Mãe é tudo de bom. Quando elas se juntam para cooperar, então, ainda melhor. Isso mesmo! Imagine um grupo de mães que cooperam entre si para cuidar das crianças de uma maneira mais fácil e carinhosa. É o que fazem as cooperativas de mães, também chamadas de creches parentais ou casas-escola.
Em vez de deixar os filhos em uma creche ou em uma escolinha, muitas mães já estão optando por esse método alternativo, para acompanhar mais de perto a criação dos pequenos e ter a oportunidade de ensinar-lhes outros valores, como a cooperação.
A ideia não é exatamente nova; surgiu na França em finais dos anos 90. Outro exemplo, que veio da Austrália, foi o Mama Bake, uma comunidade online que incentiva que grupos de mães se reunam para cozinhar (em grandes quantidades, para repartir entre todas e durar algum tempo). Agora, essas iniciativas tem se espalhado também pelo Brasil. Veja a seguir.
Segundo matéria publicada no ClicRBS em 2017, a capital de Santa Catarina já conta com, pelo menos, três cooperativas de mães. O coletivo Alecrim é um bom exemplo, vindo do sul da ilha, em funcionamento desde 2015.
Nesse caso, as mães optaram por um espaço fixo e, além de revezarem-se para cuidar dos pequenos durante a semana, contrataram também uma professora. Assim, a cada dia, os 12 pequenos ficam sempre sob cuidado de três pessoas, desde as 8h até as 12h30.
A professora, Bianca de Fiori, comenta: “Eles [mães e pais] veem o cuidado dos filhos como um processo ativo. Querem participar da educação dos filhos e demonstram isso vindo aqui, cooperando e cuidando dessas 12 crianças. Passam a entender os pequenos dentro do seu desenvolvimento e começam a criar esse vínculo, que dá segurança para a criança, porque ela fica em um lugar onde os pais também ficam.”
O grupo ainda promove reuniões quinzenais com todas as mães, quando há também um espaço para que elas possam compartilhar os desafios que enfrentam, recebendo apoio umas das outras.
Assim como em Florianópolis, cinco mães de Curitiba também se juntaram para revezarem-se no cuidado dos pequenos. E optaram por um espaço fixo cedido por uma delas. Mas todas ajudam a arcar com as despesas.
Outra semelhança é que a cooperativa de mães de Curitiba também contratou uma profissional para ajudar a cuidar das cinco crianças. Assim, fica mais fácil para todas e os pequenos nunca ficam desatendidos.
As mães curitibanas participantes da cooperativa encontraram nesse formato um espaço para valorizar a independência e a autonomia de seus filhos, com respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas das crianças.
No Rio de Janeiro, o modelo adotado para a cooperativa de mães é um pouco diferente. Cada dia, as crianças ficam na casa de uma mãe, que é auxiliada por uma cuidadora contratada pelo grupo.
As mães cariocas se conheceram pelas redes sociais. Mas tiveram todo um processo antes de começar a cooperarem no cuidado dos filhos. Samanda Mejia Milla, uma das participantes, comenta: “a gente ficou um mês se vendo todos os dias, de segunda a sexta, com as crianças. Esse tempo foi necessário pra gente se conhecer, ter confiança nas outras mães.”
Se a ideia te parece inspiradora, saiba que você também pode montar uma cooperativa desse tipo. Mas é preciso ter atenção a alguns passos fundamentais. Confira:
1 – Encontro e alinhamento
É possível encontrar outras mães interessadas em participar de uma cooperativa como essa participando de encontros maternos em sua região ou até mesmo em grupos de Facebook como o Cuidado Coletivo de Crianças, que já tem mais de 1,6 mil membros. Mas é importante marcar encontros presenciais com as mães interessadas para conversar, perceber afinidades nos objetivos educativos e alinhar cada detalhe, de horários a formas de alimentação, do limite de crianças às atividades, etc.
2 – Definição do local e planejamento de custos
As crianças vão ficar cada dia na casa de uma mãe? As mães têm espaço para receber todas as crianças comodamente? Ou será definido um espaço fixo? Como vão custear o espaço ou os cuidados com o local? Nos encontros com outras mães, é importante definir aspectos como esses. E é preciso também pensar nos custos de alimentação, de limpeza, de ajudante(s) e/ou professor(es), de brinquedos, etc.
3 – Integração das crianças
Aproveitando o encontro com as outras mães interessadas, também é válido começar a levar as crianças para que se conheçam (se já for o caso), ver como se comportam juntas e conhecer como cada mãe cuida de seus pequenos.
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