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Na mesa de muitos brasileiros, a carne é um alimento essencial. Mas já reparou que o preço do produto vem aumentando nos últimos meses? E segundo especialistas, por enquanto, o item deve continuar mais caro. Quer saber o que fazer para economizar? Entenda melhor:
O aumento do preço da carne – já sentido por supermercadistas, restaurantes e consumidores, nos últimos meses de 2019 – foi impulsionado, entre outros fatores, pelo aumento da demanda chinesa de carne (após a crise na suinocultura do país oriental), combinado com a alta do dólar (que motiva as exportações) e com o usual crescimento do consumo nacional devido ao período de festividades de final de ano.
“O fato é que, por enquanto, a carne vai continuar mais cara, O que o consumidor pode fazer, para fugir um pouco, é comprar menos, não para que o preço volte ao que era, mas para evitar novos aumentos que não são necessários”, opina André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor e analista de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Braz comenta ainda que as carnes (bovina, peixes, aves e suíno) representam um gasto de cerca de 3% da renda familiar do brasileiro. “Fazendo uma comparação, pesa tanto quanto uma conta de luz. Mas pode pesar mais”.
Para driblar o aumento, além da criatividade no cardápio, é bom ficar atento também a outras dicas. Confira a seguir.
Uma dieta saudável deve incluir a ingestão diária de proteínas. São recomendáveis 0,8 gramas para cada quilo. Portanto, uma pessoa de 70 kg, por exemplo, deveria consumir diariamente 56 gramas de proteínas.
A nutricionista Lara Natacci explica que as proteínas são importantes para o crescimento, para a reparação de tecidos e para a massa muscular. Esses macronutrientes ainda “fazem parte de algumas enzimas que usamos para a digestão, e os hormônios também são formados por proteínas”.
A questão é que as carnes, de maneira geral, são as principais fontes de proteína de origem animal, um tipo de proteína completa, que inclui todos os aminoácidos necessários ao organismo humano.
| Tipo de carne | Quantidade média de proteína em cada porção de 100 g |
| Carne bovina | 26,4 g |
| Carne de frango | 32,8 g |
| Carne de porco | 22,2 g |
| Peixes em geral | 19,2 g |
Para economizar, uma opção é substituir as preferências tradicionais por outras mais baratas. O músculo bovino, por exemplo, que é uma carne de segunda, quando cozido na panela de pressão fica macio como uma carne de panela, além de ser uma excelente fonte de colágeno.
Além disso, existem também outros alimentos ricos em proteína animal. Sem contar que grãos, sementes e castanhas são importantes fontes de proteína vegetal. Veja alguns exemplos:
| Alimento | Quantidade média de proteína em cada porção de 100 g | |
| Proteína de origem animal | Iogurte | 4,1 g |
| Leite | 3,3 g | |
| Ovo | 13 g | |
| Presunto | 25 g | |
| Queijos em geral | 26 g | |
| Queijo parmesão | 32 g | |
| Proteína de origem vegetal | Amendoim | 25,4 g |
| Ervilha | 8 g | |
| Feijão | 8 g | |
| Grão-de-bico | 19 g | |
| Lentilha | 9 g | |
| Nozes | 16,7 g | |
| Sementes de abóbora | 18 g | |
| Soja | 12 g |
Que tal variar o cardápio? Experimente outras receitas e combinações. Com um pouco de criatividade, dá para fazer refeições deliciosas e saudáveis, substituindo a carne por outros alimentos, sem deixar de incluir todas as proteínas necessárias na sua dieta.
Outra ótima dica de economia (e de sustentabilidade) que ajuda a driblar o aumento do preço da carne é aproveitar melhor os alimentos que você compra, aprendendo a conservar, reaquecer e reaproveitar sobras. Confira algumas sugestões:
Fazer uma lista de compras antes de ir ao supermercado também ajuda a economizar com o aumento da carne, já que você pode planejar-se antes, sabendo exatamente o que vai precisar e quanto pode gastar, sem a influência das prateleiras repletas de tentações.
Apesar de essa ser uma dica bastante conhecida, muita gente acaba deixando essa tarefa por conta da memória, o que, além de maiores gastos, eventualmente causa esquecimentos que, muitas vezes, acabam gerando ainda novas compras.
Quer uma dica? Para tornar mais prática a criação dessa lista de compras e contribuir com o seu bolso, você pode adotar um aplicativo no seu celular, como o Meu Carrinho (para Android) ou o IntelliList – Lista de Compras (para iOS).
Em apps desse tipo é possível criar listas de compras incluindo artigos já existentes ou adicionando novos (por escaneamento de códigos de barras), com soma automática dos produtos. Os apps também permitem guardar preços e comparar quanto você pode poupar em diferentes listas e supermercados.
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