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Como a alta da Selic impacta o agronegócio

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No dia 03 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros da economia brasileira para 13,75% ao ano. Você sabe o que isso tem a ver com o agronegócio nacional? Ou melhor, sabe como a alta da Selic impacta o agro brasileiro? Quer saber como o Plano Safra 22/23 influencia nessa situação? Acompanhe e confira:

O aumento da taxa básica de juros

A taxa básica de juros brasileira, a Selic – sigla proveniente do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – é um dos principais instrumentos financeiros utilizados para o controle da inflação em nosso país.

Com o aumento generalizado dos preços (influenciado pela pandemia de Covid-19, pelo conflito entre Rússia e Ucrânia e outros fatores), desde março do ano passado, o Copom vem anunciando aumentos contínuos da taxa Selic. Em agosto, após o 12º aumento consecutivo, essa taxa igualou-se ao patamar de 2016 (quando também chegou a 13,75% ao ano).

Como esse aumento da Selic impacta o agro? O esperado é que a resposta a essa pergunta fizesse referência direta ao encarecimento do crédito rural. Ou seja, com os juros em alta, financiar as atividades do agronegócio deveria ficar mais caro para o produtor. Porém, é exatamente neste ponto que entra o Plano Safra 22/23. Veja a seguir.

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Plano Safra 22/23

Além da inflação em alta e dos elevados custos de produção, durante a safra 2021/2022, muitos produtores brasileiros tiveram que enfrentar ainda condições climáticas desafiadoras, desde secas a geadas e excessos de chuvas. Para completar, parte dos recursos destinados ao Pronaf e ao Pronamp foram bloqueados por três meses, fazendo com que alguns produtores tivessem que buscar por soluções alternativas.

Reconhecendo todos esses desafios, o governo brasileiro decidiu lançar um Plano ainda mais robusto para o ano-safra 2022/2023. Serão disponibilizados, no total, R$ 340,88 bilhões – um aumento de 36% em relação ao valor total disponibilizado na safra anterior.

Além disso, para amenizar a forma como a Selic impacta o agronegócio, o Plano Safra 22/23 estabelece taxas de juros compatíveis com a atividade rural e em níveis favorecidos, comparativamente às taxas livres de mercado.

Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e, com juros livres, R$ 145,1 bilhões. O montante de recursos equalizados cresceu 31% chegando a R$ 115,8 bilhões.

Veja como fica a distribuição de recursos para cada caso e categoria no Plano Safra 22/23:

  • Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – R$ 53,6 bilhões, com juros de 5% a 6% ao ano.
  • Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) – R$ 43,7 bilhões, com juros de 8% ao ano.
  • Demais produtores e cooperativas – R$ 234,4 bilhões, com juros de 12% ao ano.

Serão:

  • R$ 246,28 bilhões para custeio e comercialização;
  • R$ 94,6 bilhões para investimentos.

Percebe-se, portanto, que o Plano Safra 22/23 buscou preservar elevações menores para os beneficiários do Pronaf e do Pronamp, garantindo financiamento adequado para esses públicos.

De todo modo, para conseguirem condições ainda mais vantajosas, os produtores rurais têm uma alternativa interessante: o cooperativismo. Saiba mais a seguir.

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Onde conseguir melhores condições

“Com crise ou sem crise, o cooperativismo está sempre presente, ao lado do produtor rural e de todos os seus cooperados, sejam pessoas físicas ou jurídicas, para dar apoio, impulsionar negócios e melhorar a qualidade de vida no campo ou nas cidades”, diz Rui Schneider da Silva, o presidente do Sicoob SC/RS, uma das centrais que integram o Sicoob – instituição financeira cooperativa presente em todos os estados do Brasil.

Vale esclarecer que o Sicoob é uma das instituições financeiras autorizadas a liberar recursos do Plano Safra 22/23. De fato, na última safra, o Sicoob liberou 32% mais recursos aos produtores rurais do que no ano anterior, consolidando-se como a 3ª maior instituição financeira apoiadora do agronegócio brasileiro. E em Santa Catarina, o Sicoob SC/RS já é o maior financiador privado dos produtores rurais.

É interessante comentar ainda que, além de serem grandes parceiras dos produtores na operacionalização do crédito rural, as cooperativas financeiras, como o Sicoob, oferecem ainda muitas outras vantagens, desde taxas menores até a participação nas decisões e nas sobras da instituição.

Não é por acaso que, segundo o gerente de agronegócios do Sicoob SC/RS, Rodinei Munaretto, apesar de todas as dificuldades da conjuntura nacional e internacional, a expectativa é a melhor possível.

“O Sicoob, como sempre fez, vai atender, com recursos próprios e do governo, desde a agricultura familiar até a empresarial. Nossas linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização vão garantir a flexibilidade necessária e contribuir com a competitividade da cadeia produtiva dos cooperados”, comenta Munaretto.

“O Sicoob tem a maior rede de cooperação do campo brasileiro, com recursos para modernizar, custear, proteger e expandir a produção do agronegócio. Nossos cooperados podem procurar as suas cooperativas para agilizar a documentação necessária para obter os recursos”, complementa o diretor de negócios da Central SC/RS, Olavo Lazzarotto.

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daniele

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