Entre os dias 17 e 20 de julho, mais de 1.600 profissionais cooperativistas estiveram reunidos em Glasgow, na Escócia, para a Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito 2022. Confira alguns dos principais destaques do evento:
Representantes do Sistema OCB, da Confebras e de grandes cooperativas financeiras do país, como o Sicoob, foram alguns dos participantes da Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito 2022.
De fato, o Brasil figurou como a segunda maior delegação presente, com mais de 300 pessoas representando o nosso país.
“É um momento muito importante para sintonizar e comparar o que é feito no Brasil com outras cooperativas de crédito no mundo. É também um espaço para a construção de relacionamento entre as coops estrangeiras e as brasileiras, bem como com as Unidades Estaduais que estão presentes no evento. E acima de tudo, uma oportunidade única para debater e entender os desafios das cooperativas de crédito no contexto mundial”, destacou a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella.
“Se olharmos os valores e princípios do cooperativismo, podemos dizer, com assertividade, que o nosso modelo de negócios já nasceu pronto para colocar em prática ações e projetos que promovam desenvolvimento ambiental, social e também dentro do campo da governança”, disse a superintendente da Confebras Telma Galleti.
Um dos fatores que comprova a afirmação de Galleti é que as cooperativas buscam reconhecer e valorizar cada vez mais a participação feminina. O Fórum Global da Rede de Lideranças Femininas, que ocorreu no primeiro dia da Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito 2022, é uma prova disso.
Durante a sessão, a consultora-chefe de lideranças Laurie Maddalena instou as mulheres a não se contentarem com menos do que merecem, a serem menos autocríticas e ouvirem mais o seu “treinador interno”.
“Gosto de recorrer ao que chamo de meu treinador interno e não deixar meu crítico interno tomar as decisões”, explicou Maddalena.
Outra mulher de destaque no evento foi Elissa McCarter LaBorde, presidente/CEO do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (WOCCU) – entidade que organiza anualmente a Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito.
No segundo dia do evento, LaBorde tratou sobre os desafios e oportunidades das cooperativas financeiras no contexto atual.
Segundo ela, o movimento global de cooperativas financeiras tem, pelo menos, três pontos fortes:
Enquanto aos desafios, LaBorde opina que as cooperativas financeiras devem esforçar-se para serem cada vez mais inclusivas, resilientes e verdes. Nesse sentido, ela ainda aconselhou os presentes a reconhecerem “campeões do movimento”, pioneiros em finanças digitais, resiliência climática e finanças sustentáveis.
Além disso, a executiva complementou:
“Ainda há 1,4 bilhão de pessoas sem banco. E eu diria que há outros 3 bilhões, pelos dados que vi, que não têm acesso a bancos, não têm boas opções financeiras nem crédito acessível. E é por isso que estamos aqui como cooperativas de crédito, com um modelo de negócios que realmente serve a esse propósito”.
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As cooperativas financeiras estão prontas para o futuro? Essa foi a primeira pergunta que Ian Khan – pioneiro em futurismo tecnológico – fez à plateia em sua apresentação, durante o segundo dia da Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito 2022.
De acordo com Khan, a prontidão para o futuro não está relacionada apenas a questões tecnológicas. É preciso também avaliar onde você está, para onde deseja ir e o que precisa para chegar lá.
“São apenas 26% que estão dizendo ‘sim, nós fazemos isso’. Eu adoraria uma resposta muito melhor do que essa, mas esta é a oportunidade para fazermos o trabalho e melhorarmos”, disse o futurista.
Usar a ciência da empatia para mudar a forma como as empresas se transformam foi o tema da palestra final Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito 2022.
É válido notar que a ideia de empatia está intimamente relacionada ao princípio cooperativista do Interesse pela Comunidade. Certamente, quanto maior for a empatia que as cooperativas têm em relação às comunidades onde atuam, melhores serão os resultados gerados em termos de desenvolvimento sustentável para todos.
A palestrante Berlinda Parmar, CEO da The Empathy Business, ainda reforçou que “empatia não é sobre falar, mas sobre agir”. E destacou que o compromisso com a empatia vale a pena porque as empresas mais empáticas acabam tendo resultados financeiros melhores.
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Um bom exemplo dessas ações práticas de empatia e interesse pela comunidade foi dado pelo Sicoob. Dois líderes de uma das centrais do Sistema estiveram presentes na Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito 2022 e preparam um material especial para compartilhar com outros participantes do evento.
De acordo com esse material, no ano passado, o Sicoob promoveu centenas de ações sociais por todo o país que beneficiaram um total de 611 mil pessoas. Apenas com projetos de educação financeira foram mais de 340 mil brasileiros beneficiados.
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