No Brasil e no mundo, a desigualdade é um fato, que se apresenta em diversos tons: há a desigualdade econômica, de gênero, étnica, regional, etc. O hiato na renda mundial, por exemplo, é maior a cada ano. E as consequências dessas disparidades são inúmeras, como nos mostram a recente crise migratória na Europa ou a própria retração da economia brasileira.
A desigualdade retarda o crescimento do PIB e faz decrescer vários outros índices, refreando as perspectivas e, consequentemente, o dinamismo econômico.
A desigualdade gera desemprego, degradação do capital humano, exclusão social, violência, crime e humilhação. E ainda impacta a participação democrática, causando conflito civil e fomentando a corrupção.
Influi negativamente sobre a educação, nivelando-a por baixo; criando, assim, um círculo vicioso de desigualdades, com disparidades de formação e empregatícias.
Desestimula a vida cívica e social e os processos de tomada de decisão coletiva. Dessa forma, agrava o problema da responsabilização de governos e fomenta os conflitos civis. Além de incentivar a corrupção.
Em comunicado feito no último dia 4 de julho, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon ressaltou:
De acordo com a ONU, ainda há esperanças. Em seu comunicado, o chefe das Nações Unidas aponta o modelo cooperativo como uma forma para vencermos a desigualdade, já que se trata de um tipo de negócio pautado pela inclusão e pela sustentabilidade. Ban acredita que o potencial de contribuição das cooperativas para o desenvolvimento sustentável é enorme.
O desenvolvimento sustentável pressupõe o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras.
Para alcança-lo, é preciso ter planejamento, reconhecer que os recursos naturais são finitos e repensar nosso atual modelo de produção, consumo, reutilização, reciclagem e descarte de produtos. É aí que entra o modelo cooperativista, incentivando novas práticas, mais colaborativas e sustentáveis.
O secretário-geral da ONU acredita que o modelo de cooperativa ajuda a ultrapassar o desafio da desigualdade, porque o sistema tenta manter os princípios da igualdade e da democracia participativa. E de fato, os princípios cooperativistas têm muito a ensinar:
Em uma cooperativa, não há clientes, mas associados. Todos participam da gestão e das decisões. É um modelo de inclusão econômica e social que expande o conceito de propriedade.
Independente de capital (cotas ou ações), o poder de voto, em uma cooperativa, é igual entre todos os associados. A gestão é democrática.
A adesão livre e voluntária é um dos princípios das cooperativas, abertas a pessoas de qualquer sexo, credo ou partido.
Cooperativas promovem a educação e formação de seus associados, representantes e trabalhadores. E informam a todo o público sobre as vantagens da cooperação.
As cooperativas retêm os recursos financeiros na sua área de atuação (cidade, comunidade). Assim, favorecem a democratização do crédito e a desconcentração de renda, promovendo uma verdadeira irrigação da economia local e beneficiando a comunidade.
Ban Ki-moon explicou ainda que muitas pesquisas mostram como as cooperativas ajudam a diminuir as diferenças salariais entre homens e mulheres e a promover a igualdade de gênero no ambiente de trabalho.
Todas essas declarações foram dadas pelo secretário geral no último dia 4 de julho, quando a ONU comemora o Dia Internacional das Cooperativas. Neste ano, o tema foi “Escolha Cooperativas, Escolha Igualdade“. O chefe das Nações Unidas ainda destacou que as cooperativas têm um ˜papel inestimável˜ para o alcance das metas do desenvolvimento sustentável.
Você já conhece o maior sistema cooperativo de crédito brasileiro, o Sicoob?
Descubra por que uma cooperativa financeira pode ser a melhor opção.
Aqui, falamos com bastante frequência sobre o cooperativismo. Mas você já parou para pensar o…
Desde que foi anunciado pelo Banco Central, o Drex — também conhecido como “Real Digital”…
Você já parou para pensar como será o seu futuro financeiro? A cada dia que…
Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo. Investir em dólar…
No Dia das Crianças, não precisa necessariamente ter um presentão novinho em folha. Mas é…
O desemprego estrutural é uma realidade que afeta a sociedade como um todo. Mas você…