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Você está satisfeito com seu atual emprego? Já pensou em empreender? Sabia que abrir uma empresa capitalista não é a única forma de fazer isso?
A instabilidade política e econômica vivida pelo Brasil nos últimos tempos e a crescente taxa de desemprego nos fazem parar para pensar em novas alternativas socioeconômicas viáveis. Entre sonhos não realizados e empregos pouco gratificantes, empreender de forma cooperativa pode ser uma opção que vai além da realização pessoal, possibilitando a solução de problemas coletivos, viabilizando a concretização de projetos e trazendo mais desenvolvimento para todo o grupo e também para o país. Veja só:
De modo simplificado, podemos dizer que empreender é iniciar algo novo, realizar o que ainda não foi realizado, trazer sonhos para a realidade. O conceito tem sido muito usado no âmbito empresarial para fazer referência a criação de empresas ou produtos novos. De forma mais abrangente, podemos dizer que empreender trata-se ainda de identificar oportunidades e transformá-las em negócios. Quer saber como fazer isso? Continue lendo.
Quais as formas de empreendedorismo mais praticadas?
O empreendedorismo capitalista, individual, voltado ao lucro e ao mercado, é sem dúvida o mais praticado em todo o mundo. Mas também estão em ascensão o empreendedorismo social – voltado para o desenvolvimento de sociedades/comunidades – e o empreendedorismo coletivo.
Neste caso, em vez de um indivíduo empreendedor, temos um grupo de empreendedores que juntos partilham um projeto, mobilizam recursos e concretizam ações.
Ou seja, todos os indivíduos do grupo, coletivamente, identificam a(s) necessidade(s) não satisfeita(s), constroem soluções e reúnem-se na mesma estrutura, sendo todos, ao mesmo tempo, proprietários e trabalhadores da organização.
É um movimento mundial que pressupõe a associação democrática de pessoas com algum interesse em comum que se ajudam mutuamente para obter vantagens também comuns a todo o grupo.
Reparou como os conceitos de empreendedorismo coletivo e de cooperativismo são semelhantes? E não é a toa. Afinal, uma cooperativa é uma espécie de empreendimento coletivo. Uma forma de empreender alternativa à organização capitalista tradicional.
Certamente, quanto mais pessoas envolvidas na realização de um projeto, mais braços há para realizá-lo, mais cabeças para pensar e mais forças para executar. Por outro lado, há também mais opiniões a debater, o que pode gerar algumas discussões. Mas se bem aproveitadas, elas podem ser o ponto de partida para o aperfeiçoamento de muitos projetos e produtos.
Empreender um negócio cooperativo pode ser uma forma de viabilizar projetos, por meio da reunião de um grupo de empreendedores com os mesmos objetivos, agregando mais ideias, mais recursos, mais habilidades e conhecimentos.
O empreendedor capitalista busca o lucro individual. Os empreendedores cooperativos buscam vantagens para todo o grupo. Essas vantagens não são necessariamente de ordem financeira. Em uma cooperativa de produção, por exemplo, a vantagem é o ganho de escala, que propicia melhores negociações. Em uma cooperativa de consumo, a vantagem vem em forma de descontos na compra de produtos de boa qualidade para todos. Em uma cooperativa de trabalho, a vantagem pode ser, por exemplo, a conquista de um espaço de co-working para todos os cooperados. E assim por diante.
Além disso, enquanto o empreendedor capitalista age conforme as regras do mercado, a ação dos empreendedores cooperativos é pautada pela democracia e pela ética, seguindo os próprios princípios cooperativistas. Uma boa forma de perceber isso é observar a gestão de cada tipo de empresa: em um empreendimento capitalista, o poder de decisão está atrelado a capacidade de investimento individual de cada membro (como em ações, etc.); enquanto, em uma cooperativa, todos os associados têm o mesmo poder de decisão (um voto por cabeça).
Além dos princípios éticos e democráticos do cooperativismo serem uma inspiração para todo o país, o empreendedorismo cooperativo acaba com a dualidade patrão x empregado, já que todos os cooperados são, simultaneamente, proprietários e trabalhadores. Dessa forma, é possível também superar as barreiras entre trabalho intelectual e trabalho manual. E assim, incentiva-se o desenvolvimento de mais habilidades técnicas e criativas em todo o grupo. Logo, essa forma de empreendedorismo funciona como um acelerador do progresso coletivo, colaborando, enfim, com o desenvolvimento socioeconômico brasileiro.
Outra contribuição do empreendedorismo cooperativo para o país é – diante da precarização cada vez maior do trabalho e do desemprego crescente – servir como uma alternativa viável, que assegura a livre iniciativa e a propriedade privada, mas ao mesmo tempo, trabalha pelo bem-estar e pelo desenvolvimento coletivos.
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