Pesquisar produtos minerais, extrair metais e pedras preciosas do solo, lavrá-los, industrializá-los, comercializá-los, importá-los e exportá-los: essas são algumas das principais atividades das cooperativas de mineração (também chamadas de cooperativas minerais).
Formadas por garimpeiros, quebradores de pedras e trabalhadores que se dedicam à extração de areia e pedra, entre outros, as cooperativas de mineração ainda costumam oferecer a esses profissionais serviços de saúde, alimentação, profissionalização e educação cooperativista.
Além disso, as cooperativas de mineração são orientadas a atuar de maneira sustentável, preservando o meio ambiente e com atenção às comunidades onde estão instaladas. Saiba mais sobre o assunto a seguir.
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Ainda que os portugueses tenham buscado por metais preciosos desde que chegaram ao Brasil, os primeiros grandes achados minerais só ocorreram no início do século XVIII, quando iniciou-se a corrida pelas minas no país.
As primeiras cooperativas de mineração só foram surgir, então, a partir de 1900, sendo que os primeiros registros referem-se a cooperativas de extração mineral nos estados do Amapá, da Bahia, do Pará, de Rondônia e de Roraima.
Em 1988, a relevância das cooperativas minerais foi reconhecida pela Constituição Federal, que ressalta no terceiro parágrafo do artigo 174: “O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.”
Atualmente, a Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB) já registra a existência de 97 cooperativas minerais em todo o território nacional com 23.515 associados e contando, além desses trabalhadores, com outros 182 empregados. Entenda melhor o que isso representa:
Desde a indústria de telefonia e eletrônicos até a construção civil, a agricultura, o comércio de jóias e de artesanatos, muitos setores da economia são influenciados pela mineração nacional. Ou seja, o ramo mineral está mais próximo do nosso dia a dia do que muita gente imagina.
Segundo levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), no ano 2000, o ramo mineral representou 8,5% do PIB nacional, sem contar que no mesmo período o setor contava com cerca de 500.000 trabalhadores. Trata-se, portanto, de um setor de relevância para todo o país.
Agora, confira a representatividade que as cooperativas minerais têm nesse contexto:
Em um mercado que carece de profissionalização e de uma visão mais sustentável, as cooperativas minerais representam um modelo de negócio alternativo, que beneficia os trabalhadores de forma igualitária, além de serem orientadas por princípios mais humanos, com atenção à comunidade e também ao meio ambiente.
Na prática, além da gestão do negócio em si, as cooperativas de mineração:
Contudo, a expressividade das cooperativas minerais no mercado de mineração brasileiro ainda é baixa. Segundo informações divulgadas pelo Sistema OCB, em julho de 2017, 80% das cooperativas do ramo estavam inativas, 40% em fase de pesquisa e apenas 20% estavam em operação, mas com baixa produtividade.
O presidente da OCB do Pará – onde o garimpo tem forte representatividade – comenta: “É um ramo com enorme potencial, mas necessita de apoio para se organizar e se desenvolver de forma sustentável. São necessárias algumas iniciativas, visando garantir o incentivo e políticas públicas para o desenvolvimento integrado do cooperativismo minerário do estado do Pará, tais como incentivos fiscais que estimulem a inclusão social e a geração de trabalho e renda e projetos sustentáveis e economicamente viáveis, além da promoção da educação e a organização do quadro social cooperativista na exploração de atividades minerais.”
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