Depois do Internet Banking e do Mobile Banking, chegou a vez do Open Banking, em tradução literal para o português, o Banco Aberto.
Essa tendência não diz respeito apenas à informatização crescente das instituições financeiras. É claro que os bancos têm usado, cada vez mais, a tecnologia para levar serviços de forma eletrônica (e mais prática) a seus clientes.
Já existem, até, os bancos completamente digitais, em que todas as transações são feitas online, sem agências físicas ou atendimento presencial.
Mas o Open Banking vai muito além da digitalização de operações. Talvez, a ideia mais próxima do Open Banking seja, na verdade, a cooperação.
Não é à toa que o maior sistema cooperativo do Brasil, o Sicoob lançou, recentemente, uma plataforma para adoção dessa tecnologia.
Saiba mais sobre o assunto:
Normalmente, as soluções financeiras eletrônicas de um banco são desenvolvidas e mantidas pela própria instituição financeira. Em geral, não é permitido que outra empresa desenvolva e integre uma nova aplicação ao centro operacional da instituição.
O conceito de Open Banking, por outro lado, propõe que as instituições financeiras concentrem-se em sua atividade principal e ofereçam interfaces para que outras empresas possam desenvolver aplicações que tragam valor ao cliente final.
Nesse contexto, os bancos deveriam compartilhar suas APIs para contar com a cooperação de outras instituições, como pode ser o caso das fintechs, empresas de tecnologia financeira, que têm sido reconhecidas por lançar inovações variadas no segmento.
Mas, afinal, o que são APIs? E esse compartilhamento é seguro? Veja só:
Uma API é uma Interface de Programação de Aplicativos (em inglês, Application Programming Interface). Na prática, trata-se de um conjunto de padrões de programação que possibilita a construção de aplicativos e a sua utilização.
É a estrutura dos aplicativos, que permite a conexão com outros sistemas. Aliás, os sistemas operacionais (como o Windows, por exemplo) também possuem APIs (como a Win16 API, a Win32 APi, etc.) que são utilizadas ao executar programas que envolvam o sistema operacional.
Para entender melhor, um bom exemplo é o Google Maps. Vários sites utilizam esse serviço dentro de suas páginas. Isso é possível porque existe uma API aberta que permite o uso do serviço do Google nos mais diversos endereços web.
A questão é que tudo isso acontece sem que o usuário perceba. O funcionamento das APIs não é evidente para os usuários do serviço. Por isso, uma boa estrutura de design de APIs aliada a um gerenciamento rigoroso pode, sim, ser sinônimo de segurança, mesmo no caso de APIs abertas.
Para as instituições financeiras, é vantajoso implementar APIs abertas, para que possam concentrar-se em suas atividades foco, permitindo que outras empresas desenvolvam inovações tecnológicas e integrem essas soluções aos serviços já oferecidos.
Isso também representa uma vantagem para o usuário, na medida em que facilita sua vida. Imagine, por exemplo, que um banco ofereça pagamento facilitado em e-commerces e possibilite a integração com os principais aplicativos de controle financeiro usados por seus clientes. Trata-se de um bom diferencial, não é mesmo?
Assim, a implementação do Open Banking com a abertura de APIs pode criar diferenciais positivos para a instituição financeira, com bons retornos também para os clientes, na forma de inovações tecnológicas que representem automação de processos e facilidade.
Dessa forma, além de ampliar o engajamento com seus públicos, as instituições financeiras demonstram posicionamento inovador, com otimização de sua imagem institucional.
O Sicoob é um sistema de cooperativas de crédito (o maior do país). Ou seja, ele oferece os mesmos serviços e produtos financeiros que um banco comum, mas funciona de forma cooperativa, voltado para os interesses de todos os seus cooperados, com taxas menores e outras vantagens.
O Sistema Cooperativo de Crédito Brasileiro já é reconhecido por lançar inovações tecnológicas que facilitam a vida de seus cooperados. O Mobile Banking da instituição, por exemplo, foi eleito o melhor do país na 16ª edição do prêmio efinance. O Sicoob também foi o primeiro de todo o Sistema Financeiro Nacional a lançar funcionalidades como o acesso por impressão digital, a integração com Waze e Google Maps e a consulta por smartwatches (relógios inteligentes).
A nova iniciativa do Sicoob foi estruturar sua operação de Open Banking. Desde fevereiro deste ano, o Sistema Cooperativo passou a disponibilizar, para parceiros estratégicos, as primeiras APIs abertas para acesso aos serviços de extrato e saldo de conta corrente, poupança e investimentos em renda fixa.
Para cadastrar-se como parceiro dessa iniciativa, é preciso acessar o site https://developers.sicoob.com.br. De acordo com o Sicoob, serão selecionadas as propostas que se alinhem ao propósito do cooperativismo financeiro de agregar valor aos cooperados.
Para o diretor de Tecnologia, Antônio Vilaça Júnior, “a ideia é possibilitar o acesso aos serviços do Sicoob de forma ainda mais prática e fluida”. O diretor ainda comenta que o Open Banking é mais uma ação na Transformação Digital do Sicoob, com o plano de aprimorar – por meio de soluções digitais – a experiência dos cooperados no relacionamento com a instituição.
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