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Para alcançar o desenvolvimento, seja em que área for, a educação é um princípio fundamental. Quando falamos em desenvolvimento sustentável, então, a educação parece ser um fator ainda mais importante, tendo em vista que é necessário, antes de tudo, desenvolver um entendimento público e uma consciência maior em relação à sustentabilidade.
Vale observar que a educação não se restringe às escolas nem apenas às fases da infância e da juventude. A educação é um processo permanente, que ocorre ao longo da vida de todos nós e é influenciada pelos mais diversos aspectos do nosso dia a dia, desde as nossas próprias experiências a exemplos que temos de outras pessoas, incluindo também as nossas comunicações.
Por outro lado, quando falamos em desenvolvimento sustentável, não estamos nos referindo apenas ao cuidado com o meio ambiente. Conforme define a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento no Relatório Nosso Futuro Comum, o desenvolvimento sustentável é aquele que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”
Portanto, para que algo seja considerado sustentável, não basta que seja ecologicamente correto, também é preciso que seja economicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso.
Como seria, então, uma educação voltada para o desenvolvimento sustentável?
Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em sua Agenda 2030, consta a Educação de Qualidade (ODS 4), a qual inclui entre suas metas a promoção da Educação para o Desenvolvimento Sustentável e abordagens relacionadas, como a educação inclusiva, a educação para a cidadania global, os direitos humanos, a igualdade de gênero, entre outros.
De acordo com a UNESCO, “A educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) contribui para mudar a forma como as pessoas pensam e agem para um futuro sustentável. A EDS significa incluir questões-chave sobre o desenvolvimento sustentável no ensino e na aprendizagem.”
A agência da ONU ainda destaca que a Educação para o Desenvolvimento Sustentável visa despertar uma nova consciência nos indivíduos, ajudando-os a entenderem melhor o mundo em que vivem – incluindo questões que ameaçam nosso futuro, como a pobreza, o consumo predatório, a degradação ambiental, a saúde, a deterioração urbana, os conflitos e a violação de direitos humanos – e tornando cada pessoa um ator responsável por resolver esses desafios, com respeito à diversidade cultural, contribuindo para a criação de um mundo mais sustentável.
Ou seja, a ideia é estimular mudanças de comportamento, por meio da educação, visando a um futuro mais sustentável em termos de integridade ambiental, de viabilidade econômica e de uma sociedade justa para as gerações presentes e futuras. Mas como fazer isso?
Para tornar a Educação para o Desenvolvimento Sustentável uma realidade em todo o mundo, a UNESCO atua na capacitação de educadores e na mobilização de jovens, além de incentivar os debates sobre o assunto em reuniões e eventos internacionais.
Um bom exemplo das iniciativa da UNESCO é o curso online para professores secundários Mudança Climática em sala de aula.
No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (documento que determinas as áreas de aprendizagem essenciais na educação básica) orienta a abordagem da sustentabilidade de maneira transversal, ou seja, recomenda que as escolas tratem do desenvolvimento sustentável nas mais diversas matérias e momentos.
De acordo com Felipe Felisbino, coordenador-geral do MEC, “a BNCC trata do tema de forma integradora em cada área do conhecimento por meio de temáticas de relevância social: sustentabilidade e meio ambiente, aspectos nutricionais, respeito ao envelhecimento, direitos humanos, sexualidade…”
Mas não cabe só aos jovens o aprendizado para criar um mundo mais sustentável. Nesse sentido, destaca-se também o papel das corporações e empresas, pois, quando essas organizações adotam atitudes e processos mais sustentáveis, além de demonstrar sua consciência socioambiental (com ganhos para a imagem institucional), ainda podem estar sendo educativas ao inspirar atitudes semelhantes em seus colaboradores, parceiros e clientes.
É bom lembrar também que, individualmente, nosso papel na Educação para o Desenvolvimento Sustentável não é menos importante. Afinal, estamos sempre aprendendo uns com os outros. Então, por que não dar o exemplo?
Não é só para os nossos filhos que nós somos exemplos com nossas atitudes. O tempo inteiro nós podemos inspirar as pessoas ao nosso redor. É como se fôssemos sempre professores e alunos uns dos outros. E esse talvez seja o tipo de educação mais durável em nossas vidas. Por isso, é tão importante o papel de cada pessoa em uma educação voltada para o desenvolvimento sustentável.
É importante, por exemplo, que todos cobrem dos políticos ações de incentivo à Educação para o Desenvolvimento Sustentável. E que os pais e responsáveis cobrem das escolas a inclusão de temas de sustentabilidade no dia a dia das crianças e adolescentes, como proposto pela BNCC.
Mas também é fundamental que cada pessoa comece a observar melhor seus próprios hábitos e repense suas atitudes, visando adotar em seu próprio dia a dia práticas mais conscientes. Quer alguns exemplos de atitudes individuais mais sustentáveis?
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