Com a cotação do dólar já tendo ultrapassado os R$ 5,50, vender para o exterior pode ser uma boa forma de aumentar sua carteira de clientes e os seus ganhos.
E não estamos falando apenas da exportação de produtos físicos, como também de produtos digitais e de serviços.
É claro que, em todo caso, você vai precisar de um bom planejamento inicial. Mas começar a comercializar produtos e serviços internacionalmente pode ser mais simples do que muita gente imagina.
Sabia que, de acordo com estudo do Sebrae, mais de 40% das empresas exportadoras brasileiras são micro e pequenos negócios?
Para te ajudar nessa missão, preparamos um guia de como vender no exterior, com um passo a passo e muitas dicas práticas. Acompanhe:
Antes de tudo, é preciso definir o que você quer vender e para quem. Tendo isso em mente, é hora de começar a pesquisar para responder a algumas perguntas como:
Dica especial: conheça o site Aprendendo a Exportar e visite também a área de Acesso Público do Portal Único Siscomex, onde você pode pesquisar pelo código do produto, pelo país de destino, pelo enquadramento da operação e atributo, para saber se a exportação que te interessa fazer é aprovada ou impedida por algum órgão.
Nesta etapa, além de pesquisar na internet, vale a pena:
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Ao reunir informações como as que mencionamos anteriormente, você já vai ter muitas pistas para começar a fazer o seu planejamento de vendas para o exterior.
Este é o momento, portanto, de traçar suas estratégias e começar a dar os primeiros passos práticos.
Uma dica especial: é possível fazer envios de mercadorias de até 30 kg para um mesmo endereço pela própria empresa dos Correios. Para mais informações, consulte o guia Correios Exporta Fácil.
Feito o planejamento das suas vendas para o exterior, é hora de habilitar-se como exportador. Para operar no comércio internacional, as pessoas jurídicas devidamente regularizadas podem fazer a habilitação pelo Portal Único do Siscomex. Em caso de dúvidas, consulte o Manual de Habilitação da Receita Federal.
Microempreendedores individuais (MEI) e optantes do Simples Nacional não precisam fazer o cadastro no Siscomex, mas devem estar atentos a outros documentos. Veja:
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Muitas vezes, a chave para conseguir fazer boas vendas para o exterior está na divulgação do seu negócio.
Quem já trabalha com produtos e serviços digitais, por exemplo, não precisa se preocupar com questões logísticas de envio e entrega. Quem é MEI ou optante do Simples é dispensado do registro no Siscomex e tem outras facilidades. Mas todos, sem excessão, precisam encontrar boas formas de divulgar seus produtos e/ou serviços e de comunicar-se com o público-alvo.
Em tempos de redes sociais e de comunicação instantânea a nível global, isso pode não parecer uma grande preocupação. Mas é importante ficar atento aos hábitos digitais do(s) país(es) e do público específico que se queira atingir.
Criar anúncios online em plataformas como Google Adwords e Facebook Ads pode ser uma estratégia interessante em muitos casos. Mas há mercados específicos, como na China, em que algumas dessas plataformas são bloqueadas. Existem também outras redes sociais e serviços de chat que fazem mais sucesso em outros países.
Informe-se bem antes de criar sua estratégia de divulgação e acompanhe os resultados de seus anúncios digitais para adequá-los aos hábitos e gostos dos seus novos clientes.
Para exportadores de produtos, tentar inserir-se em marketplaces que fazem sucesso no(s) país(es) de destino também pode ser uma boa estratégia de entrada.
Para quem quer começar a prestar serviços para o exterior – sobretudo para autônomos –, outra forma de divulgação é cadastrar-se em plataformas como Upwork, Fiverr e Toptal.
Ter um site próprio ou páginas específicas do seu negócio em redes sociais, com conteúdo traduzido para o idioma do país importador, não deixam de ser táticas relevantes na comunicação.
O ideal é oferecer aos seus clientes variadas formas de pagamento: no cartão, no boleto, por transferências através de plataformas de intermediação, etc.
Muitas plataformas de e-commerce, inclusive, já possibilitam que o vendedor/exportador ofereça pagamentos por meio de cartões, PayPal ou transferência.
As mencionadas plataformas de freelancer (Upwork, Fiverr, Toptotal) também costumam integrar ferramentas de pagamento/recebimento, com modelo similar ao das plataformas de intermediação.
Em todo caso, é importante ter em mente a forma de pagamento mais usual no(s) país(es) para o(s) qual(is) se deseja exportar, e se for o caso, incluir ou focar nesse método de pagamento/recebimento.
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Como mencionamos no passo 3, para a correta prestação de contas, após a entrega do produto ou realização do serviço, o exportador deve entregar ao cliente internacional uma fatura comercial e, quando receber o pagamento, deve emitir também a nota fiscal brasileira, com os dados da fatura internacional para identificação da operação.
Vale dizer ainda que, no Brasil, os produtos e serviços exportados são isentos de:
A incidência de outros impostos, como o Imposto de Renda, pode variar conforme o regime tributário da empresa. No Lucro Real, o cálculo pode ser anual ou trimestral. No Lucro Presumido, varia de acordo com a estimativa da margem de lucro.
No caso de alguns produtos específicos – castanha de caju com casca, couro e peles de animais, cigarros contendo fumo, armas e munições – o exportador ainda deve arcar com o imposto de exportação.
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