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Hoje nós vamos falar sobre um tema que vem preocupando a sociedade com cada vez mais intensidade: o desemprego estrutural.
Muito além de uma simples estatística, ele revela mudanças profundas no mercado de trabalho que afetam diretamente o nosso dia a dia. Só para se ter uma ideia, segundo o IBGE, no 2º trimestre de 2024 o Brasil marcou uma taxa de desemprego de 6,9% — equivalente a 7,5 milhões de pessoas.
Embora o cenário seja relativamente melhor do que o apresentado nos últimos anos, o ponto em questão talvez não esteja tão evidente para a maioria das pessoas: boa parte do desemprego, nos dias atuais, pode estar relacionado a fatores estruturais.
Mas, afinal, o que realmente é esse tal de desemprego estrutural? Neste artigo, vamos explorar o conceito, entender suas causas e descobrir como ele se diferencia do desemprego conjuntural. Continue lendo e veja como essa realidade pode afetar você e o que pode ser feito a respeito.
De forma simples, podemos dizer que o desemprego estrutural é um fenômeno que ocorre quando as habilidades profissionais de um grupo de trabalhadores não atendem mais às necessidades do mercado. Normalmente, isso ocorre quando tecnologias avançadas ou novas modalidades de trabalho tomam o lugar de funções tradicionais.
Sendo assim, em um cenário onde a tecnologia evolui com tanta velocidade, é natural que o tema venha à tona e cresça uma natural preocupação: será que os nossos empregos estão protegidos dessa mudanças?
Antes de mais nada, é importante que se diga: o desemprego estrutural não é algo passageiro. Ele é consequência de grandes transformações na sociedade como um todo. Por exemplo, você já viu notícias de fábricas que estão operando com robôs em vez de trabalhadores humanos? Ou indústrias que transferiram suas operações para países com mão de obra mais barata? Esses são bons exemplos do desemprego estrutural.
Em ambos os casos, os profissionais que perderam seus empregos não conseguem encontrar novas vagas, porque suas habilidades não são mais necessárias.
Todos os pontos levantados acima comprovam que, para que o desemprego estrutural aconteça, é necessário que haja um conjunto de fatores estimulando esse movimento.
Veja abaixo as mudanças fundamentais na geração do desemprego estrutural:
Além do desemprego estrutural, há outra modalidade que você pode escutar por aí afora: o desemprego conjuntural. Mas qual a diferença entre os dois?
Basicamente, o desemprego estrutural está relacionado a mudanças sociais permanentes — seja por razões tecnológicas ou econômicas. Por outro lado, o desemprego conjuntural é algo temporário e, normalmente, está ligado a crises econômicas de curto prazo. Em um quadro de recessão, por exemplo, a queda na demanda por bens e serviços gera um aumento nas taxas de desemprego, mas esse cenário tende a melhorar quando há uma recuperação na situação econômica da região afetada.
Quer ver um exemplo bem recente de desemprego conjuntural? A pandemia.
Com a interrupção momentânea de quase todos os serviços, por causa da necessidade de isolamento, vários empreendimentos fecharam durante o período e várias pessoas ficaram sem emprego — chegando ao ponto de, no auge da doença, mais de 370 pessoas ficarem desempregadas por hora.
Se, por um lado, os efeitos do desemprego conjuntural podem ser reparados com a retomada das atividades econômicas, com o desemprego estrutural a situação é mais complexa. Esse tipo de crise exige soluções mais engenhosas e de longo prazo, demandando um forte investimento em educação e inovação.
Como já deve ter ficado evidente, o desemprego estrutural pode ter efeitos devastadores na economia. Quando muitas pessoas ficam sem emprego por não terem as habilidades necessárias, o consumo diminui e, inevitavelmente, o crescimento econômico é afetado.
Além disso, com menos pessoas trabalhando e sem condições de pagar os seus impostos, a capacidade de investimentos em saúde, educação e infraestrutura cai bruscamente. A longo prazo, isso reduz o potencial de crescimento do país e amplia as desigualdades sociais. Já imaginou o impacto disso na sua vida?
Com tantos impactos, é inevitável que o desemprego estrutural afete o bem-estar das famílias e das comunidades. Quando se perde um emprego de modo irreversível, é muito difícil nutrir um sentimento de confiança no futuro. Afinal, como planejar a vida diante de tanta incerteza?
É nesse cenário que, por exemplo, as cooperativas de crédito se destacam como um suporte digno de destaque. Oferecendo soluções personalizadas, essas instituições podem ajudar a reativar economias locais, promovendo o empreendedorismo e o investimento em pequenas empresas.
Saiba mais: Qual a influência da geração de empregos na sustentabilidade?
Certos grupos são mais vulneráveis ao desemprego estrutural. Vamos dar uma olhada?
Combater o desemprego estrutural requer um esforço conjunto, afinal, é preciso ter a clareza de que as soluções para algo tão impactante requer tempo e dedicação resiliente.
Veja abaixo algumas ações essenciais para minimizar os seus efeitos:
O desemprego estrutural é um reflexo das mudanças profundas que estamos vivenciando. Para enfrentá-lo, é fundamental que trabalhadores, empresas e governos estejam dispostos a se adaptar, buscando soluções que garantam um mercado de trabalho cada vez mais inclusivo.
Por fim, podemos afirmar que estar preparado para as novas exigências do mundo profissional é a melhor forma de continuar competitivo em um cenário cada vez mais dinâmico. O desemprego estrutural existe, é um fato. Mas combatê-lo é possível e depende do empenho de todos nós.
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