O ano de 2019 já começa movimentado, com a nova equipe presidencial sendo empossada e a promessa de várias medidas e reformas que devem influenciar o dia a dia dos brasileiros. Com a pressão em torno da Reforma da Previdência e da Reforma Tributária, por exemplo, é bom ficar atento para proteger o seu bolso.
Afinal, será criado um novo imposto? A carga tributária vai aumentar? O trabalhador terá que se aposentar mais tarde? A quem se aplica o sistema de capitalização da Previdência?
Para responder a essas e outras dúvidas, saiba mais, a seguir, sobre o cenário político-econômico brasileiro e descubra também como proteger suas finanças diante das possíveis mudanças que vêm por aí.
Com o aumento da expectativa de vida e a tendência de redução da população brasileira em idade ativa, a Reforma da Previdência começou a ser discutida já em 2016, no governo do ex-presidente Michel Temer.
Após dois anos de debates, levantamento realizado pela XP Investimentos no final de 2018 revelou que 78% do novo Congresso considera prioritária a votação de tal Reforma já no início deste novo governo, apesar da idade mínima sugerida ainda não ser um consenso.
Contudo, é bom observar que, além da proposta apresentada por Temer, há também outra versão da Reforma Previdenciária capitaneada pelos economistas Armínio Fraga e Paulo Tafner. Neste caso, trata-se de uma proposta mais ousada, que unifica gradualmente todo o sistema atual (INSS, servidores públicos, rural e professores) estabelecendo a idade mínima comum de 65 anos tanto para homens quanto para mulheres se aposentarem.
A PEC idealizada por Fraga e Tafner ainda prevê substituir o atual Benefício de Prestação Continuada (BPC) por uma renda mínima universal para pessoas acima de 65 anos. Porém diferente do BPC que corresponde a um salário mínimo, essa renda mínima seria correspondente a apenas 70% desse valor.
Além disso, a implantação do sistema de capitalização – em que o trabalhador paga parte de sua própria aposentadoria – é uma proposta que já está presente desde o plano de governo de Bolsonaro, mas só deve ser aplicada para os nascidos a partir de 2014.
Apesar das divergências ainda existentes entre os congressistas, o novo presidente já deu a entender que pretende, sim, dar celeridade à Reforma da Previdência, mas fazendo um pouco de cada vez, com reestruturações graduais ao longo de seu mandato.
Christopher Garman, um dos diretores da consultoria de risco político Eurasia Group, corrobora essa estratégia: “É mais fácil aprovar uma PEC mais enxuta e rápido durante a lua de mel e depois, de forma complementar, tentar aprovar outras medidas. Se fizerem uma proposta ambiciosa via PEC começando do zero, só será votada no segundo semestre e o risco de não ter sucesso é maior.”
Em dezembro de 2018, o atual ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni confirmou que o novo governo realizará as Reformas Previdenciária e do Sistema Tributário.
No caso desta última, o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, já declarou ser favorável à unificação de diversos impostos federais substituindo-os por um tributo único, de forma a simplificar todo o sistema.
Uma proposta que vai ao encontro desse objetivo foi apresentada pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), sugerindo a substituição gradativa (ao longo de 10 anos) de ICMS, PIS/Cofins, ISS e IPI por um só tributo, batizado de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) que seria cobrado sempre no destino de consumo (e não no estado de origem como o ICMS).
O diretor do CCiF, Bernardo Appy, defende que a proposta não só simplifica o sistema tributário brasileiro, como é capaz de estimular positivamente o ambiente de negócios e afirma que o projeto não altera a carga tributária nacional – nem para mais nem para menos.
Porém, como não prevê nenhum tipo de desoneração fiscal, o novo tributo poderia impactar os benefícios para quem mais necessita, já que, atualmente, não incide PIS/Cofins sobre os alimentos de cesta básica, por exemplo.
Em compensação, a proposta do CCiF recomenda que seja feita a devolução de impostos para essa população menos favorecida, por meio do cruzamento do sistema de nota fiscal com o cadastro único de programas sociais. Desafio que envolve outros sistemas, mais além do tributário.
É verdade que, até o momento, as expectativas em relação às Reformas da Previdência e do Sistema Tributário são baseadas apenas em propostas e previsões.
Mas se você quer proteger o seu orçamento, comece já a cuidar melhor das suas finanças para ter mais tranquilidade, independente das Reformas aprovadas.
Veja algumas dicas para isso:
Poupança/Reserva de Emergência
Se você não costuma poupar dinheiro, esse é um bom momento para pensar sobre isso. Organizar melhor suas contas e acompanhar com mais frequência os seus gastos são boas dicas para conseguir economizar e começar a poupar.
Afinal, ter uma reserva financeira para casos de emergência é uma garantia de tranquilidade, ainda mais em tempos de incertezas econômicas.
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Leia também: Um novo aplicativo para controlar suas finanças.
Previdência Privada
A despeito das dúvidas sobre a Reforma da Previdência, há grande possibilidade de que ela aconteça de fato e afete, principalmente, os novos e futuros contribuintes.
Diante disso, um bom plano é considerar a contratação de uma previdência privada, para garantir mais tranquilidade na aposentadoria, sem depender apenas do governo.
Os planos de previdência privada podem contar com juros compostos e, por isso, quanto maior o tempo de investimento, melhores podem ser os resultados, o que é ideal para os novos e futuros contribuintes.
Leia também: 5 razões para começar já sua Previdência Privada.
Investimentos
Para proteger seu dinheiro das instabilidades econômicas, não basta economizar e poupar, é preciso investir seus recursos, para garantir que, daqui a algum tempo, seu dinheiro não esteja valendo menos, devido à inflação, por exemplo.
E para fazer bons investimentos, a melhor dica é começar a informar-se e aprender sobre o assunto. Para isso, você pode baixar gratuitamente este e-book exclusivo com os primeiros passos para você aprender a fazer seu dinheiro render mais.
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