Quando o primeiro filho nasce, nasce também um pai e uma mãe. Antes disso, nenhum dos dois conhece a imensa alegria nem as grandes responsabilidades que chegam junto com a criança. Nem dá para prever os gastos. Ter um filho é uma enorme recompensa. Mas gera também muitas despesas. Como se planejar para elas?
Segundo a economista Anemarie Dalchau Müller, em geral, quando um casal de classe média tem um bebê, gasta cerca de 15% da sua renda com ele. Os 12 primeiros meses costumam ser os de maiores desembolsos, impulsionados pelo enxoval, pelas fraldas e, algumas vezes, pela alimentação especial. Mas como fazer para encaixar isso no orçamento?
Os pais podem começar se organizando, fazendo uma planilha com todos os seus ganhos e despesas, e separando quais são os gastos obrigatórios e quais não são. Assim, fica mais fácil descobrir onde e quanto é possível economizar do orçamento atual.
Agora, fique atento: muitos pais de primeira viagem acabam se empolgando com tudo que é relacionado a bebês e comprando mais do que precisam. Dar o melhor aos filhos é o desejo de todo pai e toda mãe, mas pra isso não precisa exagerar nos gastos, basta exagerar no amor.
Então, veja algumas dicas para cercar seu bebê de cuidado sem desperdiçar dinheiro:
– Fraldas – peça de duas marcas diferentes, para ter uma opção caso o bebê seja alérgico a alguma delas.
– Creme para assaduras – é indispensável. Peça um tubo de cada marca, para evitar problemas com alergias ou com o cheiro.
– Lenços umedecidos – pode pedir até 5 potes; você vai precisar.
– Fraldas de boca – essa é uma das coisas que você mais vai usar. Como são baratinhas, pode pedir bastante no chá de bebê, umas 20.
– Algodão e cotonetes – também serão bastante utilizados na higiene do bebê. Peça uns 10 pacotes de algodão em bolas. E vários potes de cotonetes também.
– Colchonete para carrinho – além de deixar o bebê mais confortável, a peça é de tamanho padrão e independente do modelo do carrinho. Aproveite pra pedir no chá.
– Travesseiro antissufocante – ótimo para posicionar o bebê para dormir. Peça dois, para usar um no berço e outro no carrinho.
– Aspirador nasal – baratinho e extremamente útil para auxiliar os pequeninos, que ainda não sabem assoar o nariz.
– Termômetro – indispensável. Peça um. O digital é mais preciso.
– Mordedor – os dentinhos só começam a nascer depois, mas é sempre bom o bebê ter algo adequado para levar à boca, já que é lá que quase tudo vai parar.
– Conjuntinho de pente e escova – típico presente de chá de bebê.
– Colônia – peça uma de sua preferência. Para não ocasionar alergias no bebê, prefira passá-la nas roupas, no carrinho, no berço, etc.
– Shampoo – peça 2 ou 3 da sua preferência.
– Bichinhos de banho – outro presente típico deste tipo de evento. Os bebês adoram.
– Sacola de bebê – fora a estampa, pode ser substituída por uma sacola de sua preferência, que também tenha vários compartimentos. Uma frasqueira térmica também pode ser útil.
– Termômetro para banho – o melhor termômetro é o seu próprio cotovelo; acredite.
– Moisés – pode ser substituído pelo bebê conforto, pelo carrinho ou pela própria cama com travesseiros.
– Aquecedor de mamadeiras – dispensável.
– Rede ou suporte plástico para banheira – se quer economizar, dispense.
– Almofada para amamentar – pode ser substituída por uma almofada ou travesseiro comum.
– Conta-gotas – já vem acoplado quando é necessário seu uso; não precisa ser comprado à parte.
– Saia de berço – só serve para juntar pó.
– Sapatinhos – são lindos, mas se o bebê ainda não anda, para quê? Você deve ganhar alguns. Mas será que precisa comprar? Avalie.
– Berço – compensa ter um pequeno, de modelo simples. Como o uso é por tempo limitado, um seminovo pode ser uma boa solução. Com as contas organizadas, vale parcelar a compra entre a metade e o final da gravidez.
– Banheira – extremamente necessária, mas pode ser bem simples, não há necessidade de acessórios.
– Carrinho – não se empolgue com superlançamentos nem vá direto no mais barato. Pesquise bem. Considere, inclusive, opções de seminovos. Fique atento à segurança e verifique se o equipamento atende às regras do INMETRO.
– Bebê-conforto – se você não tiver carro, nem precisa. Se tiver, é obrigatório. Mas você pode tentar conseguir um emprestado ou comprar seminovo, já que só é usado no primeiro ano do bebê.
– Roupinhas – são tão graciosas, que a maioria das mães acaba se esquecendo que elas serão usadas pouquíssimas vezes antes que não sirvam mais no bebê. Então, não se empolgue. Aproveite esse fato e considere também comprar roupinhas seminovas. Ah! E preste atenção à época em que o bebê vai nascer para comprar as roupinhas de acordo com a estação.
– Fraldas, lenços umedecidos, algodão e cotonete – além de pedir certa quantia de cada um destes itens no chá de bebê; para economizar, você pode comprá-los em grandes quantidades, em atacados. Informe-se também com outros pais sobre outras marcas, afora as mais conhecidas (que costumam ser mais caras). Fique atento às promoções.
– Brinquedos – outro item empolgante para os pais na hora da compra que pode acabar sendo esquecido pela criança em pouco tempo. Claro que é importante a criança ter brinquedos, para se desenvolver e estimular sua criatividade. Mas não precisa comprar tudo que vê pela frente. Avalie com calma. Neste caso, também vale considerar os seminovos (em bom estado).
– Futuro – este é o item em que todo pai tem que investir. Economizar para uma emergência ou para dar um futuro melhor ao seu filho não deve ser visto só como uma vontade, mas como uma necessidade. Comece uma poupança agora mesmo. Assim, você tem uma reserva para emergências e ainda pode investir no futuro do seu bebê. Considere ainda as vantagens de abrir uma poupança em uma cooperativa financeira – que, por não ter fins lucrativos, pode oferecer mais vantagens para você.
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