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Energia solar: vale a pena?

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Os apagões ocorridos no Brasil em períodos de chuvas escassas demonstram a urgência na busca de fontes de energia alternativas. A insustentabilidade do modelo atual em longo prazo parece evidente, ainda mais diante da constante elevação do consumo energético da população.

Hoje, a maior parte da energia elétrica brasileira ainda é proveniente das hidrelétricas. Apesar de tratar-se de uma fonte de energia limpa, a construção de usinas desse tipo exige a inundação de grandes áreas, com enormes impactos para a população e para o meio-ambiente (a exemplo do recente caso de Belo Monte).

Em contrapartida, a energia solar, além de poder ser considerada limpa e renovável, também é de fluxo contínuo (não precisa ser estocada como a água). Não faz barulho. Não polui. Exige manutenção mínima. E o melhor: segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, desenvolvido pelo INPE, o Brasil tem um potencial enorme de exploração do recurso energético solar.

Não é à tôa que o uso da energia solar tem crescido no país. Desde 2012, já foram mais de 1.200 fontes fotovoltaicas de geração instaladas. Quer entender melhor como funciona essa energia e quais os benefícios para você? Veja só:

– Energia solar: térmica ou fotovoltaica

Tratam-se de duas formas diferentes de captar a energia solar. A energia solar térmica está relacionada ao aquecimento de água, seja:

direto (com coletores solares, usados para aquecer a água do banho ou de piscinas, por exemplo),

ou com concentradores solares, para evaporação de grande quantidade de água de forma a alimentar turbinas que convertam o vapor em energia elétrica.

Já a energia solar fotovoltaica converte diretamente os raios solares em energia elétrica, usando placas solares fotovoltaicas, conversores e baterias solares. Você já deve ter visto placas como essas no telhado de algumas casas, não?

– Custo da energia solar

O custo de aquisição do sistema de geração de energia solar ainda é alto no Brasil. Mas vem diminuindo junto com a popularização da alternativa.

01) gasto com aquisição/instalação:

Veja uma média de preços* para instalação de sistemas fotovoltaicos em alguns casos:

*Fonte: pesquisa feita pelo portalsolar.com.br em março de 2016. Pode ocorrer grande variação de preços de acordo com os fornecedores, o tamanho e a complexidade da instalação.

02) gasto com manutenção

Após o gasto com a aquisição/instalação, você começa a ter bem mais benefícios que despesas com a energia solar. Afinal, trata-se de um investimento em uma fonte de energia renovável com poucos custos de manutenção. Além disso, a energia solar é mais barata do que a que é comprada da rede elétrica.

Agora, reflita: o preço médio para instalação de um sistema de energia solar em uma residência é relativamente menor que o de um carro zero. E o investimento na energia, diferente do carro, tem mais retornos financeiros do que despesas para você. Quer ver? Confira:

– Descontos e créditos na conta de luz

Desde 2012, com a aprovação da Resolução Normativa 482/2012, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) permite a troca de energia solar com energia elétrica da rede, concedendo descontos na fatura ou até créditos para uso futuro, no caso de a energia gerada ser superior à quantia consumida.

Exemplo:

De acordo com aprimoramentos na Resolução Normativa citada, é permitido o uso de qualquer fonte renovável, seja de microgeração (até 75kW de potência), seja de minigeração (de 75kW a 5MW), desde que ligadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

– Os condomínios e a geração distribuída

Os condomínios também podem se beneficiar dos aprimoramentos na norma que foram feitos pela ANEEL. Agora, os empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras já podem instalar captadores de energia solar para “geração distribuída”, ou seja, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos, e em porcentagens definidas pelos próprios consumidores, valendo as mesmas regras de descontos e créditos dos casos individuais.

– Geração compartilhada: uma oportunidade cooperativa

Outra inovação feita na norma que representa uma grande oportunidade é a “geração compartilhada”. A ideia é que diversos interessados tenham a possibilidade de unir-se em um consórcio ou em uma cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperados. Apostar em uma ideia assim pode trazer benefícios para todos os envolvidos e também para o meio-ambiente. Veja:

Benefícios do uso de energia solar para o meio-ambiente

A energia solar é limpa, renovável e de fluxo contínuo.

Diferente da água, não é preciso estocá-la ou represá-la. Evitam-se, então, as inundações e alagamentos de grandes áreas e seus consequentes transtornos para a população e para o meio.

Que tal começar a considerar essa alternativa?

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