Geração Y: uma geração que coopera

Pesquisas apontam crescimento do cooperativismo entre os jovens.

Vantagens da Cooperação | 23 de dezembro de 2016
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Geração Y: uma geração que coopera
Geração Y: uma geração que coopera

Você, provavelmente, já deve ter ouvido o termo “Geração Y”, como forma de designar os jovens nascidos entre a década de 1980 e os anos 2000. As pessoas pertencentes à essa geração - devido a todo o contexto social e econômico desse período - costumam ser multiculturais, multiconectadas, adaptadas à tarefas múltiplas e à efemeridade das coisas.

Mas o comportamento diferenciado da Geração Y vai além disso. Inclusive, a Revista Sicoob – publicação do maior sistema cooperativo financeiro do país – divulgou recentemente uma matéria analisando o crescimento do número de jovens das Gerações Y e Z ligados ao cooperativismo. Leia a matéria Geração Cooperativa completa.

Segundo a publicação, as novas gerações identificam-se com diversos valores e princípios do modelo cooperativo. Um bom exemplo disso é a quantidade cada vez maior de jovens que têm trocado os grandes bancos por alternativas mais vantajosas, como as cooperativas de crédito.

Entenda melhor essa relação:

– O comportamento diferenciado da Geração Y

No livro Geração Y: O Nascimento de uma Nova Versão de Líderes, Sidnei Oliveira destaca quatro características marcantes dos Millennials (outro nome dado à mesma geração):

- o reconhecimento - crescidos numa era de multicomunicação, os Millennials esperam resposta e feedback em todas as situações;

- a informalidade - no sentido de buscar sempre a flexibilidade e a conveniência;

- o relacionamento amparado pela tecnologia - a multiconexão sustenta relacionamentos à distância;

- o individualismo - paradoxo criado pela tecnologia, ao isolar os indivíduos (cada um em seu computador, por exemplo), favorecendo a competitividade.

Para o autor, “As novas gerações estão criando uma identidade nunca vista. Com uma forma incomum de gerar expectativas e realizar sonhos, estão alterando completamente os conceitos de autoconhecimento, autoestima e relacionamentos humanos”.

No prefácio da obra, Sofia Estefes completa esse raciocínio, dizendo que “durante algum tempo, os jovens nascidos nas décadas de 1980 e 1990 foram rotulados como aqueles que cresceram sem um ideal para lutar, sem um inimigo para fazer uma revolução. Hoje o que vemos é que a forma de revolucionar é outra, mas que há, sim, uma em curso”.

E uma das revoluções que tem sido feita pelos Millennials é de ordem financeira. Veja só:

– A geração que troca grandes bancos por cooperativas

Segundo dados compilados da Accenture PLC, só em 2014, o bancos perderam 16% dos clientes entre 18 e 34 anos. Por outro lado, as cooperativas de crédito e instituições locais tiveram incremento de clientes dessa geração, entre 3% e 5% (respectivamente).

Um bom exemplo vem do próprio Sicoob. Na instituição, das 2,8 milhões de pessoas físicas associadas, 385 mil são jovens entre 18 e 30 anos. Entre eles, 22% são empresários, 32% são investidores e 54% utilizam cartão de crédito.

O interesse dos jovens pelo cooperativismo, certamente, tem motivações diversas. A começar pelo princípio da igualdade no cooperativismo, onde crédito e lucro são distribuídos de forma igualitária (não apenas para acionistas, mas para todos). Somente no último ano, o Sicoob, por exemplo, distribuiu aos seus associados R$ 562 milhões de reais.

E o modelo cooperativo tem apresentado, ainda, outros diferenciais que representam vantagens para as novas gerações. Confira:

– Vantagens das cooperativas para a Geração Y

Além das taxas de juros reduzidas e dos ganhos normalmente superiores aos do mercado, as cooperativas financeiras possuem uma vantagem exclusiva (muito valorizada pelas novas gerações): a participação, tanto nas decisões da instituição, quanto nas sobras financeiras.

Essa participação democrática que ocorre no cooperativismo, certamente, corresponde aos anseios de reconhecimento e informalidade da Geração Y. Afinal, em uma cooperativa, todos são associados, com os mesmos direitos e deveres.

Outra vantagem é o investimento em relacionamentos amparados pela tecnologia, que tem sido feito por cooperativas (e muitas vezes preterido pelos grandes bancos).

Quer um exemplo de inovação cooperativa nesse sentido? O Sicoob foi a primeira instituição financeira do país a disponibilizar um aplicativo nas redes sociais que possibilita a realização segura de consultas financeiras (como saldos, lançamentos recentes e futuros, vinculados a um perfil ativo no Facebook). A instituição teve essa iniciativa ao identificar que a gerações Y e Z preferem, na maioria das vezes, ambientes virtuais do que atendimento em agências físicas.

Além disso, a instituição conta com o Sicoob Net – plataforma online que integra os canais de autoatendimento, podendo ser acessada por computador, tablet, celular e aparelhos de Smart TVs da Samsung. E para completar, o Mobile banking do Sicoob foi eleito o melhor do Brasil na categoria Autotendimento pelo Prêmio Relatório Bancário 2015.

A associada Bruna do Espírito Santo comenta: “Com o aplicativo de celular, eu posso fazer praticamente todas a operações de que necessito à distância. Além do mais, as pessoas estão cansadas de ver os lucros indo sempre para as mãos dos mesmos banqueiros. A cooperativa democratiza o resultado e é isso que nós da geração Y buscamos: igualdade econômica e direitos de participação”.

Leia a matéria Geração Cooperativa completa.

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