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Para economizar nas compras, uma das alternativas citada de forma recorrente é o atacado. Mas será que sempre vale a pena comprar em atacados? E as compras do mês em supermercados, será que elas são realmente boas opções para gastar menos?
Segundo pesquisa do Datapopular, 3 em cada 10 brasileiros têm optado por fazer compras em maiores quantidades para economizar nos supermercados.
E o setor atacadista também tem se expandido. De acordo com a Associação Brasileira do Atacado de Autosserviço (ABAAS), o crescimento do setor, em 2015, foi de 15% em relação ao ano anterior. Para 2016, a estimativa do setor de atacados é uma expansão entre 15% e 20%.
Mas antes de escolher uma das opções, é preciso analisar alguns pontos. Confira a seguir:
– Família grande – Se sua família é grande (em geral, acima de 4 pessoas) e o consumo com supermercado é alto, as compras em atacado costumam valer a pena. Os preços para comprar produtos em grades quantidades costumam ser bem inferiores ao preços de supermercados comuns.
– Compra em grupo – Mesmo quem não tem uma família grande pode combinar de fazer compras em grupo com parentes, vizinhos ou amigos. Se os hábitos de consumo forem parecidos fica ainda mais fácil. A ideia de comprar em grupo ainda pode colaborar na economia de combustível, se todos combinarem de ir juntos no mesmo veículo até o atacado.
– Atacado próximo – Grandes atacados costumam localizar-se distante dos centros. Mas há diversos ‘atacarejos’ (estabelecimentos que vendem em atacado e em varejo) que são mais próximos dos setores residenciais. Se existe um desses perto da sua casa, vale a pena, no mínimo, pesquisar os preços no local. Em geral, mesmo os produtos vendidos em unidade costumam custar menos nesse tipo de estabelecimento.
ATENÇÃO: se optar pelas compras em atacado, faça um bom planejamento, para evitar desperdícios. Não compre em grande quantidade apenas porque o preço é inferior. Avalie a necessidade real de cada produto. E fique atento ao tempo médio de consumo de cada unidade e à data de validade de todo o lote para aproveitar tudo o que for comprado até o fim.
– Família pequena – atualmente, a maioria das residências brasileiras tem menos de quatro pessoas. E é cada vez maior o número de pessoas que moram sozinhas. As compras em grupo também podem não ser viáveis por algum motivo. Nesses casos, comprar em atacados, em grandes quantidades, não costuma valer a pena e ainda pode gerar desperdícios.
– Despensa pequena – outro caso comum é não ter espaço suficiente para armazenar as compras adequadamente. Alimentos armazenados de forma inadequada podem acabar se deteriorando e gerando desperdícios. Portanto, avalie o tamanho da despensa e do freezer para não exagerar nas quantidades.
– Atacado muito distante – se o atacado for muito distante e não houver nenhuma ‘atacarejo’ próximo, a economia com as compras pode acabar virando um gasto extra com combustível. Avalie bem para que o barato não acabe saindo caro.
– Economia inferior a 15% – antes de se empolgar com os descontos de comprar em grande quantidade, compare bem os preços. Segundo especialistas, em geral, não vale a pena trocar a conveniência dos supermercados à varejo, a proximidade e a maior variedade de produtos e marcas se a economia no atacado for inferior a 15%.
– Produtos de limpeza e higiene pessoal – o prazo de validade desse tipo de produtos costuma ser longo. Portanto, se o desconto para levar uma maior quantia for bom, pode valer a pena estocá-los.
– Mantimentos não perecíveis – arroz, farinha, açúcar e óleo são alguns exemplos de alimentos que podem ser estocados, desde que armazenados corretamente. Feijão e café tem uma durabilidade um pouco mais curta, mas também vale a pena checar os descontos para maiores quantidades.
– Produtos que possam ser congelados – se você tem um congelador grande ou um freezer à parte, pode optar por estocar alimentos, como legumes, ovos, castanhas, pães, carnes, gengibre, queijos e manteiga (se o desconto pela grande quantidade compensar, é claro, e se for consumi-los dentro de determinado prazo). Basta armazenar cada um da maneira correta e ter um pouco de organização. O ideal é dividir os alimentos em pequenas porções, em saquinhos à vácuo, anotando os nomes e as datas de validade em cada um.
ATENÇÃO: em geral, compensa mais comprar frutas e verduras em feiras, verdurões e supermercados, já que são alimentos bastante perecíveis e é recomendado consumi-los frescos.
Se fazer compras no atacado não é uma opção interessante para o seu caso, fazer as compras do mês em um supermercado também pode ser uma forma de economizar. Mas é preciso planejar-se bem.
O que acontece, muitas vezes, é que, ao diminuírem a frequência das compras, as pessoas acabam aumentando muito as quantidades compradas, cometendo exageros e provocando desperdícios.
Para que isso não aconteça, um bom planejamento é fundamental. Prefira comprar em quantidade os produtos de maior durabilidade (limpeza, higiene e não perecíveis) que ofereçam bons descontos para isso. Analise a média de consumo de sua família, para não exagerar. E fique atento às datas de validades de todos os produtos, para evitar desperdícios.
– Analise seu orçamento mensal e verifique também quanto você costuma gastar com as compras de supermercado (seu extrato bancário pode ser útil). Diante disso, estabeleça um valor médio mensal para seus gastos com supermercado. Tendo esse valor para se balizar, pode ser mais fácil perceber quando você está exagerando e quando está economizando.
– Guarde notas e comprovantes de supermercado, pelo menos, por algum tempo para comparar como anda a média de preços dos produtos (o que aumenta e o que se mantém).
– Lembre-se de dar uma boa olhada na despensa e na geladeira antes de sair de casa para fazer compras. Assim você evita esquecimentos e desperdícios.
– Antes de sair de casa, faça uma lista do que precisa comprar, estabelecendo prioridades. Coloque em primeiro lugar os produtos de primeira necessidade. E adicione o que mais precisar na lista conforme seu orçamento.
– Não vá as compras de estômago vazio. Estudos já demonstraram que fazer compras com fome induz a gastos maiores.
– Leve uma calculadora e use-a. Some tudo que colocar no carrinho, para manter-se dentro do seu orçamento e não ter surpresas no caixa.
– Considere outras marcas. Nem sempre as marcas mais populares entregam uma maior qualidade. Analise o custo-benefício do que for comprar, considerando também marcas mais econômicas.
– Atenção ao que está ou não em promoção. Não se deixe levar pelos descontos. Analise a real necessidade de cada produto. E preste atenção se o estabelecimento não aumentou o preço dos outros produtos para compensar aqueles que estão em promoção.
– Atenção também ao registro dos produtos no caixa, para não haver enganos.
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