Desde 1889, quando surgiu a primeira cooperativa brasileira, o modelo cooperativista tem se espalhado por todo o país, como uma alternativa viável, mais justa e humana na hora de fazer negócios. Atualmente, de acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), já existem mais de 6.800 cooperativas em território nacional, com um total de associados que supera os 13 milhões de brasileiros.
Contudo, no atual cenário de geração e divulgação de informações (em que às vezes é difícil diferenciar uma notícia verdadeira de uma fake news), acabam aparecendo muitas explicações equivocadas sobre o assunto. E como muita gente ainda não sabe o que é o cooperativismo, essas informações desencontradas acabam gerando alguns mitos e falácias.
Quer saber o que é mito e o que é verdade em relação ao cooperativismo? Acompanhe a seguir 8 afirmações comuns sobre o tema:
É verdade que o cooperativismo é bastante desenvolvido no meio rural brasileiro. De acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE, atualmente, quase metade (48%) de tudo que é produzido no campo passa, de alguma maneira, por uma cooperativa. Isso porque muitos pequenos produtores e agricultores familiares costumam organizar-se em cooperativas para conseguirem melhor acesso a assistência técnica, insumos, tecnologias, comercialização e transporte.
Porém, as cooperativas agropecuárias são somente um dos 13 tipos de cooperativas que atuam no país. Além disso, existem também:
É verdade que o movimento sindicalista inclui uma atitude cooperativista: envolver pessoas em busca de interesses comuns. Entretanto, enquanto os sindicatos são associações ligadas a classes trabalhistas específicas, as cooperativas são empresas, definidas legalmente como sociedades civis e comerciais.
Por outro lado, como as empresas cooperativas não visam ao lucro, há quem afirma que cooperativismo é coisa de comunista. Outro mito! Afinal, as cooperativas tratam de produzir resultados financeiros positivos para reinvestir no próprio negócio, gerar sobras para todos os cooperados e atuar socialmente no desenvolvimento das comunidades.
As cooperativas de crédito são instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional e oferecem serviços e produtos financeiros similares aos de bancos comuns, como contas, cartões, linhas de crédito, investimentos, seguros, etc.
Só que, em uma cooperativa de crédito, você não é um simples cliente cujas movimentações financeiras geram lucro para um pequeno grupo de acionistas. Na cooperativa, você é um dos associados; tem participação econômica na instituição e poder de voto; e recebe, inclusive, uma parte das sobras quando os resultados são positivos.
Desde a origem do cooperativismo, as cooperativas atuam norteadas pelos 7 princípios cooperativistas:
Fica visível, portanto, que o cooperativismo é um modelo socioeconômico baseado em valores mais justos e humanos. Ou seja, as cooperativas constituem-se como empresas, mas seu objetivo é fundamentalmente social, buscando gerar benefícios não apenas para todos os seus cooperados, como também para as comunidades onde estão inseridas.
É fato que algumas pessoas ainda tem medo de associar-se a cooperativas ou de fazer operações financeiras, como investimentos e seguros, por meio de cooperativas. Contudo, trata-se, em geral, de um temor infundado.
É claro que, na hora de associar-se ou fazer negócios, o ideal é buscar por cooperativas de demonstrada credibilidade, com um Estatuto claro e um bom histórico financeiro. Mas o mesmo pode ser dito sobre os demais empreendimentos e empresas comuns do mercado.
Além disso, é bom saber que as cooperativas, por lei, são autorreguladas. Porém, em alguns casos, há uma supervisão da atuação dessas instituições, como por exemplo as cooperativas financeiras, que seguem as normatizações do Conselho Monetário Nacional (CMN) e têm suas operações fiscalizadas pelo Banco Central.
Para quem decide operar com cooperativas de crédito, outra garantia de segurança é o FGCoop, Fundo Garantidor do Cooperativismo, similar ao FGC dos bancos comuns, protegendo depositantes e investidores em até R$ 250 mil por CPF.
Realmente, as associações e as cooperativas costumam coincidir em alguns princípios, já que ambos são empreendimentos coletivos, administrados, em geral, de forma coletiva e democrática.
No entanto, tratam-se de entidades de diferentes gêneros. As associações são definidas legalmente como sociedades civis e podem ter finalidades diversas (cultural, educacional, defesa de classe, filantropia, etc.).
Já as cooperativas são sociedades civis e comerciais, incluindo a finalidade econômica entre seus objetivos, como forma de manutenção da instituição. As cooperativas, inclusive, possuem capital social, o que não ocorre em associações.
Assim como os bancos comuns, as cooperativas de crédito também oferecem várias opções de aplicações financeiras.
Quais as diferenças? Para começar, como as cooperativas não têm fins lucrativos, você pode encontrar investimentos com menores taxas e mais retorno nessas instituições. A segurança para investir é a mesma que em um banco tradicional, no caso das cooperativas, com a garantia do FGCoop. E você ainda pode optar por aplicações exclusivas do mundo cooperativo, como o investimento em RDC ou em cotas-parte.
Na verdade, o cooperativismo nasceu na Inglaterra, em 1844, em plena Revolução Industrial. Foi um grupo de trabalhadores que teve a ideia de juntar esforços para conseguir melhores condições laborais para todos. Desde então, o cooperativismo já se espalhou pelo mundo.
Segundo o último Censo Global do Cooperativismo, realizado pela ONU, já existem mais de 2,6 milhões de cooperativas espalhadas por mais de 100 países de todo o planeta. Ao todo, há mais de 1 bilhão de membros e clientes do cooperativismo. E tem mais: o cooperativismo é responsável por gerar mais de 12,6 milhões de postos de emprego por todo o mundo.
Mais do que um modelo socioeconômico internacional, o cooperativismo é uma tendência global, que tem se expandido e levado benefícios por onde passa.
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