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Você já deve ter ouvido por aí que a melhor forma de economizar é cortar todos os gastos supérfluos do seu orçamento. Mas na prática, isso pode não funcionar muito bem. Afinal, gastos supérfluos muitas vezes estão ligados aos seus gostos, ao seu entretenimento e aos seus hábitos. E a ideia de cortar todo seu lazer e tudo mais que você gosta para economizar pode acabar lhe desanimando.
Então, uma estratégia melhor é começar a prestar mais atenção ao seu orçamento para identificar: quais de seus gastos são essenciais para você; quais são supérfluos, mas importantes; quais são supérfluos e dispensáveis; e quais de seus gastos você pode considerar como desperdícios. Esse pode ser um jeito mais eficiente de começar a controlar suas contas e economizar. Confira 7 passos práticos para conseguir fazer isso:
Organizar melhor seu orçamento e ter um maior controle das suas finanças são os primeiros passos, se você quer realmente economizar.
O mais recomendável é ter todos os seus ganhos e gastos (fixos e variáveis) registrados em uma planilha financeira, fazendo um acompanhamento frequente de tudo que você recebe e consome. Não adianta dar só uma espiadinha no extrato bancário de vez em quando. A ideia é ter tudo anotado em uma planilha para conseguir visualizar melhor a forma como você realmente está usando seu dinheiro.
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Gastos essenciais são aqueles que você não pode viver sem. Normalmente, são classificados como essenciais, gastos como alimentação, moradia, saúde, transporte, educação, etc.
Mas você percebeu que a questão foi feita de forma bem pessoal? Isso porque só você pode definir quais gastos são essenciais para você. Para quem vive com os pais, por exemplo, moradia pode não ser um gasto essencial. Em outro caso, para quem depende de um veículo para trabalhar, um carro pode vir a ser considerado um gasto essencial. Ou seja, a resposta é pessoal e bem variável.
Analisar sua planilha financeira pode lhe ajudar a identificar quais de seus gastos são essenciais para você. Daí a importância de ter tudo registrado.
Observando ainda a sua planilha financeira, você vai perceber que, além dos gastos essenciais, há outros diversos. Entre eles, gastos supérfluos e desperdícios. Muita gente não reconhece a diferença entre essas duas coisas, mas definir o que é supérfluo e o que é apenas um desperdício, pode lhe ajudar a economizar mais. Veja só:
Para diferenciar os gastos supérfluos dos desperdícios, vamos considerar como supérfluos aqueles gastos que você até pode viver sem, mas que lhe trazem alguma satisfação, algum incremento em sua qualidade de vida.
Assim como acontece com os gastos essenciais, a identificação de quais gastos podem ser considerados supérfluos varia muito de pessoa para pessoa. Enquanto para uns, o cafezinho na lanchonete do trabalho é só um desperdício, para outros, pode ser um gasto supérfluo, mas difícil de cortar. Enquanto, para uns, a mensalidade de uma academia pode ser considerada um gasto contornável, para outros, pode ser um supérfluo ou até um gasto essencial em termos de saúde. Outros exemplos de gastos que normalmente são vistos como supérfluos são assinaturas de TV a cabo, restaurantes, cinemas, bares, etc. Mas lembre-se que só você pode definir quais gastos de seu orçamento podem ser considerados supérfluos.
Para completar a análise de sua planilha financeira, é preciso reconhecer os desperdícios. Aqueles gastos que não são essenciais nem lhe trazem maior satisfação ou qualidade de vida.
Um exemplo clássico é o desperdício de água, prática que gera gastos que podem ser considerados, igualmente, um desperdício. Compras por impulso de itens desnecessários também podem ser consideradas desperdício muitas vezes. Outra situação comum é o desperdício ligado à comida. E uma série de outros gastos podem ser considerados como desperdício, variando de pessoa para pessoa. Se você paga uma TV por assinatura com uma dezena de canais, por exemplo, e só assiste a dois ou três, pode estar desperdiçando algum dinheiro. É preciso ficar atento a cada caso.
Assim como na situação dos gastos essenciais e supérfluos, só você pode identificar que gastos de seu orçamento podem ser (ou incluir) algum desperdício.
Tendo definido como se classificam cada um dos seus gastos, é hora de analisar como economizar com eles. No caso dos gastos essenciais, já que são aqueles que você não pode viver sem, a ideia é reduzi-los, mas sem afetar seu bem-estar. Para isso, veja algumas sugestões interessantes:
– Para o supermercado, compare preços antes de comprar; leve uma lista de compras; evite ir com fome; analise promoções e validades.
– Cultive uma horta em casa e economize nas compras (você ainda cuida melhor da saúde).
– Cogite comprar um filtro de água para economizar com galões.
– Considere um aluguel mais barato.
– Prefira se locomover de bicicleta, a pé ou de transporte público, quando possível.
– Considere pedir e oferecer caronas.
A primeira dica é: você não precisa cortar tudo que é supérfluo. É claro que isso depende da sua situação financeira. Se estiver endividado, pode precisar fazer um esforço maior, suprimindo mais itens de seu orçamento. Mas de forma geral, o ideal é que você não se prive de tudo que gosta, apenas escolha melhor seus gastos, conforme seu orçamento permita e de acordo com seus gostos e prioridades.
Em vez de cortar todo seu lazer e entretenimento (entre outros gastos que podem lhe parecer supérfluos), que tal começar a consumir de forma mais consciente, comparando mais preços antes de comprar, fazendo algumas reduções e algumas substituições? Veja alguns exemplos:
– Coma mais em casa e leve marmitas e lanches para o trabalho, se for viável. Ter sempre uma barrinha de cereal, uma fruta ou biscoitinho na bolsa também pode ser uma boa ideia.
– Leve uma garrafinha de água com você e encha-a quando encontrar um bebedouro.
– Exercícios ao ar livre podem ser bons complementos ou substitutos para academia, a fim de eliminar ou reduzir essa mensalidade.
– Considere trocar a assinatura da TV a cabo pela assinatura de um programa de streaming ou até por um plano de Internet que lhe permita assistir filmes grátis online.
– Antes de comprar um produto que pretende usar pouco, cogite o aluguel ou empréstimo do item (ex.: desde vestidos de festa até furadeiras e escadas).
– Sempre que possível, pesquise preços e condições. Tente fazer disso um hábito. E não deixe de negociar e pedir descontos, usando a concorrência a seu favor.
Os gastos considerados desperdícios são os que realmente você deve tentar cortar do seu orçamento. Nem sempre essa é uma tarefa fácil de realizar (já que alguns desperdícios podem estar ligados a hábitos pessoais), mas reconhecer o que você está desperdiçando do seu dinheiro já é um primeiro passo. Veja, então, algumas dicas:
– Comece a aproveitar melhor os alimentos, evitando desperdícios de comida. Aprenda truques para conservar, reaquecer, aproveitar sobras e partes não usuais dos alimentos.
– Economize água e energia: aproveite a luz solar; desligue da tomada o que não estiver usando e desligue a luz de ambientes vazios; controle o tempo de banho; junte a roupa para lavar de uma só vez, etc.
– Antes de comprar algo, pense no custo-benefício do item, em detrimento da marca.
– Evite compras por impulso. Pense duas vezes antes de comprar. Reavalie a necessidade real do consumo do item e suas possibilidades financeiras frente ao preço, antes de realizar a compra (reservando algum tempo para isso, você já contém o impulso impensado).
– Se achar interessante, para não acabar desperdiçando dinheiro com gastos supérfluos demais, estabeleça um limite mensal para eles.
– Faça um melhor controle dos seus pequenos gastos diários (ex.: balas e chicletes, lanches, cafés, ingressos, etc.) e confira se uma porcentagem do seu orçamento não está sendo desperdiçada sem você nem perceber.
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