, com princípios e valores bem distintos da lógica capitalista seguida por bancos comerciais.
Quando gerentes bancários oferecem produtos e serviços financeiros a seus clientes, buscam zelar pela situação financeira dos clientes, mas também atingir suas metas e gerar lucros para seus empregadores.
Quando gerentes de cooperativas oferecem produtos e serviços financeiros aos cooperados, já estão atendendo aos próprios donos da instituição e, procedendo conforme a cultura cooperativa, só podem gerar benefícios para todos. Afinal, quanto mais o cooperado opera com a cooperativa, mais sobras pode receber ao final do exercício. E quanto mais e melhor a cooperativa atua, mais benefícios pode trazer para a comunidade.
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