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Empresa familiar: 6 conselhos para o sucesso

Sabia que as empresas familiares representam, atualmente, 90% dos empreendimentos do país e empregam 75% da força de trabalho? A informação foi divulgada na Rádio USP pela estudante de especialização em Direito Civil Isis Magri Teixeira, com base em dados do Sebrae e do IBGE.

“A agilidade na tomada de decisões, a disposição de familiares para investir capital próprio, a prestação de garantias pessoais para levantar recursos e a força da imagem do fundador perante o mercado” são pontos fortes das empresas familiares, segundo a acadêmica.

Por outro lado, os dados nacionais também apontam dificuldades relacionadas ao planejamento sucessório (70% das empresas familiares encerram suas atividades após a morte do fundador), além de outras questões como: critérios subjetivos na contratação; mistura de contas familiares e empresarial; e vulnerabilidade a acontecimentos familiares (não empresariais).

Para superar desafios como esses, o melhor é relembrar alguns conselhos que toda família troca entre si, na forma de perguntas e expressões que, no fundo, estão carregadas de sabedoria. Portanto, confira a seguir, 6 conselhos familiares para empresas parentais terem mais sucesso.

 

1 – Conselho de pai: Estude para ser alguém

Uma empresa familiar precisa ser encarada com a mesma seriedade de uma empresa comum ou, em outras palavras, com o mesmo profissionalismo.

Para um empreendimento desse tipo ter sucesso, é muito importante que todos os familiares trabalhadores procurem profissionalizar-se e mantenham-se bem informados sobre atualizações em sua área de atuação.

Nesse sentido, também é fundamental que a atribuição de cargos seja feita conforme a capacidade e especialização profissional de cada um, independente do grau de proximidade familiar ou de afinidades pessoais.

 

2 – Pergunta de mãe: quem é o responsável por isto?

Ser multifuncional é uma qualidade muito relevante e buscada por várias empresas atualmente. Mas há um limite, quer dizer, é preciso ter regras claras que definam os cargos, responsabilidades e funções de cada um, para não virar bagunça e não sobrecarregar ninguém.

Também é essencial reconhecer um líder para o negócio. Assim, evita-se cair na situação daquele ditado “muito cacique para pouco índio”. As decisões podem passar por um conselho familiar pré-definido, mas uma pessoa deve dar a palavra final.

Além disso, é imprescindível estabelecer regras em relação a horários (incluindo conduta em caso de imprevistos), assim como uma definição precisa do salário de cada um.

 

3 – Coisa de irmão mais velho: eu tenho um plano

Praticar o planejamento é um dos segredos de sucesso de qualquer tipo de empresa. Planejar não é apenas um passo prévio, é um processo em contínua atualização.

Para ter sucesso, é indispensável estar sempre atento à análise dos dados da empresa e também dos concorrentes e do mercado. Tudo isso deve ser base para a definição de metas e estratégias, com as quais todos devem estar comprometidos.

Criar um plano para a sucessão também é fundamental, o que inclui a conscientização do líder sobre o assunto, o alinhamento de visões sobre a escolha do sucessor e o treinamento do escolhido.

 

4 – Pergunta de avó: você está guardando dinheiro?

Se em qualquer empresa, o controle financeiro é importante, em uma empresa familiar é preciso estar ainda mais atento.

A primeira dica, nesse sentido, é não misturar as contas familiares com as da empresa. Gastos familiares são familiares e despesas empresariais são empresarias.

Além disso, cada pessoa deve ter seu salário definido, independente dos lucros ou prejuízos da empresa. Se há vários donos, pode ser estabelecido um teto de retirada de acordo com as porcentagens de cada um. Ademais, o ideal é reinvestir os lucros no próprio negócio.

 

5 – Conselho de tia: use a cabeça

Em assuntos de família, sempre há sentimentos envolvidos. Mas quando se tratar de temas profissionais, tentem separar as coisas. Quer dizer, em uma empresa familiar, é importante estar atento para não deixar a emoção falar mais alto. As decisões tomadas devem ser racionais, baseadas em dados e análises concretos, deixando um pouco de lado as relações de parentesco e priorizando a razão.

 

6 – Lição de avô: aqui todos são iguais

Quando uma empresa familiar começa a crescer, é comum que haja colaboradores que não são parentes. Porém, é importante que não haja distinção no tratamento dos funcionários. Todos devem ser tratados com respeito, cobrados igualmente por resultados e elogiados conforme suas qualidades profissionais, independente de relações familiares.

 

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