Você já parou para pensar no seu futuro? O que pretende fazer quando se aposentar? Sonha em viajar o mundo? Fazer tudo que você nunca tem tempo para fazer? Ou pretende ficar só curtindo a família com tranquilidade?
Sejam quais forem os seus planos, é preciso garantir, entre outras coisas, que você vai ter saúde financeira para chegar até lá. E para isso, não dá para confiar apenas na Previdência Social.
Planejar-se ainda é a melhor forma de garantir mais segurança e tranquilidade no futuro. Investir numa previdência privada, por exemplo, pode ser uma boa opção para quem quer aproveitar a vida mais sossegado na melhor idade.
Então, tire suas dúvidas, descubra o que é e como funciona a Previdência Privada e saiba como escolher o melhor plano para você:
- O que é Previdência Privada?
É um investimento de longo prazo. Aliás, quanto maior for o prazo de aplicação, mais interessante se torna esse tipo de investimento, cujo objetivo é garantir sua renda mensal durante sua aposentadoria. Pode ser visto tanto como uma renda complementar à Previdência Social quanto como uma alternativa para quem não possui vínculo empregatício.
- Como funciona esse tipo de investimento?
A Previdência Privada funciona basicamente em duas fases, uma de acúmulo - quando você investe seu dinheiro e se capitaliza - e outra fase de renda - futuramente, quando ocorre o recebimento dos valores investidos.
- O que é PBGL? E VGBL?
São dois tipos de planos de Previdência Privada. O primeiro é o Plano Gerador de Benefício Livre e é dedutível em até 12% da base tributável do IR. Corresponde a 15% do total investido no setor no Brasil. O segundo, preferido dos brasileiros, é o Vida Gerador de Benefício Livre, não dedutível do imposto de renda. Representa 67% do montante total investido.
- Há outras opções de planos? O que é previdência fechada?
Os planos de previdência aberta são esses comercializados para todos por bancos e seguradoras (PGBL e VGBL). Os planos de previdência fechada, também chamados fundos de pensão, são exclusivos de algumas classes e associações específicas, como é o caso do Sicoob Previ - plano oferecido aos associados do maior sistema cooperativo de crédito do país. Diferente dos planos de previdência aberta que visam lucro, os planos de previdência fechada podem oferecer taxas mais competitivas. Saiba mais aqui.
- Como é tributado esse tipo de investimento?
Seja qual for o plano escolhido, é necessário definir o regime de tributação que incidirá sobre o investimento. Há duas opções: Pela tabela progressiva, a tributação é fixa, de 15% na fonte. Pela tabela regressiva, depende do tempo de aplicação: até 2 anos, há 35% de tributação; de 2 a 4 anos, 30%; de 4 a 6 anos, 25%; de 6 a 8 anos, 20%; de 8 a 10 anos, 15%; e para aplicações com mais de 10 anos, a tributação passa a ser de 10%.
- Quais são as taxas cobradas?
Apesar das porcentagens parecerem inexpressivas, as taxas são as vilãs desse tipo de investimento, já que o efeito é calculado em longo prazo. Por isso, é preciso ficar atento. Há três tipos principais de taxas: taxa de carregamento sobre as contribuições realizadas - de 0 a 3%; taxa de administração (custo de gestão) - de 1,5 a 3%; e taxa de saída - no caso de resgate antecipado da aplicação. A maioria das instituições executa essa cobrança apenas nos primeiros anos. Outras impõem prazos de carência para resgates e transferências externas parciais ou totais.
- Quais as possíveis formas de recebimento do benefício no futuro?
Você pode optar pela renda temporária, pela renda vitalícia ou pela renda vitalícia reversível ao beneficiário. No primeiro caso, como o próprio nome diz, você recebe uma pensão por tempo determinado (se morrer antes de encerrar o tempo, o benefício cessa mesmo que haja saldo remanescente). No caso de renda vitalícia, a pensão é mensal enquanto você estiver vivo (não tem tempo determinado), mas também cessa em caso de morte, mesmo que haja saldo remanescente. Na terceira opção, a pensão é vitalícia e, em caso de morte, um beneficiário indicado em contrato passa a recebê-la até que o saldo seja esgotado.
- Cooperativas financeiras podem oferecer alguma vantagem extra?
Sim. Cooperativas não visam lucro e podem cobrar de seus associados taxas bem menores do que as dos bancos comuns. Além disso, é possível deduzir do IR até 100% do valor investido no ano (fale com o gerente para saber mais). E há também coberturas para morte ou invalidez, que permitem assegurar toda a família. Saiba mais aqui.
- Como escolher o melhor plano?
1 - Para começar, escolha uma instituição financeira sólida e confiável para cuidar da sua aplicação em longo prazo, pode ser um banco comum ou uma cooperativa financeira. Pesquise bem e analise várias opções antes de decidir.
2 - Eleja o plano. Preferido dos brasileiros, o VGBL é ideal para pessoas que fazem a declaração simplificada de Imposto de Renda, para profissionais liberais ou para quem já contribuiu com mais de 12%, pois não é dedutível do IR. Já o PGBL é ideal para quem faz a declaração completa (já que pode ser deduzido em até 12%). Planos de previdência fechada podem ser boas alternativas.
3 - Fique atento ao regime de tributação. Reflita sobre o tempo e o valor da aplicação para definir entre a tabela progressiva e a regressiva.
4 - Pesquise as melhores taxas. Não deve ser seu único critério de escolha. Mas deve pesar na sua decisão, já que pesará também no seu bolso ao longo do tempo. Lembre que cooperativas podem oferecer taxas bem mais competitivas.
5 - Escolha o tipo de renda mais adequado aos seus objetivos futuros.
DICA EXTRA: Não abandone seu plano.
Após fazer seu plano de Previdência Privada, não o esqueça lá, rendendo sozinho. Claro que não é recomendável resgatar frequentemente seu investimento. Mas é preciso ficar atento se a aplicação está tendo a rentabilidade esperada. Mantenha uma constância em seus investimentos e controle os rendimentos do seu plano. Se necessário, informe-se sobre a possibilidade de portabilidade entre planos.
Leia também: Por que uma cooperativa financeira pode ser a melhor opção?.