Agronegócio e cooperativismo financeiro

Veja como as cooperativas financeiras ajudam a impulsionar o agro

Vantagens da Cooperação | 17 de maio de 2021
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Agronegócio e cooperativismo financeiro
Agronegócio e cooperativismo financeiro


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Quando o assunto é agronegócio, as cooperativas agropecuárias são algumas das primeiras a serem lembradas. Responsáveis por receber, armazenar, industrializar e/ou comercializar a produção dos cooperados, essas coops realmente merecem destaque. Só que, as cooperativas financeiras também são de extrema relevância para o setor. Quer saber por que agronegócio e cooperativismo financeiro têm tudo a ver?

Para começar, vale dizer que a primeira cooperativa financeira do Brasil, fundada no ano de 1902, no município de Nova Petrópolis (RS), era justamente uma cooperativa de crédito rural, a Caixa de Economia e Empréstimos Amstad, posteriormente batizada de Caixa Rural de Nova Petrópolis e, atualmente, Cooperativa de Crédito Rural de Nova Petrópolis.Quando o assunto é agronegócio, as cooperativas agropecuárias são algumas das primeiras a serem lembradas. Responsáveis por receber, armazenar, industrializar e/ou comercializar a produção dos cooperados, essas coop realmente merecem destaque. Só que, as cooperativas financeiras também são de extrema relevância para o setor. Quer saber por que agronegócio e cooperativismo financeiro têm tudo a ver?

Além disso, você sabia que, das pouco mais de 900 cooperativas financeiras existentes no país, 437 delas atuam no segmento rural? Para ter melhor noção, tomando o exemplo do Sicoob – uma instituição financeira cooperativa feita de valores –, entre suas 430 cooperativas, 80% operam com crédito rural.

Acompanhe e saiba mais sobre o tema:

Financiamento do agro brasileiro

“As cooperativas de crédito, somadas no país, são as instituições financeiras que mais liberam recursos para o BNDES e são líderes no financiamento para a agricultura familiar”, diz o conselheiro do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Rio Grande do Sul (Sescoop-RS), Márcio Port.

De fato, as cooperativas financeiras viram seus desembolsos de crédito rural dobrarem nas últimas seis safras. De acordo com dados do Banco Central (BC), o volume total de financiamentos liberados por cooperativas para o setor agropecuário passou de 9% em 2013/14 para mais de 17% em 2019.

No mesmo período, os bancos privados, por sua vez, registraram queda de 5,3%.

Segundo o economista Antônio da Luz, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), “as cooperativas de crédito são muito mais leves que os bancos tradicionais. Conseguiram furar o bloqueio de um grupo muito fechado de bancos e são, hoje, as que mais estão ganhando ‘share’ [participação] no crédito rural, crescendo a uma taxa de dois dígitos há um bom tempo”.

Enquanto isso, para os produtores rurais e outros profissionais do agronegócio, o crédito rural cooperativo, além de normalmente sair mais barato – já que as coop não têm fins lucrativos –, ainda agrega outras vantagens.

Afinal, para operar com uma cooperativa, o produtor precisa associar-se à instituição e, a partir daí, tem direito a participar das decisões da cooperativa e também a receber sobras, em caso de resultados positivos.

Sendo associado da cooperativa, o produtor ainda tem mais facilidade na aprovação do crédito, além de conseguir condições personalizadas e ter acesso a diversos outros produtos e serviços financeiros com mais vantagens, como seguros, consórcios, investimentos, etc.

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Pandemia, desafios e soluções

Entre os diversos setores econômicos brasileiros, os de atividades financeiras, imobiliárias e agropecuárias foram alguns dos menos afetados pela crise gerada pela pandemia de coronavírus.

No âmbito do agronegócio, a retração na demanda doméstica – devido ao isolamento social e ao fechamento de redes de serviço e alimentação – acabou sendo contrabalanceada pela alta do dólar, que impulsionou as exportações.

Não é por acaso que o PIB do agro, apesar do lento crescimento nos meses de abril e maio de 2020, voltou a recuperar-se desde o segundo semestre do ano.

Além disso, o Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), que teve redução significativa no primeiro trimestre de 2020, já voltou a subir no período seguinte e atingiu seu melhor resultado, desde o início da série histórica, no terceiro trimestre desse ano.

Esse otimismo foi, provavelmente, um dos principais influenciadores para o crescimento nas contratações de crédito rural, mesmo em um ano com tantas incertezas e entraves.

O diretor comercial e de canais do Sicoob, Francisco Reposse Junior, comenta, por exemplo, que, no período, a instituição ampliou em 34% suas liberações de crédito para os produtores rurais. Segundo ele, a maior surpresa veio das liberações voltadas a investimentos, que cresceram cerca de 80% em relação à safra anterior. 

A expectativa do Sicoob é atingir o total R$ 17 bilhões em crédito rural concedido até o fim da safra 2020/21.

O gerente de agronegócios do Sicoob, Raphael Santana, acrescenta:

“Tivemos uma intensificação no direcionamento de crédito para produção de aves e suínos, em sistema de integração, mas não deixamos de atender as atividades que tradicionalmente são apoiadas pelo Sicoob, como café, cana-de-açúcar, pecuária de leite e corte.”

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O que as cooperativas financeiras oferecem

BNDES Automático, Inovagro, Moderinfra, Moderfrota, Pronaf e Pronamp são apenas algumas das linhas de crédito oferecidas por cooperativas financeiras a produtores rurais.

Só que – além de oferecer crédito para custeio, investimento ou comercialização da produção agropecuária de maneira responsável – as coop financeiras também apresentam outros produtos e serviços específicos para o setor, como o Seguro Vida Empresarial - Agronegócio, disponibilizado pelo Sicoob.

Outra iniciativa da mesma instituição que merece destaque nesse sentido foi o primeiro Feirão de Agronegócios Virtual, realizado entre julho e agosto do ano passado, por meio do app Sicoob Moob – a comunidade virtual do Sicoob.

Com mais de 31 mil acessos, o evento virtual ajudou a dobrar – de 8 para 16 mil – o número de produtores cooperados registrados no app, alcançando um valor prospectado em propostas superior aos R$ 40 milhões.

“Foi uma ótima oportunidade para que os produtores cooperados realizassem negócios de forma prática e segura, em um ambiente virtual, contando com ótimas condições para seu desenvolvimento”, afirma Raphael Santana.

Além disso, para quem quer investir no agronegócio brasileiro, as cooperativas financeiras também oferecem aplicações financeiras bastante vantajosas, como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) – investimento de renda fixa não sujeito à incidência de IR nem de IOF. 

No Sicoob, as LCA já são algumas das principais fontes de recursos para a concessão do crédito rural cooperativo.

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