Para fazer o seu dinheiro render e começar a trabalhar para você, investir é a estratégia ideal. E a hora certa para começar a fazer isso é agora mesmo. É claro que o cenário econômico brasileiro atual - com desemprego crescente, recessão e perda do poder de consumo - pode assustar muita gente. Mas sabendo entender esses fatores e até mesmo aproveitando-se deles, é possível criar boas oportunidades de investimento e até garantir uma renda extra. Quer saber como fazer isso? Descubra como funcionam algumas modalidades de investimento e analise qual a mais indicada para o seu caso.
1 - O que quer dizer aplicação em renda fixa?
O termo renda fixa refere-se a qualquer tipo de investimento que possua uma remuneração paga em intervalos e condições pré-estabelecidas.
Os títulos de renda fixa podem ser classificados como pré-fixados (cujo rendimento está atrelado a um valor previamente conhecido) ou pós-fixados (que, em essência tem renda variável, mas estão associados a indicadores do mercado que sofrem menores oscilações), sendo emitidos por entidades públicas ou privadas.
A fim de aumentar a atratividade dos títulos, é comum que as instituições emissoras garantam sua liquidez, permitindo que o valor investido seja resgatado antes da data de vencimento sob condições diferenciadas, com uma rentabilidade menor, por exemplo.
Por não estarem tão sujeitas às oscilações do mercado e devido a suas garantias de rentabilidade, essas aplicações podem ser consideradas menos arriscadas e, por isso, mais adequadas a quem tem um perfil de investimento mais conservador. Além disso, diante do cenário econômico previsto para 2016, especialistas afirmam que a renda fixa continuará sendo uma das melhores opções de investimentos financeiros disponíveis.
Alguns dos exemplos mais comuns de aplicações em renda fixa são: a poupança, as letras de crédito, os CDBs e o Tesouro Direto. Quer saber qual a melhor opção para você? Continue lendo.
2 - O que são letras de crédito?
As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) são títulos de renda fixa, em que os recursos captados são destinados a um dos mencionados setores (imobiliário ou agronegócio).
Por serem isentos da cobrança de Imposto de Renda (para pessoas físicas) e por serem protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em até R$ 250 mil, esses tipos de investimentos tem se mostrado bastante atrativos. Além disso, têm baixo risco e são alguns dos mais rentáveis investimentos de renda fixa.
Em geral, as LCIs e LCAs são recomendadas para médios e grandes investidores, pois costumam exigir um valor mínimo inicial de investimento de, pelo menos, R$ 20 mil, a variar pela instituição financeira. Também possuem baixa liquidez, sendo indicadas para aplicações de maior prazo, sem previsões de resgate de emergência.
3 - O que são CDBs, RDBs e RDCs?
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa, semelhante às letras de crédito, mas neste caso os recursos são emprestados ao próprio banco e, em troca, você recebe o pagamento de juros.
Além dos CDBs, os bancos também emitem os RDBs (Recibos de Depósitos Bancários), que têm as mesmas características do primeiro, mas não admitem negociações antes de seu vencimento (excepcionalmente, poderá ser rescindido contrato com concordância da instituição).
Em ambos os casos, a taxa paga pode ser pré-fixada ou pós-fixada, com prazos que costumam variar entre 30 e 720 dias. Os riscos são baixos e o investimento é garantido pelo FGC em até 250 mil. A liquidez costuma ser diária, mas quanto maior o prazo de aplicação, menor a incidência de Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Outra opção interessante com essas mesmas características são os RDCs (Recibos de Depósitos Cooperativos). Exclusivo para associados de cooperativas financeiras, esse tipo de investimento ainda conta com uma vantagem que só uma cooperativa pode proporcionar: pode servir de base para a distribuição de sobras. Ou seja, quanto mais você aplica no RDC, maior pode ser a sua participação nos resultados da cooperativa. Saiba mais aqui ou nesse link.
4 - O que é e como funciona o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa que dá acesso ao investimento em títulos públicos, possibilitando sua compra por pessoas físicas pela Internet (anteriormente isso só era possível adquirindo cotas de fundos de investimento).
Além de ser uma forma alternativa e democrática de aplicação dos seus recursos, sem a necessidade de intermediação de agente financeiro nas negociações, essa opção de investimento oferece boa rentabilidade (podendo ser pré-fixado, atrelado a taxa SELIC, ao IGP-M ou ao IPCA), tem baixas taxas administrativas, possibilidades de diversificação de investimentos e liquidez garantida pelo Tesouro Nacional.
É bastante recomendado para pequenos investidores, tendo em vista que, com R$ 100,00 já é possível começar a aplicar no Tesouro e sair em grande vantagem frente à poupança. E o programa ainda permite um bom gerenciamento da aplicação diretamente pelo investidor, que pode consultar extratos e saldos a qualquer tempo no site. Desde 2009, o Tesouro Direto também conta com um simulador para auxiliar o usuário na escolha da melhor aplicação de acordo com seus objetivos.
5 - Como funcionam os fundos de investimento?
Formado por um grupo de cotistas, o fundo de investimento é uma opção que conta com um gestor, responsável por escolher em qual título aplicar o montante do grupo ou como distribuir essas aplicações entre vários títulos. Ou seja, é possível investir tendo uma orientação especializada em troca, é claro, de uma taxa administrativa.
Há quatro categorias de fundos de renda fixa mais populares (pré-fixados, crédito, multi-índices e alavancados), além de fundos referenciados DI (alternativa mais conservadora, indicada para cenários de altas nos juros).
6 - Por que investir em Previdência Privada?
Previdência Privada é um tipo de investimento de longo prazo (aliás, quanto maior for o prazo de aplicação, mais interessante se torna esse tipo de investimento) que todo brasileiro deveria fazer.
Entre os planos mais comuns, o PBGL - Plano Gerador de Benefício Livre - é dedutível em até 12% da base tributável do IR, enquanto o VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre - não é dedutível do Imposto de Renda. Existem ainda os planos de previdência fechada, também chamados fundos de pensão, exclusivos de algumas classes e associações específicas. Diferente dos planos de previdência aberta que visam lucro, os planos de previdência fechada podem oferecer taxas mais competitivas, além de terem o mesmo benefício tributário dos planos PGBL.
Em todo caso, em uma Previdência Privada, quanto mais cedo você começar a investir, menos precisa pagar por mês para acumular o que deseja. E esse é só um dos motivos para você começar já a sua. Outras boas razões para fazer esse tipo de investimento são:
- para não depender apenas da Previdência Social (garantindo mais segurança);
- para manter na aposentadoria o padrão de vida que tinha quando trabalhava;
- para realizar seus sonhos;
- para cuidar de você e da sua família. Neste caso, é bom saber também que alguns planos de previdência privada contam com coberturas por morte ou invalidez. Assim, além de garantir sua renda futura, você e sua família ficam mais tranquilos para aproveitar a vida. Saiba mais aqui: www.sicoobsc.com.br/para-voce-previdencia.
Para complementar, o especialista Rafael Pavan, sócio da RP Capital, ainda frisa: "Por um problema conjuntural da nossa economia, o momento em 2016 é bom para investidores com visão previdenciária".
7 - Consórcios são bons negócios?
O consórcio é uma modalidade de compra baseada na união de pessoas que formam um fundo para a aquisição de bens ou serviços. Com o montante das parcelas do grupo, ao menos uma pessoa será contemplada mensalmente (ou em outra periodicidade informada no contrato) através de sorteio.
Como forma de investimento, um consórcio pode ser uma opção interessante para quem quer investir em um bem específico (em um imóvel, por exemplo) e não tem pressa no recebimento. Além disso, diferente de outras opções de financiamento, em um consórcio não é cobrada taxa de juros, apenas uma taxa administrativa, tornando o investimento mais atraente.
8 - Quando a poupança pode valer a pena?
A poupança é um das modalidades mais seguras e conservadoras entre os investimentos de renda fixa. Apesar de seu rendimento ser, via de regra, baixo se comparado aos demais, esse tipo de aplicação não deve ser desprezada.
Se você ainda não tem o hábito de investir seu dinheiro, por exemplo, manter uma poupança pode ser a forma mais indicada de começar. Afinal, antes de pensar em entrar no mercado financeiro, é preciso começar a poupar dinheiro, fazer uma boa reserva financeira de emergências e, só então, passar a fazer seu dinheiro trabalhar para você, diversificando suas opções de investimentos. Se esse é o seu caso, comece criando o hábito de poupar no mínimo 10% do que você ganha todo mês. Não espere sobrar. Refaça suas contas e comece a cuidar melhor do seu orçamento, pensando em seu futuro.
9 - Empresas também precisam investir?
Investir é uma forma de fazer seu dinheiro render mais. E isso também vale para o capital corporativo. Neste caso, uma boa gestão financeira é fundamental para indicar as porcentagens ideais de reserva e de investimento e as melhores modalidades de aplicação. De qualquer forma, poupança e consórcios são algumas das opções mais básicas oferecidas para empresas, estando disponíveis no mercado também investimentos corporativos de maior rentabilidade, como letras de crédito, CDBs, RDCs, entre outros.
10 - Por que investir em uma cooperativa pode ser mais rentável que em um banco comum?
Cooperativas de crédito (também chamadas de cooperativas financeiras) são instituições que oferecem os mesmos produtos e serviços de um banco comum, mas não visam lucro, já que seu objetivo é administrar melhor e com mais vantagens o dinheiro de seus associados (não há acionistas ou clientes).
Por isso, cooperativas chegam a ter taxas até 20% menores que os bancos comuns e podem oferecer retornos maiores para os mais variados tipos de investimentos. Além disso, em uma cooperativa, resultados positivos podem dar origem a sobras, redistribuídas aos cooperados conforme a participação de cada um. Logo, quanto maiores seus investimentos por meio de uma cooperativa, maiores também as sobras que você pode receber. E os investimentos nessas instituições ainda contam com fundo garantidor próprio, o FGCoop, que proporciona segurança em até R$ 250 mil por CPF/CNPJ. Vale a pena conhecer melhor essa opção.