Desde que foi anunciado pelo Banco Central, o Drex — também conhecido como “Real Digital” — tem dado o que falar. Ele sequer entrou em vigor, mas várias dúvidas começaram a surgir sobre sua verdadeira essência. Afinal, o que é o Drex? Como ele funciona? Ele tem alguma relação com o PIX?
Bom, o artigo de hoje pretende responder todas essas perguntas. Vamos explorar a origem do Drex, seu papel no sistema financeiro natural e como ele é o principal símbolo de uma nova fase na digitalização do dinheiro com o conhecemos.
Vamos nessa?
Basicamente, o Drex é a moeda digital oficial do Brasil. Em outras palavras, podemos dizer que ele é uma versão eletrônica do real.
Anunciado pelo Banco Central em agosto de 2023, o lançamento do Drex estava previsto para ocorrer em 2024. Porém, até o momento, o projeto segue em sua fase final de testes e, recentemente, o governo anunciou que o lançamento ocorrerá no ano seguinte, em 2025.
Mas pode se preparar, pois, sim, tudo indica que ele virá no próximo ano e promete ser algo bem presente no dia a dia da população!
A nova moeda digital brasileira deverá operar em equivalência ao real físico. Ou seja, 1 Drex será equivalente a R$1,00 físico. A diferença está no seu campo de atuação, afinal, o Drex atuará exclusivamente no meio digital. Sua existência é uma forma de dar aos brasileiros uma moeda nacional capaz de circular nas plataformas financeiras digitais, agilizando as transações e ampliando a segurança por meio de carteiras virtuais autorizadas.
O Drex faz parte de um grande movimento que vem sendo realizado nos últimos anos, em busca de modernizar as nossas transações financeiras. De um modo geral, o objetivo da moeda digital é facilitar as transações financeiras das pessoas, tornando-as mais ágeis, seguras e eficientes.
Além disso, um dos intuitos do Banco Central ao criar o Drex foi desenvolvê-lo de modo que ele otimize operações de contratos inteligentes e transferências de ativos digitais. Esse é um mega avanço, uma vez que coloca o país entre aqueles que já exploram a tecnologia blockchain em suas moedas nacionais.
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Embora o anúncio oficial tenha ocorrido em agosto de 2023, os testes do Drex vêm sendo realizados desde março do mesmo ano. Esse processo vem sendo conduzido de forma controlada pelo Banco Central em parceria com órgãos previamente selecionados, como instituições financeiras e algumas empresas de tecnologia.
Resumidamente, a testagem consiste em uma variado processo de simulação de transações, para garantir a eficiência e a segurança do recurso. Para todos os efeitos, esse período de testes é essencial para garantir que a moeda digital seja incorruptível e atinja os padrões máximos de segurança exigidos.
Apenas assim poderemos ter a certeza de que o Drex estará preparado para o lançamento,, o que deverá ocorrer, conforme dissemos anteriormente, ao longo de 2025.
Esse é um ponto bem importante. Após o anúncio do lançamento, uma das primeiras dúvidas (um tanto quanto polêmica) que surgiu em uma parcela da população foi : seria o Drex um tipo de criptomoeda, como o bitcoin? A resposta é simples: não.
Embora haja pontos em comum, afinal, ambas são digitais e possuem mecanismos de atuação similares, as diferenças são significativas. Criptomoedas são descentralizadas, não regulamentadas pelo governo e, muitas vezes, podem ser obtidas e negociadas por meio de plataformas que deixam a desejar no quesito segurança.
Por outro lado, o Drex será uma moeda digital controlada única e exclusivamente pelo governo, regulamentada pelo Banco Central e desenvolvida com base nos mais criteriosos parâmetros de segurança.
O Drex usa uma tecnologia chamada “DLT” (Tecnologia de Registro Distribuído) para garantir segurança e transparência nas transações. Em resumo, isso significa que cada transação feita com o Drex é registrada e verificada em uma rede que impede que os dados sejam alterados. Assim, todas as operações ficam mais seguras e protegidas, trazendo confiança para quem usa.
Para usar o Drex, será necessário passar por instituições financeiras autorizadas, como os bancos. Essas instituições fazem a conversão do dinheiro da sua conta para a versão digital (Drex) em uma carteira específica. Esse processo é feito em um ambiente seguro, dando mais confiança e acessibilidade para quem quer usar o Drex no dia a dia.
O Drex permite a tokenização, que é a criação de versões digitais de ativos físicos, como imóveis e obras de arte. Esses “tokens” podem ser comprados em pequenas partes, o que facilita o acesso a investimentos que antes eram só para grandes investidores. Com o uso do blockchain, esses ativos digitais podem ser rastreados de forma mais transparente, dando mais controle e segurança nas transações.
Outro ponto de interrogação que surgiu na cabeça de várias pessoas após o anúncio do Drex foi: será que isso tem alguma relação com o PIX?
Todos sabemos que o PIX foi uma inovação transformadora, e que recebeu plena adesão da sociedade. Lançado oficialmente em novembro de 2020, o método de transferências digitais instituído pelo Governo Federal foi um sucesso desde o início, tendo ultrapassado, em menos de seis meses, todos os principais métodos de transferências até o momento (DOC, TED e boletos bancários).
Logo, o anúncio do Drex pôs uma pulga atrás da orelha de muita gente. Afinal, será que iam mexer com o tão bem sucedido PIX?
Felizmente, neste caso a resposta também é não. Ao passo que o PIX corresponde a um sistema de pagamentos instantâneos, o Drex é, como já foi dito, uma moeda digital que representa o real nos ambientes digitais. Ou seja, fazendo uso da expressão popular, “uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa”.
Veja a seguir as duas principais diferenças entre o Drex e o PIX.
Uma vez que o PIX é amplamente utilizado nas transferências entre pessoas e empresas, o Drex terá um papel mais voltado para operações entre bancos, grandes instituições financeiras e o Banco Central. Ele será útil em contratos inteligentes (acordos automáticos) e pagamentos programados, além de ajudar no registro seguro de ativos digitais. Com isso, o Drex impulsionará uma nova estrutura de serviços financeiros no Brasil.
Aqui há uma diferença crucial. Por um lado, o PIX funciona por meio do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e está acessível para qualquer pessoa com uma conta bancária. Por sua vez, o Drex opera em uma rede blockchain, que traz mais segurança e possibilita transações mais complexas. No entanto, ele será gerenciado por instituições autorizadas e exigirá o uso de carteiras digitais específicas.
Por fim, podemos concluir que o Drex e o PIX são complementares e não substitutos. Enquanto o PIX continuará a facilitar transações instantâneas para o dia a dia, o Drex trará inovação para o sistema financeiro ao abrir portas para novos modelos de negócios, incluindo o uso de ativos tokenizados e contratos inteligentes.
A tecnologia e a regulamentação proporcionadas pelo Banco Central com o Drex são um marco para o desenvolvimento de um ecossistema financeiro digital, garantindo mais segurança, acessibilidade e novas oportunidades de investimento para os brasileiros.
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