Para muitas pessoas e em muitos sentidos, 2020 foi um ano desafiador. Só que os desafios também podem representar boas oportunidades de aprendizado. E se tem algo que muita gente deve ter aprendido esse ano é que já é hora de começar a poupar e investir seu dinheiro.
Atualmente, a economia brasileira já vem apresentando bons sinais de recuperação. Contudo, algumas perdas ocorridas no ano passado (de emprego, de renda, etc.) devem seguir tendo reflexos nas finanças de boa parte da população.
Além disso, apesar da esperança criada pelo início da vacinação, ninguém está livre de imprevistos, como a própria pandemia já demonstrou anteriormente.
Manter uma postura precavida financeiramente – economizando, poupando e investindo seu dinheiro com segurança – é, portanto, a opção mais recomendável para quem quer ter mais tranquilidade.
Entenda melhor o contexto nacional e as previsões econômicas para este ano, e descubra por que – e como – começar a poupar e investir seu dinheiro:
Incentivada pelos auxílios governamentais, a demanda por alimentos cresceu nos últimos meses de 2020. Por outro lado, as exportações seguiam sendo estimuladas pelo cenário de câmbio mais alto, restringindo, ainda que em parte, a oferta no mercado doméstico.
O resultado disso foi percebido por muitos brasileiros em mercados, restaurantes, lanchonetes e outros, com o aumento dos preços de determinados produtos (óleo de soja, tomate, arroz, carnes, bebidas, etc.). Combustíveis, automóveis e artigos de residência também apresentaram altas, assim como o aluguel residencial.
Nacionalmente, isso foi traduzido pelo avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país –, bem como de outros indicadores.
Segundo o IPC-C1 da FGV, por exemplo – índice que mede a variação de preços para famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos – a alta do custo de vida tem pesado ainda mais no bolso de quem ganha menos.
No entanto, como essa pressão inflacionária no final do ano se manteve dentro do intervalo de tolerância existente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em sua última reunião de 2020, decidiu manter a taxa Selic em sua mínima histórica (2%).
Para este ano, por outro lado, o mercado já começa a vislumbrar um aumento da taxa básica de juros, ainda que seja tímido, em torno de 0,5 a 1 ponto percentual.
Quer saber como esse cenário influencia nas suas finanças e como colocar em prática algumas ações fundamentais para cuidar melhor do seu dinheiro? Acompanhe:
Guardar dinheiro – ou, de forma mais resumida, poupar – é a melhor maneira de garantir que você terá recursos quando precisar. Sim, todo mundo precisa de dinheiro todo dia. Mas nem sempre necessitamos gastar todo o dinheiro que ganhamos. E em alguns casos, precisamos de valores maiores do que disponibilizamos no momento. É por isso que poupar é tão importante.
No momento atual, a relevância dessa atitude de precaução financeira é ainda maior. Afinal, apesar da gradativa retomada da economia, o cenário do mercado de trabalho ainda é de fragilidade, o que se soma ao fim do auxílio emergencial este mês e à alta já acumulada no preço de produtos, reforçando a importância de manter a prudência financeira.
Em todo caso, criar o hábito de economizar e poupar dinheiro é uma decisão que pode favorecer – e muito – o seu bolso. Para isso, o ideal é começar criando uma reserva de emergência – uma quantia para cobrir gastos inesperados (problemas de saúde, acidentes, desemprego, etc.), sem ter que mexer no seu orçamento mensal.
No link acima você descobre como economizar e começar a sua. E se você quiser mais dicas de como começar a poupar e controlar melhor as suas contas, você também pode baixar gratuitamente nosso Kit de Ferramentas para Finanças Pessoais atualizado.
Mas não pare por aí. Para proteger seu dinheiro da inflação e fazê-lo render mais, você também deveria considerar começar a investir suas economias. Confira, portanto, as dicas a seguir:
Se você quer começar a poupar e investir seu dinheiro, a primeira questão aqui, provavelmente, diz respeito a onde guardar a sua reserva de emergência.
Nesse sentido, é válido considerar que o objetivo, nesse caso, não é obter rendimentos, mas sim ter segurança financeira (saber que você não vai perder dinheiro) e boa liquidez (poderá resgatar o valor quando desejar).
A caderneta de poupança continua sendo a aplicação utilizada pela maioria dos brasileiros para esse fim. Pela isenção de cobrança de Imposto de Renda (IR) e pela facilidade de movimentação financeira (liquidez imediata), a poupança não deixa de ser uma opção viável para começar a juntar sua reserva de emergência.
Mas é preciso reconhecer que existem outros tipos de aplicações que podem proteger melhor o seu dinheiro da inflação e que podem render mais, sem a necessidade de se expor a riscos.
Afinal, ainda que haja muita gente pensando que a renda fixa não está valendo a pena, especialistas financeiros afirmam que ela ainda contempla boas oportunidade de retorno, principalmente, no longo prazo.
Conheça algumas opções de investimentos seguras para este ano:
O Recibo de Depósito Cooperativo é uma opção de investimento de renda fixa oferecido exclusivamente por cooperativas financeiras. Devido às menores taxas cobradas por essas instituições e à possibilidade de receber de sobras, associar-se a uma cooperativa financeira já é uma forma de economizar e ganhar mais. Só que investindo em uma aplicação como o RDC – seja a curto ou longo prazo –, você tem ainda mais possibilidades de obter bons rendimentos. Em geral, a liquidez é diária.
Leia também O que é RDC e quais as vantagens para você
Com a expectativa de aumento da taxa Selic (mesmo que leve) e sem sinais de desaceleração dos preços, os títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B) e os prefixados (LTN) são os que têm mais potencial de compensar as perdas da inflação. Enquanto isso, os títulos pós-fixados atrelados à taxa Selic (LFT) podem acabar entregando juro real negativo. Em todo caso, é bom lembrar que, no Tesouro, os prazos costumam ser mais longos e os papéis precisam ser carregados até o vencimento para entregar a rentabilidade combinada.
O mercado imobiliário brasileiro, além de ter sido um dos menos afetados pela recente crise, tem demonstrado bom potencial de recuperação. O presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci Creci), João Teodoro da Silva, opina, inclusive, que “hoje, temos uma demanda reprimida por imóveis”. Autoridades econômicas nacionais também têm incentivado o setor. Nesse contexto, investimentos de apoio a esse mercado, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) podem ser boas opções para diversificação da carteira, já que são investimentos de renda fixa isentos de imposto de renda e, em geral, com boas probabilidades de rendimentos. Uma observação é que nesses casos, o aporte exigido para aplicação costuma ser maior. Uma dica é que algumas cooperativas financeiras também já oferecem essas opções.
Agora, para quem já tem a reserva de emergência garantida e certa experiência na renda fixa, pode valer a pena também considerar alocar parte de seus recursos em aplicações híbridas ou com algum tipo de garantia, como no caso dos fundos de investimento. Muitos especialistas, inclusive, têm recomendado os fundos imobiliários como uma boa opção de investimento para este ano. Mas é preciso ficar atento às taxas cobradas, assim como ao regulamento e prospecto do fundo em que se queira investir.
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