Já reparou como, atualmente, a palavra idoso perdeu um pouco o sentido? Hoje em dia, considerar algumas pessoas de 60 e poucos anos como idosas pode parecer uma grande bobagem. Muita gente que já passou da sexta década continua ativa, antenada e participando regularmente, inclusive, do mundo digital.
E muitas ideias mudaram também. Foi-se o tempo, por exemplo, em que a melhor forma de economizar era guardar o dinheiro debaixo do colchão. As opções de investimento atuais já vão muito além da poupança. E quem está na melhor idade também pode se beneficiar dessas alternativas mais vantajosas para garantir sua segurança financeira e o futuro de seus entes queridos. Veja só:
- Qual a melhor aplicação financeira para pessoas da melhor idade?
Se você já tem uma reserva financeira, guardá-la na poupança pode não ser a melhor opção, atualmente. No cenário de inflação crescente que o país apresenta, é mais aconselhável buscar opções com rendimentos maiores, que compensem a alta de preços.
Diante da alta de juros, uma boa dica para este ano é aplicar o dinheiro no Tesouro Direto, um tipo de aplicação em títulos do governo. Assim como a poupança, a aplicação no Tesouro é de perfil conservador, mas seu rendimento é superior, de 12 a 25% ao ano. Uma das modalidades mais seguras do mercado, aliás, é o Tesouro Selic.
Outra vantagem para a pessoa da melhor idade que decide aplicar suas reservas no Tesouro é a liquidez diária. Se houver alguma conta de emergência a ser liquidada ou algum problema, diariamente é possível resgatar o dinheiro aplicado, com os devidos rendimentos.
Uma boa alternativa também pode ser o RDC - Recibo de Depósito Cooperativo - exclusivo para associados da modalidade cooperativa (de instituições financeiras cooperativas), esse tipo de investimento, lastreado em papéis de renda fixa, também conta com liquidez diária (mas quanto maior o prazo de aplicação, menor a incidência de Imposto de Renda e IOF), além de ser de baixíssimo risco e ter rendimentos acima da poupança (cerca de 12% a.a.).
Quem investe em RDC ainda conta com uma vantagem que só uma cooperativa financeira pode proporcionar: a aplicação pode servir de base para a distribuição de sobras. Ou seja, quanto mais você investe no RDC, maior pode ser a sua participação nos resultados da cooperativa.
- Imóveis continuam sendo um investimento seguro?
Você tem patrimônio, mas não tem reserva financeira? Será que vale a pena continuar aplicando em imóveis?
Imóveis continuam sendo um investimento seguro e de baixa liquidez. Mas o rendimento de aluguel, hoje, está bem inferior ao rendimento do sistema financeiro. Para se ter uma ideia o rendimento de aluguel chega em média a 0,4% ao mês.
Entre 2005 e 2012, a taxa anual de valorização do imóvel corrigia um preço que estava muito depreciado antes desse período. Desde então, não há previsão de que o desempenho do aluguel seja complementado pela valorização imobiliária, a qual não tem mostrado muitas tendências de elevação no curto prazo. Ou seja, o retorno do investimento em imóveis não tem previsões de crescimento. E opções mais rentáveis, como mencionado acima, podem ser as aplicações em títulos do Tesouro Direto ou em RDC. Dependendo dos seus objetivos, vale a pena considerar essa alternativas.
Mas é claro que muitas pessoas mais experientes sentem-se mais seguras com o investimento imóvel, assim, paradinho mesmo, talvez pela própria dificuldade de dispor do dinheiro e de gastá-lo. Vale a pena avaliar sua situação específica. O dinheiro em si pode render mais em aplicações financeiras (que, assim como os imóveis, também podem ser deixadas de herança, por exemplo). Mas se você prevê que o investimento vai se diluir, pode ser melhor manter um lucro menor do que acabar com a reserva.
- Qual a melhor forma de investir no futuro dos filhos e netos?
Quem já chegou à melhor idade pode ter interesse em investir no futuro dos filhos ou na educação dos netos. Mas qual a melhor maneira de fazer isso?
Se você tem alguma reserva financeira, uma boa opção de investimento de longo prazo pode ser uma previdência privada. A aplicação conta com juros compostos, assim, pode render, ao final de determinado tempo, ainda mais do que foi aplicado. Essa pode ser uma boa alternativa para quem quer financiar os estudos dos netos, por exemplo, ou deixar para os filhos uma renda extra.
- O que fazer em caso de dívidas?
Ao longo da vida, o acúmulo de experiência nem sempre vem acompanhado do acúmulo de bens ou de dinheiro. Pesquisas revelam que tem aumentado o número de brasileiros com mais de 60 anos em situação de inadimplência. Se esse é o seu caso, é hora de se organizar.
Descubra o real tamanho do problema, tente renegociar com seus credores, reveja seu orçamento para saber onde pode cortar e economizar e, se necessário, busque alternativas de crédito de baixo custo, como o crédito consignado, disponível para aposentados e pensionistas. Neste caso, vale a pena conferir as menores taxas oferecidas por cooperativas financeiras. Saiba mais aqui Mas planeje-se bem para não se enrolar mais com as contas.
- DICA EXTRA: como auxiliar os mais idosos com as finanças?
Se você perceber uma dificuldade e quiser ajudar alguém mais idoso, não se coloque numa postura superior. Lembre-se que o idoso, inclusive, tem mais experiência que você em muita coisa. Não tente dizer o que ele pode ou não pode fazer. Mostre sua vontade de cooperar com o bem-estar do idoso, em iguais condições.
Cuide melhor do seu dinheiro. Conheça o maior sistema cooperativo de crédito do país, o Sicoob.