Nem capitalismo nem comunismo ou socialismo. O cooperativismo é uma alternativa socioeconômica diferenciada, que propõe o esforço comum para o benefício de todos.
A ideia central é reunir pessoas com interesses comuns para prestarem serviços entre si, sem fins lucrativos, de forma a alcançarem benefícios maiores para todo o grupo.
No Brasil, o modelo vem ganhando cada dia mais reconhecimento e aceitação. De Norte a Sul do país, já são 6,5 mil empreendimentos cooperativos, reunindo 12,7 milhões de brasileiros cooperados e gerando 365 mil postos diretos de trabalho.
Quer saber o motivo de todo esse sucesso e conhecer as vantagens que o cooperativismo tem a oferecer a você e a todo o país? Confira:
O professor da ESPM, José Luiz Tejon (dirigente do Núcleo de Estudos do Agronegócio), afirma que o cooperativismo é “a organização do trabalho, sua valoração, uma filosofia educadora, realista e assentada em valores”.
As palavras do docente demonstram conhecimento de causa. Afinal, a atuação cooperativa, desde a criação do modelo, é norteada por sete princípios básicos:
1 – Adesão livre e voluntária;
2 – Gestão democrática;
3 – Participação econômica;
4 – Autonomia e independência;
5 – Educação, formação e informação;
6 – Intercooperação; e
7 – Interesse pela comunidade.
Leia também: Os princípios do cooperativismo e os valores humanos
O modelo societário é outro diferencial do cooperativismo que tem influenciado no crescimento das cooperativas. Nessas instituições, os associados são todos donos do negócio. E a gestão é democrática, todos têm o mesmo poder de voto. Por isso, quando há sobras, elas também são divididas entre todos os membros.
José Luiz Tejon vai mais fundo ao dizer que as cooperativas não deixam nenhum cooperado para trás. Segundo o professor, “a cooperativa tem como seu valoroso alicerce lutar para que todos possam progredir”.
E essa característica do cooperativismo permite propor para a grande maioria a chance de sucesso, não apenas aos mais adaptados ou vocacionados. Não se trata de assistencialismo ou populismo, mas de um esforço de todos com benefícios para todos.
O cooperativismo é um modelo socioeconômico alternativo e tão eficaz que, desde a sua criação na Inglaterra, na metade do século XIX, o cooperativismo não para de crescer, comprovando que a união realmente faz a força.
Grandes nações, inclusive, demonstram que, em momentos críticos, a intensidade é menor onde a cultura cooperativa é mais forte, como na França, na Alemanha, na Noruega e na Holanda.
Outro bom exemplo vem das cooperativas de crédito brasileiras. Enquanto os grandes bancos têm registrado crescimento de 16% ao ano e bancos médios crescem cerca de 11% no período, as cooperativas de crédito têm média de crescimento anual de 20%. Juntas, as cooperativas financeiras já ocupam a 6a posição no ranking das maiores instituições financeiras do país.
E o número de brasileiros que buscam as cooperativas de crédito como alternativa aos grandes bancos é cada vez maior. Afinal, as cooperativas podem oferecer os mesmos produtos e serviços financeiros por taxas bem menores, com a mesma segurança (já que são controladas pelo Banco Central e contam com o FGCoop, similar ao FGC) e ainda propiciar um atendimento mais humano e personalizado.
Não é à toa que as cooperativas de crédito vêm ganhando relevância no atual contexto socioeconômico do país por demonstrarem o seu potencial na promoção da inclusão financeira e no desenvolvimento das economias locais.
Apesar de sua dessemelhança ao capitalismo, engana-se quem pensa que cooperativas são instituições primárias ou com pouca tecnologia.
As próprias cooperativas de crédito dão novamente o exemplo. Além de possuírem uma das maiores redes de atendimento do país, muitas cooperativas financeiras já disponibilizam acesso a consultas e transações pela Internet, por dispositivos móveis, TV-banking e redes sociais. Um caso de destaque é o mobile banking do Sicoob – maior sistema cooperativo financeiro do país – cujo app possui, inclusive, funcionalidade inéditas em todo o Sistema Financeiro Nacional. Saiba mais aqui.
O novo aplicativo ‘Minhas Finanças’ lançado recentemente pelo Sicoob, tem algumas funcionalidades que podem fazer a diferença.
Outra prova de que as cooperativas mantêm-se em ritmo de inovação e aprendizado constante foi a recente realização do World Coop Management, evento que ocorreu no mês de setembro, em Belo Horizonte, reunindo líderes do movimento cooperativista de diversas partes do mundo para discutir ideias inovadoras e novas tendências mundiais sobre liderança e estratégia.
Durante o encontro, o presidente da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras – Márcio Freitas, afirmou: “Quando rodamos pelo interior do Brasil, visitando cooperativas dos diversos ramos, notamos que há uma resiliência muito grande, pois entre os cooperados, a palavra da vez não é crise, mas confiança! E ela que nos mantém firmes no propósito de continuarmos produzindo. Nós sabemos que, juntos, somos mais fortes, por isso, o cooperativismo se coloca à disposição dos governos sérios para melhorar as condições econômicas do país e ampliar a competitividade nacional”.
Conheça o maior sistema cooperativo financeiro do país, o Sicoob.
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