Ferramenta muito utilizada no meio corporativo, o ROI é o retorno sobre o investimento (Return on Investment, em inglês). Um resultado que representa a relação entre a quantidade de dinheiro ganho e a quantidade de dinheiro empenhado em um investimento. A novidade é que agora as empresas já podem calcular, também, o retorno sobre investimentos em ações e projetos socioambientais, com o chamado ROI de Sustentabilidade.
Um dos pioneiros nesse conceito no Brasil, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) desenvolveu, já em 2015, estudos de casos com empresas nacionais para determinar o ROI de Sustentabilidade de seus projetos.
Os estudos foram realizados em parceria com redes multinacionais de sustentabilidade (EMSD e EMM coordenadas pela alemã GIZ-GmbH) e percebeu-se que, entre outras vantagens:
Quer saber mais sobre as conclusões do FGVces e aprender a analisar o ROI de Sustentabilidade da sua empresa? Confira:
Na primeira fase da iniciativa ROI de Sustentabilidade, em 2015, o FGVces e seus parceiros analisaram 11 projetos de sustentabilidade de 7 empresas brasileiras, entre elas: o Grupo Boticário, a Siemens, a Adidas Brasil e a Votorantim Cimentos.
No caso do Grupo Boticário, por exemplo, foram estudados dois projetos de sustentabilidade ambiental, um de ecoeficiência para redução do consumo de água, energia e gás em fábricas e edifícios da marca e outro projeto nacional de reciclagem de embalagens. Após análise do ROI de Sustentabilidade, ambos foram considerados projetos lucrativos, com benefícios de redução de custos, redução de riscos e, inclusive, geração de vendas espontâneas.
Outro bom exemplo foi o projeto Escola Formare, apoiado pela Siemens, para a capacitação de jovens de baixa renda, utilizando colaboradores como educadores voluntários. O estudo do ROI do projeto levou em conta o que a multinacional desembolsou, inclusive o tempo dos funcionários voluntários (contabilizando o que deixou de gastar e o que perdeu com isso). Financeiramente, a iniciativa também mostrou-se lucrativa.
De acordo com o FGVces, a inclusão de ações sustentáveis no cotidiano operacional de uma empresa pode gerar diversas vantagens competitivas, como:
Como o FGVces constatou que essas vantagens competitivas são resultados da adoção de ações e projetos de sustentabilidade? Analisando detalhadamente cada ação e projeto sustentável.
Uma avaliação que é recomendável realizar em etapas, desde o início da implementação das ações e projetos, para estimar tanto os custos evitados como as receitas do investimento.
Ainda de acordo com o Centro de Estudos em Sustentabilidade, um projeto compreende as seguintes etapas a serem analisadas:
Após a primeira fase da iniciativa ocorrida em 2015, o FGVces utilizou sua experiência com os estudos de caso realizados para desenvolver um Guia de implementação do ROI de Sustentabilidade.
Lançado este ano, o manual traz exemplos e explicações detalhadas de cada etapa de análise dos projetos de sustentabilidade para que qualquer empresa interessada possa avaliar o retorno de seus investimentos socioambientais.
A pesquisadora do FGVces Camila Yamahaki comenta: “[O guia] tenta tangibilizar ao máximo para monetizar os benefícios e explica quais os possíveis métodos de análise financeira para calcular o ROI do projeto [para a empresa].”
As empresas que já tiveram experiência de aplicação do ROI de Sustentabilidade relatam, ainda, que a análise é positiva em diversos sentidos, pois:
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