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Com o elevado preço das escolas privadas e as carências enfrentadas pelo ensino público brasileiro, as cooperativas educacionais têm se tornado uma opção cada vez mais difundida no país.
Um dos 13 ramos cooperativos atuantes no Brasil, o cooperativismo educacional reúne pais e professores na formação de escolas em que possam ter maior participação na educação das crianças e jovens, além de oferecerem custos de mensalidades bem mais baixos que o de colégios particulares comuns.
Entenda melhor como funciona esse tipo de instituição de ensino:
Uma cooperativa educacional pode ser formada por:
O papel da cooperativa educacional é ser mantenedora da escola, cujo funcionamento é similar ao de uma escola convencional, respeitando todas as diretrizes do MEC. Ou seja, independente da formação da cooperativa, deve haver um bom corpo docente e uma competente equipe de direção pedagógica (se preciso, de profissionais contratados).
O diferencial é que os pais (assim como os professores) têm a oportunidade de participar do conselho pedagógico da escola, ajudando a decidir qual o melhor método de ensino, quais as atividades extracurriculares mais adequadas, qual a estrutura necessária para que os alunos aprendam com qualidade, quais reformas e investimentos devem ser feitos na escola, entre outras decisões fundamentais como essas.
Além disso, esse ramo do cooperativismo promove a educação com base em valores, como a cooperação, a cidadania e o desenvolvimento da comunidade; fundamentado nos próprios princípios cooperativistas. Aliás, confira outros benefícios advindos disso:
Cooperativas são instituições que não visam lucro. Assim, quando há sobras (no caso de aumento do número de matrículas, por exemplo), os preços das mensalidades podem diminuir ou o recurso pode ser revertido em melhorias para a própria instituição (em um laboratório ou uma quadra nova, por exemplo) – escolha da qual pais e professores também participam.
Como explica a presidente da Coopeimb (cooperativa educacional de Imbituba, no sul catarinense), Maria Vieira da Rosa: “Nós, pais, através de conselhos (administrativos, fiscal ético e pedagógico) e assembleias, somos os mantenedores da Coopeimb e dividimos os custos anuais entre os associados ativos”. A associada da Coopeimb, Darcionet Favarian, completa: “Como não temos o objetivo de lucro, tudo que conseguimos se transforma em melhoria”.
E a presidente Maria Vieira ainda comenta sobre o fato de os resultados de uma cooperativa educacional serem mensurados de formas diferentes de outros ramos: “Historicamente, nossos alunos conseguem excelentes colocações nos vestibulares de Santa Catarina e em outros estados, assim como no Enem”.
Aliando preço justo, ensino de qualidade e maior participação de pais e professores, com valores de cooperação, cidadania e desenvolvimento comunitário, o cooperativismo educacional têm se revelado uma opção cada vez mais atraente, frente às alternativas convencionais de ensino.
Em todo o Brasil, segundo a OCB, já existem mais de 300 cooperativas educacionais, reunindo mais de 60 mil associados. Só em Santa Catarina, há mais de 10 cooperativas do ramo. E no Rio Grande do Sul são cerca de 20.
Esses números representam um grande avanço do cooperativismo de ensino no país em um curto período de tempo. Afinal, em 1995, o número de cooperativas educacionais brasileiras era de 106 instituições. A OCB ainda destaca que, ao longo da década de 90 foram criadas 91 cooperativas desse ramo no Brasil, contra apenas 11 criadas na década de 80.
E essa evolução tende a continuar, favorecendo a maior participação de pais e professores na preparação de alunos que tenham melhores condições de enfrentar os desafios do mundo e intervir como agentes da história.
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