Tanto o consórcio quanto o financiamento são formas de compra parceladas que servem para a aquisição dos mais diversos bens, desde imóveis e veículos até móveis, equipamentos ou mesmo alguns serviços (como uma cirurgia, uma viagem, etc.). Mas você sabe quais são as diferenças entre consórcio e financiamento?
“A similaridade entre as modalidades de compra gera dúvidas no momento de decidir a melhor opção. Mesmo assim, existem diferenças com vantagens e desvantagens para cada perfil de consumidor”, diz Alexandre Gomes, sócio-diretor de uma startup do ramo dos consórcios.
Para ajudar você a escolher a melhor alternativa para o seu bolso, detalhamos a seguir as principais diferenças entre consórcio e financiamento. Acompanhe:
A primeira diferença entre consórcio e financiamento que temos que comentar é que o consórcio é uma modalidade de compra sem juros e as parcelas são livres de impostos como o IOF. Por outro lado, em um consórcio, costuma ser cobrada, isso sim, uma taxa de administração e, em alguns casos, também é preciso contratar um seguro ou contribuir com um fundo de reserva.
Pelo financiamento, por sua vez, além da cobrança de juros, costumam haver correções e também outras taxas. E em muitos casos também é recomendado contratar um seguro prestamista para garantir sua tranquilidade financeira frente a qualquer imprevisto.
A questão é que, devido justamente à cobrança de juros, quanto maior for o prazo do financiamento, maior o preço a pagar. Por isso, o consórcio costuma ser uma opção mais barata de compra.
Em todo caso, é recomendável pesquisar bem os preços e condições oferecidos por instituições financeiras e administradoras de consórcios. A principal dica nesse sentido é incluir instituições cooperativistas em sua pesquisa, para encontrar valores mais justos e outras vantagens.
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Outra grande diferença entre consórcio e financiamento é o prazo para aquisição do bem que você deseja ou, em outras palavras, para tê-lo realmente em suas mãos.
Nesse sentido, o financiamento costuma levar vantagem, já que, tendo a operação aprovada pela instituição financeira escolhida, a aquisição do bem pode ser imediata.
Enquanto isso, no consórcio, o mais comum é que o consorciado só adquira o bem no final do contrato. Mas é bom lembrar que, a cada mês, alguns participantes são contemplados, tendo acesso ao valor da carta de crédito do consórcio. Existe também a possibilidade de dar lances (antecipando o pagamento de parcelas), o que aumenta as chances de ser contemplado.
De toda forma, em ambos os casos, é necessário seguir pagando as parcelas devidas até o fim do contrato de consórcio ou financiamento. Por isso, também é importante atentar-se à duração de cada contrato, que pode variar conforme o bem desejado.
No caso de imóveis, por exemplo, os consórcios costumam ser mais curtos do que os financiamentos. Enquanto um consórcio imobiliário dura entre 180 e 240 meses em média (de 15 a 20 anos), um financiamento do tipo pode durar até 420 meses (35 anos).
No caso de veículos, a situação se inverte e os financiamentos costumam ser mais rápidos. Enquanto um consórcio de automóveis pode chegar a durar até 100 meses (8 anos), um financiamento costuma levar 60 ou até 72 meses (5 a 6 anos).
Normalmente, fazer um financiamento é mais burocrático do que fazer um consórcio.
Antes mesmo de ser aprovado, um financiamento já exige uma análise de crédito e de outros documentos.
No caso do financiamento de imóveis, também costuma ser feita uma avaliação prévia do bem. Dependendo do plano, pode ser fixada, ainda, uma renda máxima para a aprovação e/ou um limite no valor do imóvel ou do valor a ser financiado. Em outros casos, se não há limite de renda, os juros costumam ser mais elevados.
Em contrapartida, para participar de um consórcio, o processo geralmente é mais simples. Para começar, basta buscar uma administradora autorizada pelo Banco Central que ofereça o bem e as condições desejadas e pagar a primeira cota.
No caso do consórcio, a análise de crédito é feita apenas no momento da liberação dos recursos, quando o consorciado é contemplado. Com isso, o participante ganha tempo para regularizar sua situação creditícia, se for o caso.
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Outra das diferenças entre consórcio e financiamento que vale a pena comentar é que os consórcios costumam permitir a escolha de outro bem, diferente daquele que era o objetivo inicial, desde que se trate de uma mesma modalidade.
É possível que um contemplado que desejava comprar um terreno, por exemplo, decida posteriormente que deseja, na verdade, comprar uma casa, já que ambos são da mesma categoria.
Além disso, nesse caso, não é preciso que o terreno e a casa tenham o mesmo valor. Se a casa for mais cara, por exemplo, o consorciado pode simplesmente pagar a diferença. Se for mais barata, pode aplicar o restante do dinheiro no próprio imóvel ou usá-lo para quitar as parcelas restantes do consórcio, se for o caso.
De todo modo, é importante ficar atento a tudo que é estabelecido pelo contrato assinado, para verificar todas as condições e possibilidades oferecidas dentro de cada grupo de consórcio.
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Para facilitar, confira um resumo das principais diferenças entre consórcio e financiamento:
Consórcio – sem juros, sem IOF, com taxa de administração.
Financiamento – com juros e correções, sujeito a impostos e outras taxas.
Consórcio – no fim do contrato ou quando for contemplado por sorteio ou lance.
Financiamento – imediato após aprovação.
Consórcio – depende do bem. Costuma ser relativamente menor no caso de imóveis.
Financiamento – depende do bem. Costuma ser relativamente menor no caso de veículos.
Consórcio – menor. Análise de crédito apenas na contemplação.
Financiamento – maior. Análise de crédito prévia, entre outras.
Consórcio – possível. Financiamento – não é possível.
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