2022 com saúde e economia: plano de saúde ou reserva?

O que é melhor: ter um convênio ou guardar dinheiro para casos de emergência?

Guia de Bolso | 01 de fevereiro de 2022
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Confira alguns pontos que podem te ajudar a refletir sobre essa questão e algumas dicas essenciais
Confira alguns pontos que podem te ajudar a refletir sobre essa questão e algumas dicas essenciais


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É melhor ter um plano de saúde ou fazer uma reserva de emergência com esse fim? Se essa já era uma dúvida comum entre muitos brasileiros, a pandemia de coronavírus enfatizou ainda mais essa questão.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Voxpopuli/IESS no ano passado, 85% dos habitantes do país consideram importante ter um convênio – item que aparece entre os quatro mais desejados pelos brasileiros (junto à casa própria, à educação e ao carro próprio).

Só que nem sempre é fácil arcar com um plano do tipo. Aliás, a pesquisa do Voxpopuli também revela que o preço das mensalidades e a condição financeira pessoal/familiar foram os principais motivos para 41,4% dos entrevistados que abriram mão de seus planos de saúde.

Existem também muitas pessoas que – por usar poucas vezes os serviços oferecidos pelo plano – acabam tendo a sensação de que estão desperdiçando recursos. Não seria melhor, nesse caso, juntar o dinheiro pago todo mês em uma reserva, para utilizá-la em caso de emergência?

A resposta a essa questão, certamente, é muito particular e pode variar segundo a sua condição de saúde, a sua condição financeira e suas necessidades. De todo modo, exploramos a seguir alguns pontos que podem te ajudar a refletir melhor sobre esse tema. Acompanhe:

Comparando custos

Contratar um plano de saúde, em geral, não é barato. Mas você já parou para pensar quanto teria que pagar de forma particular pelos serviços incluídos em um plano?

Quanto você gastaria para realizar exames de rotina? Quanto teria que pagar se precisasse fazer uma consulta ou algum exame de urgência? E se viesse a necessitar de uma cirurgia ou uma internação?

Os valores cobrados por procedimentos médicos e hospitalares envolvem diversas variantes. Mas é bom saber que algumas cirurgias, por exemplo, podem chegar a custar entre R$ 5 mil e R$ 100 mil.

Agora, cabe avaliar: quanto dinheiro você costuma juntar por mês? Quanto precisaria juntar mensalmente para, caso necessário, arcar com custos como esses?

Aliás, vamos falar mais sobre isso:

Você guarda dinheiro?

Você tem o hábito de economizar, poupar e investir seu dinheiro? Conseguiria comprometer-se a poupar/investir mensalmente um valor igual ou superior ao que pagaria por um plano de saúde?

Certamente, essas são perguntas-chave para quem tem dúvidas sobre as vantagens de contratar um convênio ou fazer uma reserva financeira com essa finalidade.

Nesse contexto, vale reforçar que investir o dinheiro que você tem poupado é uma excelente maneira de fazê-lo render mais, colaborando para alcançar seus objetivos. De todo modo, também é importante lembrar que, em casos de retiradas urgentes, pode haver cobrança de impostos e/ou multas em algumas aplicações, reduzindo a remuneração total pelo investimento.

Ou seja, constituir uma reserva para cuidar da sua saúde pode, sim, ser uma alternativa viável, mas é necessário ter disciplina e um bom planejamento, além de ser favorável ter algum conhecimento do mercado financeiro e certa experiência no mundo dos investimentos.

Por outro lado, é válido dizer também que as duas opções apresentadas até aqui (plano de saúde ou reserva de emergência) não são excludentes entre elas. Pelo contrário. Podem até ser complementares. Veja a seguir.

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Uma coisa não exclui a outra

Contratar um plano de saúde não diminui a necessidade de constituir uma reserva financeira de emergência. Afinal, ninguém está livre de imprevistos e esses incidentes não se limitam apenas a questões de saúde.

Similarmente, constituir uma reserva de emergência não significa que um convênio deixa de ser útil, já que a reserva pode ser destinada para outros tipos de imprevistos que possam vir a ocorrer (perda de emprego, acidentes, etc.).

A pandemia de coronavírus reforçou ainda mais a valia de contar com esses tipos de planos de segurança.

Em outras palavras, enquanto o plano de saúde garante sua tranquilidade (principalmente em casos graves e urgentes), a reserva de emergência garante sua saúde financeira em casos imprevistos. Por isso, sempre que viável, o ideal é optar por manter ambas as alternativas.

Analise suas possibilidades

O Serviço Único de Saúde (SUS) apresenta condições variáveis entre os diversos estados e municípios brasileiros. Em alguns lugares, contar com as unidades de saúde públicas (principalmente para consultas de rotina, procedimentos e exames de baixa complexidade) pode ser uma alternativa viável para reduzir a dependência de um plano de saúde.

Mas as condições do serviço público podem ser piores em outros lugares. E há também pessoas que precisam de uma atenção mais frequente e/ou de procedimentos e exames mais complexos, que podem ser difíceis de conseguir na rede pública.

A questão, muitas vezes, está em analisar bem quais são as suas necessidades e que opções você tem para cuidar melhor da sua saúde e do seu bolso.

Nesse sentido, uma dica interessante é verificar previamente que tipos de serviços de um convênio são indispensáveis para você e quais você poderia excluir ou reduzir.

Você tem alguma condição médica que exige acompanhamento? Tem histórico de alguma doença específica na família? Precisa incluir dependentes no seu plano? Precisa de cobertura em outros estados ou no exterior ou poderia reduzir a área de abrangência do seu plano? Tem preferência por internação em quarto particular ou poderia ficar na enfermaria?

Outra possibilidade a avaliar para tentar reduzir a dependência do plano é considerar contar com outras garantias financeiras, como é o caso de um Seguro de Vida Mulher, que além de oferecer coberturas em caso de falecimento ou invalidez permanente ou temporária também costuma oferecer garantias em caso de doenças graves inesperadas.

Também é válido considerar a possibilidade de contratar planos com coparticipação, em que você paga uma mensalidade reduzida e, caso tenha que realizar algum procedimento, paga posteriormente apenas uma parte limitada do valor do serviço.

Além disso, antes de decidir por um convênio específico, é fundamental pesquisar bem. Para tanto, você pode consultar o Guia de Planos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que compara preços e serviços de diversos planos de saúde.

Prevenção é fundamental

Seja qual for a sua escolha, sua condição de saúde ou financeira, a prevenção é sempre fundamental.

No caso da saúde física e mental, é importante cuidar da alimentação, dormir bem, fazer exercícios físicos de forma regular, manter em dia as vacinas, as consultas e exames de rotina, evitar a automedicação, entre outros cuidados.

Ainda assim, não deixa de ser útil contar com um plano de saúde, para garantir mais tranquilidade frente a qualquer emergência.

Similarmente, no caso da saúde financeira, é fundamental ter suas contas organizadas, analisá-las de forma regular, planejar-se financeiramente, economizar, poupar e investir seu dinheiro. De toda forma, construir e manter uma reserva de emergência não deixa de ser relevante para ter mais tranquilidade diante de qualquer imprevisto.

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