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Em abril deste ano, o endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade ainda revelou que as dívidas mais comuns são relativas ao cartão de crédito, aos carnês de lojas e ao financiamento automotivo. Se você também está nessa situação, confira como é possível renegociar dívidas e limpar seu nome:
1 – Quais são as suas dívidas?
O primeiro passo para renegociar dívidas é saber exatamente quais são as suas dívidas. Porém, não basta saber somente que tipo de débitos você precisa quitar. É preciso saber realmente qual é o tamanho do problema.
Consultar seu CPF em entidades como o Serasa e o SPC pode ajudar você a descobrir para quem está devendo e quanto precisa pagar.
Mas não pare por aí. Em vez de apenas observar essas informações, o ideal é anotá-las. Fazer uma lista detalhando que tipos de dívidas você tem, qual o valor de cada uma e em quantas parcelas está previsto o pagamento é uma boa forma de começar a se organizar para conseguir fazer uma renegociação que se adeque ao seu bolso.
2 – De olhos nos prazos
Outro ponto importante dessa organização financeira inicial para quem quer renegociar dívidas é ficar atento aos prazos e às taxas de juros cobradas em caso de atrasos no pagamento.
Pagar as dívidas com altas taxas de juros deve ser considerado uma prioridade, para evitar que o valor devido no momento aumente ainda mais.
Você tem dívidas que têm bens como garantia? Tem débitos que já estão para vencer ou que têm vários prazos de pagamento (por parcelas)?
Adicione todos esses detalhes na lista de dívidas que você começou a criar no passo anterior e tente enumerá-las por ordem de prioridade.
3 – Quanto você tem para quitar suas dívidas?
Além de organizar as informações sobre as suas pendências financeiras, também é importante organizar seu orçamento. Só assim você pode saber exatamente o quanto pode destinar a cada mês para saldar os débitos que possui.
- Quanto você recebe a cada mês?
- Qual é o custo dos seus gastos essenciais (como aluguel, água, luz, alimentação, mensalidade escolar, etc.)?
- Quanto você gasta por mês com outras despesas (como assinaturas, lazer, refeições fora de casa, etc.)?
Registrar todas essas informações (seja em um caderno, em uma planilha ou em um app de controle financeiro) é uma boa forma de saber quanto sobra (ou falta) por mês para pagar suas dívidas.
Além disso, visualizando todos os seus ganhos e gastos, você ainda consegue ter melhor noção de pontos em que poderia economizar, o que também pode te ajudar a sair do vermelho e limpar seu nome.
4 – É hora de se planejar
Se você seguiu todos os passos que recomendamos até aqui, organizou as informações sobre suas dívidas e organizou também o seu orçamento, agora, você já tem suficientes informações para planejar-se para renegociar dívidas.
Confira algumas dicas para realizar esse planejamento:
- Verifique em seu orçamento em que pontos é possível economizar. Economizar água e luz, planejar melhor as compras no supermercado e cortar alguns gastos supérfluos são algumas formas de reduzir seus gastos;
- Evite fazer novas dívidas. Fuja dos parcelamentos. Evite compras que não são indispensáveis. E pesquise bem os preços antes de adquirir algo;
- Considere a possibilidade de fazer uma renda extra. Você tem algo que possa vender? Tem tempo para realizar uma atividade alternativa?
- Considere utilizar o saque extraordinário do FGTS para saldar algumas contas;
- Considere a possibilidade de trocar uma dívida com altos juros por outra com juros menores. Se você tem acesso ao crédito consignado, por exemplo, pode considerar solicitar esse tipo de empréstimo (que tem juros baixos) para pagar uma dívida que cobre juros altos.
Além de considerar possibilidades como essas, para renegociar dívidas com sucesso, é importante já ter uma proposta alternativa de pagamento para apresentar aos seus credores.
Você pode, por exemplo, tentar conseguir um prazo maior para quitar seus débitos. Ou pode oferecer-se para quitá-los à vista, mediante um desconto do valor total. Tudo vai depender da sua situação financeira e das condições que mais se adequem ao seu bolso.
Em todo caso, é bom saber que, se após verificar tudo isso, você perceber que não tem condições de garantir o pagamento das suas dívidas sem comprometer sua renda mínima (a que utiliza para gastos essenciais), você também tem a opção de considerar a nova Lei do Superendividamento.
5 – Agora sim, é hora de renegociar
Com uma proposta alternativa de pagamento em mãos, é hora de procurar seus credores para efetivamente renegociar dívidas.
Não se intimide. Procure o(s) banco(s), a(s) loja(s) e outras instituições com as quais você possui débitos, explique que você está disposto a pagar suas dívidas e apresente sua proposta, esclarecendo que é mais provável que o pagamento ocorra se for dessa forma.
Você também pode aproveitar feirões e mutirões de renegociação de dívidas, como o que o Serasa realizou em março deste ano. Nessas ocasiões costumam ser oferecidas condições ainda melhores do que no caso de renegociações individuais. Informe-se sobre a ocorrência de eventos do tipo.
Em todo caso, você também pode acessar diretamente a ferramenta online Serasa Limpa Nome. para verificar as ofertas de renegociação de dívidas oferecidas a você por essa entidade. Se encontrar uma proposta que se adeque ao seu orçamento, basta escolher essa opção e a data de vencimento do seu boleto.