Em dezembro do ano passado, a conta de luz dos brasileiros deu um salto. Depois de vários meses sem pagar nenhum custo adicional pelo consumo de energia elétrica, foi acionada a bandeira vermelha patamar 2, com um custo extra de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como um alerta para os consumidores sobre as condições e os custos de geração de energia elétrica no país, mês a mês.
Entenda:
Acionada quando os reservatórios das usinas hidrelétricas estão cheios e as condições para a geração de energia são favoráveis.
Acionada quando se reduz a previsão de chuvas no país e é preciso começar a ativar algumas usinas alternativas além das hidrelétricas (como as termoelétricas), encarecendo o valor da geração de energia.
Acionada quando o nível dos reservatórios começa a reduzir-se e é necessário ativar novas usinas termoelétricas, aumentando ainda mais o custo de geração.
Acionada quando o nível dos reservatórios está baixo e é preciso ativar ainda mais termoelétricas, resultando em custo máximo de geração.
Se você observar sua fatura de luz, vai perceber que, mensalmente, no campo “Descrição do faturamento” há um item que indica a bandeira em vigor, assim como o seu custo.
Isso porque, a bandeira verde é a única que não acarreta em gastos extras com o consumo de energia. As bandeiras amarela, vermelha 1 e vermelha 2 incorrem em gastos adicionais que variam entre R$ 1,34 e 6,25 para cada 100 kWh consumidos.
É por isso que, em dezembro – quando houve queda no nível dos reservatórios e a bandeira vermelha 2 teve que ser acionada – a conta de luz dos brasileiros acabou ficando muito mais cara.
Este ano, porém, tanto em janeiro quanto em fevereiro, a bandeira tarifária em vigor foi a amarela, com um custo adicional de R$ 1,34 para cada 100 kWh – o que não deixa de representar um gasto extra.
Assim, apesar da aparente redução do preço da conta de energia nestes primeiros dois meses do ano, se comparadas à conta de luz de dezembro, o sinal amarelo segue requerendo atenção por parte dos consumidores.
Afinal, como esclarece a própria Aneel, o papel das bandeiras tarifárias é ajudar os brasileiros a “entender quando é hora de economizar mais para pagar menos”.
Para te ajudar nessa missão, nós te explicamos a seguir algumas dicas de ouro para conseguir economizar energia elétrica sempre que possível e, assim, conseguir gastar menos, independentemente das condições do país. Veja só:
Você sabe quantos quilowatts-hora você consome, em média, a cada mês?
Sabe qual o mínimo de energia e o máximo que utilizou nos últimos meses?
Basta dar uma olhada na sua última conta de luz – no campo Histórico de Consumo – para descobrir. Passar a analisar essas informações com alguma frequência pode ser uma boa estratégia para ter melhor controle do seu consumo de energia e, consequentemente, dos seus gastos.
Aproveite também para analisar os seus hábitos de consumo, refletindo sobre questões como: nos meses em que você teve maior consumo de kWh, o que mudou na sua rotina que pode ter provocado esse aumento? Nos meses em que você teve menor consumo, o que você fez de diferente?
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O chuveiro elétrico é um equipamento que costuma ter alta potência e, por isso, representa uma grande porcentagem do consumo de energia.
Um chuveiro de 3.500 watts, por exemplo, incorre no gasto médio de R$ 0,04 por minuto. Parece pouco visto assim. Mas imagine uma família de 4 pessoas em que cada um toma 1 banho de 15 minutos a cada dia. Nesse caso, cada banho tem o custo de R$ 0,60. Cada pessoa gasta, portanto, R$ 18 por mês tomando banho. E os 4 familiares juntos vão gastar R$ 72. Isso sem contar as taxas da energia sobre esse valor.
Para economizar na conta de luz, há duas dicas primordiais. A primeira é alterar o interruptor do chuveiro para a posição verão, quando for possível. A segunda é realmente reduzir o tempo de banho.
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Deixar o ar-condicionado e/ou o aquecedor ligados sem necessidade gera um desperdício que pode pesar bastante no bolso.
Se estamos falando, por exemplo, de um ar-condicionado de 1.000 watts, o consumo por hora custa em média R$ 0,66. Supondo que você deixe o aparelho ligado por 8 horas seguidas, o custo seria, então, de R$ 5,28. Se você fizer isso durante todas as noites por um mês, o valor passa a R$ 158,40.
Para economizar na conta de luz, é importante estar atento a alguns detalhes:
Muitos aparelhos elétricos e eletrônicos atualmente possuem a função standby – perceptível por meio de uma luzinha vermelha (ou de outra cor) ou um relógio que permanecem acesos mesmo com o aparelho desligado.
Televisão, micro-ondas e algumas réguas de tomadas são exemplos de aparelhos que costumam contar com essa função.
A questão é que, para manter essa luz ou relógio acesos, existe certo gasto de energia elétrica – em média são R$ 0,08 por dia e por aparelho. Então, se você tem 5 aparelhos assim, já são R$ 0,40 por dia. Em um mês, esse custo é de R$ 12. Ainda parece pouco? Então, pense que, em um ano, você terá gastado R$ 144 para manter seus aparelhos em standby (ou seja, desligados, em função de espera).
Como economizar na conta de luz nesse caso? Simples: tire da tomada os aparelhos que possuem função standby quando não estiverem sendo utilizados.
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Sim, as lâmpadas de LED são bem mais caras do que as lâmpadas halógenas, fluorescentes e incandescentes. Porém:
Em relação ao consumo de energia, as lâmpadas de LED costumam ser 50% mais econômicas do que as fluorescentes e até 80% mais econômicas do que as incandescentes.
Além disso, enquanto as luzes de LED podem durar até 45.000 horas (mais de 10 anos), as fluorescentes chegam apenas até 8.000 horas (2,7 anos aproximadamente) e as incandescentes, até 1.200 horas (cerca de 5 meses).
Outro detalhe é que as incandescentes, além de terem sua comercialização proibida desde 2016, geram mais calor, podendo elevar o uso de ventiladores e ar-condicionado e, consequentemente, os gastos.
Enquanto isso, as lâmpadas halógenas além de ter eficiência apenas um pouco maior do que as incandescentes (e menor do que as fluorescentes e LEDs), também têm vida útil reduzida (até 5.000 horas) e assim como as incandescentes, dissipam calor.
As lâmpadas fluorescentes, por sua vez, possuem mercúrio e emitem raios ultravioleta, podendo trazer riscos ao meio ambiente e a sua saúde.
As lâmpadas de LED são, portanto, um ótimo investimento para quem quer economizar na conta de luz e ainda ter outros benefícios. Para a aquisição não pesar tanto no bolso, você ainda pode se planejar para ir trocando a iluminação de um ambiente por vez.
Para economizar na conta de luz – com ou sem a incidência da bandeira vermelha –, você também pode:
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